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Viciados nas pedras de craques do poder

Posted by Cottidianos on 00:33
Quinta-feira, 30 de março



O crime compensa?

Enquanto o dinheiro entra fácil a ilusão é de que se ó o mais esperto dos seres do universo. Joias caríssimas... Casacos dos mais deslumbrantes... Viagens maravilhosas em lugares paradisíacos... Restaurantes do mais fino trato. Tudo isso, e muito mais, o dinheiro fácil e originário dos mares abundantes da corrupção pode comprar. Até pessoas se podem comprar com o níquel advindo dessas tenebrosas transações.

A ambição desmedida pode ser comparada a uma droga, e como tal leva a caminhos tortuosos. Os miseráveis humanos que foram pegos pelo laço diabólico da droga, não começaram consumindo grandes quantidades, nem as drogas mais pesadas. Muito pelo contrário, começaram com uma dose pequena aqui, outra ali, e quando se deram conta já presas no abismo do vício feroz que as fizeram perder a condição de humanas, e transformarem-se em coisas, objetos, projetos de vida.

A custa de muito esforço se é possível trazer esses zumbis à vida. Isso quando se consegue trazê-los à vida, pois muitos já assumiram como própria sua condição de zumbi, e dificilmente voltam à ter uma vida normal.

Como os corruptos também não é muito diferentes. Também eles não começaram a ser tentados com o oferecimento de grandes propinas que, por sua vez, geraram grandes fortunas malditas. Primeiro foi um pequena propina aqui, outra ali, antes deve ter havido, um pequeno desvio de dinheiro, talvez coisa que nem foi notada.

Depois, o demônio da ambição foi cegando-os cada vez mais e mais com o brilho das joias, como o brilho do ouro e da prata, com o glamour. E o que era pouco já não lhes bastava, e, como os drogados nas ruas esmolando craque, ou roubando para alimentarem seus vícios, eles passaram a querer mais e mais dinheiro. Não importava como e de que modo. De preferência o mais sórdido.

E quando se deram, se é que se deram conta disso, eles tinha se transformado também em zumbis, projetos de humanos, sem caráter e sem moral, os quais, à custa de muito esforço, podem voltar ao caminho da ética e da moralidade.

Hoje, à ex-primeira dama do Rio, Adriana Ancelmo, deixou o complexo de Bangu, onde esteve presa por quatro meses, para ir cumprir pena em regime domiciliar.

Adriana foi hostilizada na saída do presídio, bem como na chegada à sua residência, no Leblon, bairro da Zona Sul do Rio.

O que terá se passado na cabeça da ex-primeira, acostumada ao luxo e à riqueza, e a estar sempre ao lado do marido nos grandes eventos sociais e culturais, ou mesmo em casa, recebendo importantes figuras do cenário nacional, e internacional? Terá ela sentido vergonha, arrependimento, ou será que já terá se tornado uma miserável zumbi: classe de seres nos quais os sentimentos humanos já não são mais sentidos?

 O benefício foi concedido pelo juiz Marcelo Bretas, da 7a Vara Criminal do Rio. O magistrado tomou a decisão baseado na lei que concede prisão domiciliar à mães que tem filhos menores de 12 anos. O filho de Adriana e Sérgio Cabral tem 10 anos.

Para a presidiária também foram impostas algumas regras para que gozasse do benefício. Regras, que, para quem vive na era da tecnologia, deve ser uma tortura.

A ex-primeira dama não poderá ter em casa, nem telefone, nem Internet, seja nos computadores, seja nos celulares. Isso vale para ela, e para os filhos. Os empregados também não poderão usar a Internet enquanto estiverem nas dependências do local de trabalho. O apartamento já foi adaptado para as novas necessidades da moradora.

As exigências impostas pelo magistrado não param por aí. Ela só poderá sair de casa, em caso de emergência médica. Visitas, apenas de parentes de até terceiro grau, e de advogados por ela contratados.

Não foram colocados como imposição o uso de tornozeleiras, e nem o acompanhamento policial. Porém, contudo, todavia, entretanto, policiais podem aparecer de surpresa para fazer inspeções no apartamento, entre 6h e 18hs. Ela já foi avisada de que se descumprir as regras impostas voltará para a cadeia.

Enquanto isso, aquele que já foi um dos homens mais poderosos do Rio de Janeiro, o ex-governador, Sérgio Cabral, continua preso, no Complexo Penitenciário de Bangu.

Entre os muros da prisão, o que será que se passa na cabeça daquele que também não resistiu aos apelos fáceis de um dinheiro maldito? Sérgio deslumbrou-se com as propinas milionárias e por elas se deixou escravizar, tal quais os homens que não tem vontade própria para afastar para longe de si o terrível caminho das drogas, pois se colocando em níveis diferentes a moral é mesma.

