Coronavírus 7 x Brasil 1: Um jogo de vida ou morte
Sexta-feira, 05 de março de 2021
Era
tarde de terça-feira, 08 de julho de 2014. Naquela fatídica tarde eu estava
reunido na casa de uns amigos na maior expectativa: iriamos assistir a primeira
semifinal da Copa do Mundo entre Brasil e Alemanha. Estávamos confiantes.
Brasileiro é assim, mesmo que o time não tenha evoluído bem no campeonato, a
esperança de vitória está sempre lá nas alturas.
O
palco da grande disputa entre dois gigantes do futebol seria no estádio
Mineirão, em Belo Horizonte, Minas Gerais. O relógio marcou 17 horas, e o juiz
apitou o início da partida. E nós ali: olhos grudados na telinha.
Querendo
ou não, apesar das críticas, Neymar era o melhor jogador daquela geração. Mas
infelizmente, ele não pode estar em campo. Havia fraturado a vertebra em um
jogo das quartas de final contra a Colômbia, quando o colombiano Zuñiga, com
uma joelhada, lhe fraturou a terceira vertebra lombar.
O
técnico, Luiz Felipe Scolari, havia escalado Bernard para substituir Neymar
naquele jogo. Bernard era o menor e mais novo jogador da equipe. Logo se viu
que a escolha de Scolari havia sido equivocada. Não que a tragédia que se viu
em campo deva ser colocada nos ombros de Bernard. A equipe brasileira esteve
fragilizada durante toda a competição. Não apresentou um futebol convincente.
Misturaram-se numa mesma equipe ingredientes que fazem qualquer bolo murchar:
despreparo técnico, tático e emocional.
Mesmo
assim, a torcida brasileira dava um espetáculo à parte de amor ao país e
incentivo à seleção. A Fifa determinava um certo tempo para a execução dos
hinos, o que dava para executar somente a metade da letra do hino brasileiro,
porém, a torcida não respeitava essa regra, e cantava a plenos pulmões mesmo
quando parava a execução proposta pela Fifa. Nos estádios, cantava-se à capela,
no gogó, como diz o ditado popular. Um espetáculo tão belo que impressionou até
os adversários alemães. Mas esse entusiasmo todo parou por aí.
O
que se viu assim que a bola começou a rolar foi um verdadeiro massacre. Em
apenas 18 minutos, a Alemanha fez cinco gols. Os gols saídos dos pés de Müller,
Klose, Kroos, e Khedira, calaram os torcedores no Mineirão e calaram também aos
que assistiam o jogo nas telinhas do Brasil afora. Igualmente, no estádios e
fora dele, as lágrimas corriam pelos olhos dos brasileiros, discretamente, ou
não.
E
os gols não pararam por aí. Schürrle fez mais dois gols.
Restou
a Oscar fazer o chamado gol de honra do Brasil.
A
impressão que ficou foi a de que os Alemães, como uma máquina de guerra
mortífera, poderiam ter destruído completamente o Brasil, fazendo muito mais
gols, mas preferiram parar nos 7.
Um
misto de tristeza e vergonha se abateu sobre os torcedores brasileiros após
aquele jogo. Ao final daquele jogo, os alemães foram bastante aplaudidos pela
torcida brasileira pelo espetáculo de futebol que mostraram, mesmo massacrando
a seleção brasileira.
Depois
dos aplausos aos alemães, só restou aos brasileiros silêncio e lágrimas. Havíamos
perdido o jogo contra a Alemanha de uma maneira vergonhosa. Nós que éramos
acostumados a vitórias.
Ontem,
pela manhã, quinta-feira, 04 de março, acordei com a mesma sensação que tive
depois daquele jogo. Uma sensação de tristeza no peito, uma angústia.
Sentimentos esses que tive ao ver os jornais e sites noticiarem que, no dia
anterior, o Brasil registrara mais um recorde. Aliás, o que mais temos feito
nesses últimos dias é bater recordes. É bom bater recordes quando eles são
positivos, o que não é o caso nesse momento.
Apenas
em 24 horas o país registrou 1.840 mortes por Covid-19. Hoje, data em que
escrevo este artigo, o país chega a uma soma total de 261.188 mortos pela
doença. Desde o início da pandemia já são 10.796.506 casos. O horizonte é
sombrio.
O
país apresenta uma média móvel de mortes altíssima: 1.331. Um aumento de 30%
comparado a 14 dias atrás. Esses números apenas indica uma tendência de alta no
número de mortes por Covid.
O
povo brasileiro vive uma agonia. É o pior momento da pandemia desde que o
primeiro caso foi detectado no Brasil. Já são 43 dias com a média móvel de
mortes acima de 1.000. No início da pandemia, e nos meses subsequentes, havia
um certo equilíbrio, quando um estado apresentava uma tendência de alta, outros
estavam com suas curvas baixando, e assim, apesar de não termos nos livrado
desse tormento, dava-se para se ter uma certa “tranquilidade”, pois, se as
coisas ficasse complicadas demais, um estado, uma cidade, ou um munícipio
poderia socorrer o outro.
Agora,
não todos os estados apresentam tendência de alta e estão com seus leitos de
UTI lotados ou quase. O país está à beira de um caos total. O pessoal da linha
de frente, médicos e enfermeiras que já estavam exaustos das lutas
sobre-humanas contra um vírus desconhecido que a todos pegou de surpresa, estão
tendo que transcender a todo esse cansaço e começar tudo de novo. Heróis.