O mesmo se diz desses frigoríficos que adulteraram carnes impróprias ao consumo humano, para lhes dar aparência de carne saudável, pondo em risco a saúde da população? Será que os donos e administradores desses estabelecimentos se sentem regozijados vendo seus nomes, e os nome de seus estabelecimentos comerciais jogados na lama, e o prejuízo financeiro advindo de suas práticas ilícitas, crescer vertiginosamente?
Dois frigoríficos situados na Região Metropolitana de Curitiba, pertencentes ao grupo, Central de Carnes Paranaense, fecharam as portas após o escândalo, e demitiram cerca de 280 funcionários. Os outros estão sofrendo graves prejuízos ao verem suas carnes rejeitados pelos mercados importadores da carne brasileira.

Compensou para eles a ganância do lucro a qualquer custo? Quem, a partir de agora, confiará de fato, em seus produtos?

O pior é que, pelos atos praticados por esses ladrões, seja no campo político, seja no setor privado, aqueles que trabalham de forma honesta é que acabam também sendo prejudicados por suas más ações. No caso desse escândalo da carne, os produtores arcam com grande parte do prejuízo, sem que tenha tido participação nos crimes.  

E falando em falta de vergonha e caráter, essa parece ser infinda em nosso país, o que faz com que a Polícia Federal tenha trabalho, muito trabalho.

Na manha desta quarta-feira (29), a PF saiu às ruas em mais operação denominada Quinto do Ouro, referência aos impostos cobrados por Portugal sobre a mineração brasileira, nos tempos do Brasil colônia.  

Foram presos 5 conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), a saber; Aloysio Neves (atual presidente), José Gomes Graciosa, Marco Antônio Alencar, José Maurício Nolasco e Domingos Brazão. Além da prisão temporária foram pedidos também o bloqueio dos envolvidos no esquema.

Além deste foram levados para depor, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani (PMDB), e Lelis Marcos, presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor).

Os envolvidos no esquema são suspeitos de fazer vistas grossas às irregularidades praticadas por empreiteiras, e empresas de ônibus que operam no estado. Como por aqui não faz falcatrua de graça, os conselheiros do TCE recebiam propina para fingir que não estavam vendo nada de errado. Pelos conselheiros era cobrada a taxa de 1% das empreiteiras sobre o valor dos contratos para que estas não fossem incomodadas. A “caixinha da propina” do TCE carioca funcionou durante o governo do ex-governador Sérgio Cabral.


Se o crime compensa ou não é questão fechada para aqueles assentados sobre sólidas bases morais. Para aqueles que possuem algum desvio de conduta, isso é questionável. O que não mais compensa para o povo brasileiro é ter entre nós, nos representados nas mais altas esferas jurídicas e políticas, gente que não nos representa, que só pensa nos próprios interesses. O que não compensa para o Brasil é ter em suas altas esferas políticas e empresariais, zumbis, viciados nas pedras de craque do poder. 

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Terceirização: Quem paga o pato?

Posted by Cottidianos on 16:50
Domingo, 26 de março




O governo está com déficit em suas contas... A economia está em crise... O Brasil está de cabeça para baixo devido a tantos e tantos casos de corrupção... Se a carne é fraca e podre, alguém tem que pagar o pato... E quem paga esse pato tão caro aos brasileiros? 

Pelas atitudes tomadas pelo governo no sentido de solucionar os problemas nos quais o país está envolto, os mais indicados para arcar com o prejuízo é sempre o trabalhador. Sim, o trabalhador, esse que trabalha cinco meses por ano para pagar tributos ao governo, e não vê o retorno desse pagamento em serviços essenciais, é que está na lista de preferenciais pagadores do pato.

No Senado, e na Câmara dos Deputados — que, quase sempre jogam junto com o governo, quando o assunto se refere a legislar em causa própria, ou agir em benefício do empresariado — na quarta-feira da semana passada, tomaram uma decisão que pode prejudicar direitos trabalhistas, tão duramente conquistados.

Liberou geral. Foi isso o que fez a Câmara dos Deputados ao aprovar o projeto de lei que torna irrestrita as atividades terceirizadas nas empresas, e também em vários ramos do setor estatal. Foram 231 votos a favor, 188 contra, e 8 abstenções. Uma vitória da base aliada do governo que, dessa forma, dá vida a um paciente em coma desde 1998.

O tal paciente em coma é o Projeto de Lei, no 4.302/1998. Esse Projeto de Lei trata da regulamentação das atividades meio e fim, tanto para a iniciativa privada quanto para o setor público. O PL foi proposto há 19 anos pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), e já havia sido aprovado no Senado. Agora a nova lei segue para ser sancionada pelo presidente Michel Temer.

Órgãos do Poder Judiciário, deputados de oposição, e centrais sindicais, bem como diversos setores da sociedade se posicionaram contra a medida. O argumento é de que haverá, se sancionada essa nova lei por Michel Temer, uma precarização das relações trabalhistas, um achatamento dos salários.

Por falta de uma lei que tratasse especificamente da questão, a terceirização vinha sendo regulamentada pela Súmula 331, do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Através dessa Súmula, a Justiça do Trabalho apenas permite a iniciativa terceirizada em atividades-meio, ou seja, as atividades secundárias, não consideradas os objetivos da empresa. Hoje, uma empresa pode, tranquilamente, por exemplo, terceirizar os serviços de copa, cozinha, manutenção, e segurança. Ainda de acordo com essa Súmula, também são permitidas as contratações de funcionários terceirizados nas festas de Páscoa e Natal, por exemplo.  

Com a nova lei, a coisa se torna mais perigosa para o trabalhador, pois as a terceirização se estende das atividades meios, para as atividades fins. Ou seja, para aquelas atividades que são a essência da empresa.

Apenas para citar um exemplo dentre a vasta gama de exemplos que se pode citar. Fiquemos com os bancos, a titulo de exemplo. No caso de o presidente ratificar o que foi aprovado pela Câmara, uma instituição bancária, poderia terceirizar, não apenas o serviço de limpeza, mas também os operadores de caixa, os gerentes, e demais funções próprias de uma instituição bancária.

No caso do setor estatal, o estado poderia terceirizar professores, por exemplo.

É inevitável que haja perdas, e grandes para os trabalhadores. As diversas categorias perderiam, a começar, no piso salarial, e como efeito em cascata, em os benefícios concedidos ao trabalhador, como vale alimentação, vale transporte, plano de saúde, participação nos lucros, só para citar alguns.

Se alguém duvida disso, basta olhar para a atividade terceirizada existente hoje no Brasil. Os terceirizados são os que ganham o menor salário, os que sofrem acidentes de trabalho com maior frequência, os que têm maior rotatividade no emprego, e os que padecem mais para receber seus soldos ao final das rescisões dos contratos de trabalho. Será diferente depois?

Como em toda batalha sempre há um lado vencedor, nessa nova lei da terceirização também há. E quem é o vencedor nessa história toda? Os empresários. São eles quem mais lucrarão com a mudança radical na relação capital-trabalho que se operará no Brasil.
Coloquemos como se fosse numa balança as vantagens e desvantagens na questão da terceirização, e vejamos a quem ela mais interessa.

No prato A da balança, as vantagens: diminuição dos custos, aprimoramento do sistema de custeio, lucratividade e crescimento, maior poder de negociação, crescimento econômico sem grandes investimentos, administração menos burocratizada.

No prato B, as desvantagens: perca do vínculo empregatício com a empresa, e consequente perda de identidade cultural com ela, precarização das relações trabalhistas, diminuição dos salários, aumento de carga horária.

Consideremos que no prato A da balança estão os empresários, e no lado B, os trabalhadores. Quem saíra perdendo, e quem saíra lucrando?

Os trabalhadores de todo o Brasil precisam estar bastante atentos a essa questão, pois se corre o risco de que uma montadora, apenas a título de exemplo, possa não ter em sua linha de produção, funcionários da empresa trabalhando nela, mas sim, terceirizados, sujeitos a um empresa terceirizada, a qual pode demiti-lo a qualquer hora.

No setor público, a preocupação também não é diferente. Joga-se para as mãos de empresas terceirizadas, atribuições que são exclusivamente do Estado, como manda a constituição. Poderão ser terceirizadas atividades da Receita Federal, das escolas, dos hospitais.

Anuncia-se nos céus dos direitos do trabalho no Brasil uma revolução às avessas: a revolução na relação capital-trabalho que apenas privilegia aos empresários, jogando os trabalhadores ainda mais para a base da pirâmide. Nessa relação, os detentores dos meios de produção auferirão dos lucros, sem que tenham muito com que se preocupar com a linha de produção, uma vez que esta estará sendo gerida por uma empresa terceirizada que, como vampiro sedento de sangue, estará a sugar o esforço do trabalhador.

É coisa para se pensar: Por que estarão os “nobres” deputados dando, de forma tão descarada, às costas ao povo brasileiro. Estarão tentando jogar lenha na fogueira para desviar os olhos do Brasil da Operação Lava Jato, que a tantos deles ameaça? Ou seria simplesmente uma vingança contra uma sociedade que apoia a operação, pois que quer um Brasil mais humano e mais justo?

São coisas a se pensar. A se pensar também são as manifestações que ocorrem hoje por todo o país. O povo voltou às ruas. Este blogueiro saiu às ruas para acompanhar os protestos aqui, na cidade de Campinas, distante da capital paulista, cerca de 100 km, e fala a partir das observações que fez neste recorte de realidade.

Reunidos no Largo do Rosário, os manifestantes saíram pelas ruas da cidade gritando palavras de ordem, para depois retornarem ao local de origem da concentração, onde se deu o encerramento.

A adesão da população não foi tão expressiva quanto das outras vezes. Havia bem menos gente, se considerados outros protestos já ocorridos na cidade. O verde e amarelo estampados nas roupas foram predominantes, como das outras vezes.  Um dos organizadores do Movimento Brasil Livre (MBL), chamava atenção para as eleições de 2018. Dizia ele que o Congresso precisa ser renovado. É realmente, ano que vem, é a hora e vez, de tirar de lá esse políticos que, em nada nos representam. A imensa maioria deles está lá apenas para defender os próprios interesses, e os interesses de seus grupos econômicos.

A eles, o que menos interessa é a opinião pública. O importante para eles é a manutenção de uma situação pra lá de injusta, na qual estão envoltos os interesses mais sórdidos. Não se enganem também os brasileiros, seja simpatizante de partido A, B, ou C. Não é hora de vestir camisa de partido. É hora de vestir a camisa da dignidade, da decência, da moralidade, e da ética. É hora de vestir a camisa do futuro do Brasil.

É comum ouvirmos dizer dos políticos a respeito das doações da Odebrecht, que foi uma doação legal. Abra os olhos caro eleitor, caro cidadão, e cidadão brasileiros. Quem em são consciência acredita que uma empresa como Odebrecht, por exemplo, envolvida até a alma nos lodaçais da corrupção, venha a fazer doação legal para quem quer que seja? Se as empresas citadas na Lava Jato fizeram alguma doação disfarçada de legal, é certo que esperavam algo em troca. E os políticos que as receberam, tinha a certeza que elas cobrariam o preço, mais cedo ou mais tarde, mesmo assim, venderam a alma ao diabo, e agora querem, a todo custo, escapar do inferno da prisão.

Este blogueiro ficou um pouco decepcionado com os movimentos que levaram o povo às ruas neste domingo, em Campinas. Não se ouviu gritos de Fora Temer! Nem de outras figuras citadas em escândalos. Pediram é certo, a prisão de Lula, como se Lula fosse o único político corrupto do Brasil, e não houvesse mais corrupto algum além dele.

 luta pelo restabelecimento da moralidade em nosso país deve estar acima dos partidos políticos, e dos interesses partidários. É uma luta mais nobre e mais digna de que todo esse covil de raposas no qual se tornaram os partidos políticos.

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Caldo quente de carne podre

Posted by Cottidianos on 00:29
Terça-feira, 21 de março



Neste domingo (19), o presidente Michel Temer se reuniu com ministros, empresários e embaixadores, em uma reunião de emergência para discutir, dar explicações sobre o recente escândalo de carnes maquiadas, e depois repassadas ao consumidor como carnes frescas.

Na verdade, uma tentativa de remediar a situação, e tranquilizar os mercados, uma vez que o caso teve, está tendo, grande repercussão nacional, e internacional. Temer disse aos presentes que o número de frigóricos envolvidos no escândalo, em número de 21, era irrisório, se comparados ao número de frigóricos existentes, que é de cerca de quase 5.000. E a conversa foi por aí, num sentido de botar panos quentes na situação pra de lá de quente, e com cheiro de carne podre.

Esse presidente Temer deve ser mesmo um brincalhão. Ao final do encontro, o que ele fez? Levou os convidados para jantar em uma churrascaria, a fim de mostrar que tudo estava bem com a carne brasileira, e que estava tudo sob controle em relação ao assunto. A piada nessa história toda é que, segundo apurou o jornal O Estado de São Paulo, a churrascaria que Temer escolheu para matar a sede de carne de seus ilustres convidados para a reunião, não servia carne brasileira.

Um atendente da churrascaria Steak Bull revelou à repórteres do Estadão, que o estabelecimento comercial só trabalha com carnes de origem europeia, uruguaia, e australiana.

Ao final da reunião, Temer convidou os participantes a irem a uma churrascaria comer carne brasileira, mas não disse a eles que a churrascaria servia carne importada. Durante a reunião, o presidente tentou minimizar os efeitos do escândalo, mas, ao partir para prática, preferiu não correr o risco.

Após a repercussão da reportagem do Estadão, o Palácio do Planalto divulgou nota, dizendo que, excepcionalmente, naquele domingo, a carne servida para o jantar do presidente, ministros, empresários, e embaixadores, era de procedência brasileira. Depois da nota divulgada, pelo Palácio do Planalto, a churrascaria referendou o que foi dito pela nota do Planalto. História no mínimo confusa essa, não acham?

Também em entrevista ao Estadão, Pedro Camargo Neto, pecuarista, e vice-presidente da Sociedade Rural Brasileira, acusou a Polícia Federal de ter sido irresponsável ao fazer o anúncio do escândalo da carne maquiada. Em outras palavras, ele afirmou que a PF fez “tempestade em copo-d’água”.

Neto reconheceu que houve crime, mas que foi uma coisa pontual, que não merecia o estardalhaço que a PF fez, e mostrou-se preocupado com os efeitos do que isso poderia causar nas importações, e no mercado nacional.

O pecuarista disse ainda que o estardalhaço feito pela polícia era para o caso de ter havido uma zorra muito grande, o que não o caso, e que essa zorra não existe, segundo ele. Ora se não existe. O Brasil está uma zorra só. Escândalos de toda a sorte, e por todos os lados. A zorra está armada, o circo está feito. Só não vê quem não quer.

É certo que pode ter havido um pouco de exagero na apresentação da PF, ao tornar público o escândalo. Mas, será mesmo que essas espetacularizações não são necessárias diante da conjuntura atual? Será que não é preciso jogar holofotes onde as coisas estão erradas? Onde o cheiro de podre exala forte?

O que os políticos querem mesmo é que as coisas passem despercebidas. Eles querem empurrar o lixo para debaixo do tapete. Mas agora não dá mais para fazer isso. O debaixo do tapete já está entupido de lixo.

Além das preocupações com o mercado interno e externo, Neto se mostra ainda preocupado com os produtores, que, segundo ele, é “quem vai pagar o pato”.

O interessante é que, em nenhum momento, ele fala do quanto o consumo de carnes duvidosas poderia afetar a saúde das pessoas.

Os investigadores ligados à Operação Carne Fraca, obviamente, não iriam ficar calados diante dos ataques feitos à PF por Pedro Camargo Neto, e reagiram dizendo que há ainda muito material sob sigilo, a ser revelado, e que isso terá posteriores desdobramentos.

Os investigadores também atacaram a tese de que apenas um frigórico teria tido a carne periciada. Segundo eles, se a perícia tivesse sido feita, simultaneamente, em várias empresas, isso comprometeria o sigilo da investigação, o que faz todo o sentido. Os investigadores são categóricos em afirmar que dispõem de provas do envolvimento de outros frigoríficos no esquema.

De acordo com os investigadores, além dos frigoríficos estarem envolvidos em mais este esquema criminoso, também os laboratórios, credenciados pelo Ministério da Agricultura, e que fazem a análise dos produtos para os frigoríficos podem estar também envolvidos no esquema.

Durante uma cerimônia de posse do Conselho da Câmara Americana de Comércio (Amcham), nesta segunda (20), realizada em São Paulo, Temer voltou a minimizar a crise usando os mesmo argumentos que havia usado na reunião de domingo. O presidente disse que dos 4.850 frigoríficos existentes no Brasil, apenas três foram interditados, e 19 estão sendo investigados. Em seu discurso, ele esqueceu-se de dizer, que, mesmo o problema sendo pontual, poderia comprometer a saúde de milhões de consumidores.

É possível também que todas essas tentativas do governo de minimizar o problema nos joguem de novo no espiral da corrupção que abastece os partidos políticos. Segundo declarações do delegado, Maurício Moscardi Grillo, parte dos valores arrecadados pelos fiscais do Ministério da Agricultura em propina, abasteceram os cofres do PMDB, e do PP. Os investigadores não sabem ainda ao certo que motivos levavam os fiscais a repartir as quantias com os partidos.

O efeito imediato desse escândalo para a economia brasileira não é dos melhores. Grandes importadores de carnes brasileira, a Coreia do Sul, a China, e a União Europeia, anunciaram a suspensão temporária de importação de carnes brasileiras. Querem ter a certeza de que apenas carnes de qualidade cheguem ao mercado europeu.

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Boa Esporte Clube: Marketing agressivo ou pura burrice?

Posted by Cottidianos on 00:13
Segunda, 20 de março

O goleiro Bruno Fernandes, e a diretoria do Boa Esporte Clube


Em meados do ano de 2010 o Brasil ficou estarrecido diante das revelações do crime brutal de que foi vítima a jovem modelo Eliza Samúdio. Na época, Bruno era goleiro titular do Flamengo, e sua carreira estava em ascensão, com grandes possibilidades de trilhar uma carreira internacional. Os caminhos de Eliza e Bruno haviam se cruzado em 2008, no Rio de Janeiro. Do relacionamento amoroso entre os dois nasceu, em fevereiro de 2010, um menino. Bruno recusou-se a assumir a paternidade da criança. Elisa não aceitando essa recusa, entrou na justiça com um pedido de reconhecimento de paternidade. Em 04 de junho de 2010, Bruno convida Elisa para ir até um sítio que o goleiro possuía em Esmeralda, Minas Gerais. Essa seria a última viagem da modelo. Investigação policial revelou que ela havia sido morta com requintes de crueldade. Segundo uma testemunha, a jovem morreu vitima de sufocamento, em seguida o cadáver havia sido esquartejado e depositado sobre uma camada de concreto. Outra versão é que, depois de esquartejado, o corpo havia sido jogado aos cães. Na verdade, o que de fato aconteceu com o corpo de Eliza Samúdio, e onde está o corpo da jovem, até hoje não se sabe. A criança, que também havia sido levada ao sítio foi poupada, e encontrada numa favela em Ribeirão das Neves.

Ainda segundo as conclusões da investigação policial, o goleiro Bruno foi o mandante do crime, e foi determinada a prisão dele, em julho de 2010. Em novembro de 2012, foi iniciado o julgamento de Bruno Fernandes, na cidade de Contagem, Minas Gerais, e de outros envolvidos no crime. Foi um julgamento tumultuado pelas discordâncias entre advogados de acusação e defesa. No terceiro dia do julgamento, a juíza responsável pelo julgamento, atendendo ao pedido dos advogados de defesa de Bruno, adiou o julgamento do goleiro para março de 2013. O julgamento continuou para o amigo de Bruno, Luiz Henrique Romão, mais conhecido como Macarrão, e para a ex-namorada de Bruno, Fernanda Gomes de Castro. Ao final do júri popular, Macarrão foi condenado a 15 anos de prisão por sua participação no sequestro, e assassinato de Eliza.

Em março de 2013, Bruno foi condenado a 17 anos e 6 meses de prisão em regime fechado, sob acusação de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, asfixia, e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima). Foram acrescidas à pena, mais 3 anos e 3 meses em regime aberto pelo crime de sequestro e cárcere privado, e 1 ano e 6 meses por ocultação de cadáver.

No dia 24 de fevereiro deste ano, o ministro do STF, Marco Aurélio de Melo, emitiu um habeas corpus, determinando a soltura do goleiro. Como motivo mais forte para a soltura do mesmo, o ministro acusou a demora por parte do Tribunal de Justiça de Minas, em julgar o recurso de apelação apresentado em primeira instância. A partir de então, o goleiro aguarda o julgamento do recurso em liberdade. A esse fator que determinou a soltura, o ministro destacou ainda o fato de o réu ser primário, e ter tido bom comportamento na cadeia.

O país teria ficado apenas indignado se as coisas parassem por aí. Mas o fato posterior a isso deixou-nos a todos perplexos.

“Sem noção”, “oportunista”, “burra”, que substantivos mais poderiam ser aplicados à equipe de futebol que contratou Bruno como goleiro? Com certeza, uma jogada de marquete, porém, talvez, o marquete mais insensato do mundo dos negócios.

No início deste mês, a equipe de futebol, Boa Esporte Clube, da cidade de Varginha, Minas Gerais, anunciou a contratação do goleiro, gerando uma grande polêmica no próprio clube, na cidade, nos patrocinadores, e no país de modo geral.

O Boa é uma equipe modesta de futebol que conquistou no final do ano passado o direito de voltar a Série B do Campeonato Brasileiro. O público das suas partidas, no geral, chega aos cerca de 700 torcedores por partida.

No momento em que o clube consegue dá um passo para frente, com a possibilidade de jogar para públicos maiores, recua três passos ao contratar um homem acusado de matar a ex-namorada, e mãe de seu filho, com requintes de crueldade.

Os patrocinadores do clube, não querendo ver suas marcas ligadas a um clube que contrata um atleta em uma situação dessas, caíram fora do barco. Logo após o anuncio da contratação, cinco patrocinadores importantes resolveram retirar seu apoio ao clube.

Que jogada de marquete seria essa que afasta patrocinadores? Não dá para entender, realmente não dá para entender a atitude da diretoria do Boa. Importante frisar que o goleiro foi contratado com o maior salário do clube. E como vai se virar sem patrocinadores? Talvez a diretoria esteja de olhos nos R$ 4 milhões que receberá das cotas de TV. Aí dá para pagar o salário do goleiro. Mas um time de futebol funciona como uma empresa, e uma empresa não abre mão de conseguir lucros, e patrocinadores representam lucro.

O goleiro está há tempos sem jogar, deve estar fora de forma. Isso se consegue reverter com apenas algumas semanas de treino. Preparo físico resolvido, questão técnica resolvida. Mas e a questão ética e moral, que o mais importante em toda essa discussão? Vale a pena contratar um assassino apenas para ter visibilidade na mídia.

Sim, pois disputando pela Série B do Campeonato Brasileiro, como já foi dito acima, o Boa disputara com muitas outras equipes nacionais. Já pensaram no desconforto dos atletas de outras equipes ao tomarem consciência de que estão lado a lado, com um atleta que mandou assassinar a própria mãe de seu filho, e que, não contente com isso, atirou pedaços do corpo delas aos cães para que os devorassem? E o pensamento dos torcedores? E das famílias que assistirão a essas partidas na sala de casa? Como explicar aos pequenos, apaixonados por futebol, tal situação. Sim, pois as crianças prestam atenção às coisas. Elas estão envolvidas com seus brinquedos, mas suas antenas estão conectadas com o mundo.



Por essas e outras, o site do clube foi hackeado logo após o anúncio da contratação de Bruno. A página foi substituída por dados sobre feminicidio.

Há também a questão de como o fato repercute entre a própria equipe. Os outros jogadores vendo o goleiro recém contratado ganhar salário mais alto que o deles, podem pensar, ainda que de forma inconsciente: “O que esse cara fez para ganhar mais que a gente: matou uma pessoa?”

Como goleiro do Boa, Bruno receberá o salário de R$ 12 mil, nos meses de março e abril. Quando o Brasileirão começar o salário sobe para R$ 30 mil. Durante a entrevista, por ocasião da apresentação, o goleiro, acusado de assassinar, ou mandar assassinar, barbaramente, a ex-namorada, estava tranquilo, agindo como se nada tivesse acontecido, e ele tivesse se afastado apenas do futebol por algo menor. Imaginem, só, ele falou de voltar para a seleção brasileira! E nem dá sinais de que tem apenas um habeas corpus que lhe permite ficar em liberdade, e que, a qualquer momento pode voltar para a cadeia. Puro comportamento de psicopata.

A contratação de Bruno frustra ainda mais uma expectativa: a do goleiro, Luan Polli, titular da equipe antes da contratação de Bruno. Luan, que vinha de uma passagem pela equipe do Figueirense, era só expectativa para este de ano de 2017. Havia feito defesas importantes e ajudado a equipe a voltar para a Série B. Vejam o que ele disse em 08 de fevereiro do ano corrente: “Eu não tive uma sequência ainda de muitos jogos, o máximo que eu consegui fazer no Figueirense foram 10 jogos. Para minha evolução pessoal vai ser muito importante, para o meu crescimento pessoal essa sequência no Campeonato Mineiro e na Série B e consequentemente levar o Boa a disputar coisas boas dentro do futebol brasileiro”. O jovem goleiro deve ter levado um banho de água fria.

O interessante é que mesmo depois de toda a repercussão negativa causada pela contratação de Bruno, a equipe do Boa nem dá sinais de que cometeu um erro, e quer desfazê-lo. Assim age como Bruno, que mesmo depois de todas as evidencias dos autos, e dos depoimentos das testemunhas, age como se não tivesse cometido crime algum. Talvez psicopata com psicopata se entendam.

Se a intenção  do Boa Esporte Clube era chamar para si os holofotes da visibilidade midiática, ele conseguiu com maestria, tornando-se hoje, o clube mais detestável do Brasil.

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Se a carne e fraca, o leite também é

Posted by Cottidianos on 00:42
Domingo, 19 de dezembro


Todos os dias, somos bombardeados por diversas notícias de corrupção no meio político. Ficamos horrorizados, nos indignamos, nos irritamos, ficamos perplexos com toda a falta de compromisso de quem deveria nos representar. O fato é que a classe política não está à parte da sociedade, ao contrário, é parte dela, formou-se em meio a ela, e em meio a ela desenvolve, ou pelo menos deveria desenvolver suas funções, em prol dessa mesma sociedade.

Pensando dessa forma, pode-se afirmar que a corrupção praticada nos altos escalões do governo, e nos pequenos também, se reflete no meio que vivemos, respiramos, lutamos, trabalhamos, exercemos nossa cidadania.

As mentes mais fracas e mais suscetíveis de serem corrompida, ao ver toda essa dinheirama voando para cá e para lá, em malas, meias, e até em cuecas, saindo do Brasil para os paraísos fiscais, e depois fazendo o caminho inverso, podem normalizar em seus sistemas de valores que isso é o agir certo, isso é a conduta ideal para os homens de bem.

Entramos então em outra questão, muito debatida por sinal, mas que serve perfeitamente nessas presentes linhas. Vivemos numa sociedade que valoriza o ter, e não o ser. O indivíduo vale que pelos bens que ele ostenta, e não pelas qualidades morais e éticas, que são o fio condutor de uma sociedade que se propõe justa. Esse fio condutor conecta-se a outro mais perigoso. Os meios de conseguir esses tais bens materiais. Para quem não tem sólidos valores morais, essa passa a ser então a porta de entrada do inferno da desconstrução de valores.

Entra-se num jogo de vale tudo, no qual as regras são mentir, roubar, enganar, trapacear, falsificar. A vida humana e sua integridade são relegadas a segundo plano. Não importa se alguém morre na porta do hospital implorando pela ajuda do médico que estava ali, a principio, para salvar vidas, o importante era o plano de saúde que o paciente tinha, ou que não tinha. Não importa se alguém passa mal, e até mesmo morre por comer produtos estragados e alterados. O importante é o lucro que se obtém da venda deste produto.

O diabo das pequenas corrupções está todos os dias a nos tentar. Se formos fracos, se cedermos aos seus apelos, logo, estaremos envolvidos na intrincada teia das grandes corrupções, e dela é difícil sair. É como entrar para o crime organizado. Tente entrar e depois peça para sair para ver o que acontece.

Ainda prosseguindo no tema tratado até agora, quando pensamos que as coisas estavam ruins, elas conseguem ficar pior ainda.

Falo da Operação Carne Fraca, que vocês já devem ter ouvido falar, dada a frequência com que ela tem aparecido no noticiário de sexta-feira para cá.

Pelos números envolvidos pode-se dizer que Carne Fraca foi uma megaoperação; 1.100 policiais envolvidos, 309 mandados judiciais expedidos, divididos em 27 de prisão preventiva, 11 de prisão temporária, 77 de condução coercitiva, e 197 mandados de busca e apreensão.

Essa megaoperação desmantelou um mega esquema de corrupção na qual estavam envolvidos grandes empresas brasileiras do ramo alimentício, produtoras e exportadoras de carnes, e fiscais do Ministério da Agricultura.

Ora, e o que faz um fiscal? A resposta óbvia: fiscaliza. E se for um fiscal do ramo alimentício, fiscaliza para que não sejam repassados à população produtos estragados e de qualidade duvidosa.

Mas dentro do esquema desbaratado pela PF não era bem isso que acontecia. Os fiscais do Ministério da Agricultura recebiam propina de grandes empresas, e também de pequenos frigoríficos para que liberar para o consumidor, produtos em total desacordo com as regas sanitárias. Os fiscais faziam vistas cegas a várias situações que deveriam horrorizá-los.

Um dos artifícios usados pelas empresas para tornar as linguiças mais robustas, cheinhas, e atraentes era acrescer a fabricação delas o conhecido papelão. Em vez de embalar produtos, tiras de papel eram esmagadas e entravam na composição da linguiça, e o consumidor, inocentemente, comia papelão misturado com linguiça.

Era brincar com a vida humana o que ocorria naqueles frigoríficos. Chegava-se a misturar ácido ascórbico, (vitamina C) com carnes estragadas, a fim de maquiar a real situação do produto, a apresentá-lo como carne saudável, e pronta para o consumo.

Era comum as empresas investigadas fazerem um processo no qual o frango absorvia mais água do que o permitido por lei, apenas para aumentar o peso do produto.

O que causou surpresa, — além desta horrível prática de fazer de palhaços os consumidores — foi o fato de que entre as empresas investigadas estão duas daquelas a quem o consumidor reputava como empresas de “qualidade”, e que vendiam produtos “confiáveis”, a saber, a BRF, detentora das marcas Sadia e Perdigão, e a JBS, detentora das marcas Friboi e Seara.

Essa notícia seria detestável em qualquer hora, em qualquer momento, e se torna mais relevante ainda, em um momento em que o país atravessa uma séria crise econômica. O escândalo pode afetar a importação de carnes brasileiras. Vários países já pediram explicações ao governo brasileiro sobre a questão da maquiagem das carnes e sobre o envolvimento de fiscais do Ministério da Agricultura no escândalo.

Seguindo na mesma esteira de descaso para com os consumidores, no Rio Grande do Sul, a PF desmantelou uma quadrilha que chegava até a usar soda caustica par adulterar o leite.

Essa Operação chamada Leite Compensado, ocorreu também na semana passada em indústrias de laticínios no Rio Grande do Sul. Água, e até mesmo soda caustica, eram usadas para reaproveitar produtos vencidos.

Segundo o Ministério Público, uma empresa, em Nova Araçá, reaproveitava leite condensado envelhecido, ou estragado, colocando nele, neutralizantes que davam ao produto, aparência de saudável.

Diante de tudo isso, fica a pergunta: em quem confiar? Para os consumidores é difícil responder. O que sabemos é que não podemos mais habitar uma sociedade apodrecida e estragada por falsos e deturpados valores. Não podemos viver em uma sociedade em que foram sepultados os princípios éticos e morais. Seria o caos.

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