Verdadeiros heróis. A eles os nossos aplausos.
Enquanto
o mundo, de forma geral, apresenta tendência de queda no número de casos e
mortes por Covid-19, o Brasil vai na contramão. Enquanto a pandemia, graças a
aplicação das vacinas, desacelera mundo afora, aqui no país, ela acelera, e não
acelera na planície, quando ainda, apesar do perigo, é mais fácil dominar o
veículo. A pandemia aqui acelera estando o carro ladeira abaixo.
Perante
o mundo, estamos no topo como exemplo negativo de como não se deve agir no
combate a uma pandemia. Fomos e continuamos sendo um dos países mais afetados
pela doença. Não bastasse apenas o coronavírus, ainda temos que lidar com
variantes mais perigosas e mais transmissíveis do vírus como por exemplo a P1,
surgida em Manaus. A variante se espalha rapidamente por todas as regiões
brasileiras provocando o estrago que temos visto nas últimas semanas. Lembrando
também que não apenas a P1 é causadora de tudo isso, mas também as festas
clandestinas que foram realizadas nas festas de fim de ano, e também no
carnaval.
Não
apenas no Brasil, mas a P1 já ultrapassou fronteiras e já foi detectada em mais
de 20 países.
Esse
avanço da pandemia e a celeridade com que o vírus tem se alastrado nas últimas
semanas preocupa não apenas o Brasil, mas também as autoridades de saúde de
todo o mundo. Já éramos considerados um paria perante a comunidade
internacional. Agora somos visto como ameaça global. Isso porque a grave
situação em que nos encontramos, com alta no número de casos e de mortes, e o
sistema de saúde de todo o país à beira de um colapso, todo esse cenário pode
favorecer o surgimento de novas variantes do coronavírus que sejam mais letais,
além de serem mais transmissíveis.
Veículos
de comunicação de todo o mundo tem noticiado a gravidade da situação no país. “De
que adianta resolver a pandemia na Europa ou nos EUA, se o Brasil continua a
ser um terreno fértil para esse vírus? Se você permitir que o vírus seja
transmitido nos níveis em que está se proliferando aqui, você abre a porta para
a ocorrência de novas mutações e o aparecimento de variantes ainda mais letais”,
disse Miguel Nicolelis, neurocientista da Universidade de Duke, EUA. Até o mês
anterior, Nicolelis fazia parte da coordenação do Comitê Cientifico do
Consórcio do Nordeste para a Covid-19. O neurocientista cobra das autoridades
internacionais que se manifestem sobre a incompetência do governo brasileiro em
lidar com a pandemia.
Por
falar em governo, ele está super preocupado com tudo isso que está acontecendo.
Para vocês terem uma ideia, na terça-feira, 02, dia em que o Brasil registrou
1.726 mortes por Covid-19, o presidente fez um banquete e para ele convidou os
deputados da bancada mineira. Segundo participantes da festa, o governador de
Minas, Romeu Zema (Novo-MG), também esteve presente.
O
banquete aconteceu no Palácio da Alvorada, que é residencial oficial do
presidente da República. Tudo de muito bom gosto, e muito apetitoso também. Um
cardápio bem regional à base de leitão assado, linguiça caseira, feijão tropeiro,
e carne moída com quiabo. Para o comando do preparo da refeição, o presidente
escolheu o deputado Fábio Ramalho (MDB-MG). Os participantes do encontro também
relataram que o presidente mostrava ar alegre e descontraído. Uso de máscara,
álcool gel, e distanciamento social? Nenhum. Essas coisas ficam para nós pobres
mortais, ou como diz o próprio presidente: “para os fracos”.
Enquanto
isso, desesperados, os governadores se reunia com o presidente da Câmara,
Arthur Lira (PP-AL) para tentar encontrar uma solução para o qual está
mergulhado o país, com unidades de UTI superlotadas, e pessoas morrendo de
Covid a cada minuto. Oito deles estava presencialmente e 14 online. No mesmo
dia, e seguindo a mesma linha, o governador de São Paulo, João Dória (PSDB-SP),
fazia uma reunião virtual com 618 prefeitos para discutir que medidas adotar no
controle da pandemia feroz.
Sabendo
da birra do presidente com os governadores, e isso é uma especulação desse
blog, quem sabe se esse almoço festivo com aliados no Palácio do Planalto não
terá sido uma forma de o presidente dizer a eles: “Tô nem aí”.
Reparem
os caros leitores e leitoras, que em nenhum momento durante essa terrível peste
que se alastrou sobre a terra, e com grandes estragos no Brasil, inclusive
tendo vitimado milhares de brasileiros, em nenhum momento, e quando digo, é
nenhum mesmos, o presidente mostrou uma caraterística comum a todo ser humano
diante da dor e do sofrimento do outro: compaixão. Procurem para ver se
encontram alguma fala do presidente lamentando a vida daqueles que partiram e
tentando conforta os familiares que ficaram chorando a perda do ente, ou dos
entes queridos. Certamente não encontrarão pois não houve esse ato de
humanidade por parte dele.
Nos
últimos dias, os de maior sofrimento para o povo brasileiro em todo o decorrer
da pandemia, o presidente vem criticando as medidas adotadas pelos
governadores. Na quarta-feira, 3, o presidente disse: “Se você ler a imprensa,
você não consegue viver. Cancelei, desde o ano passado, todas as assinaturas de
jornais e revistas. Ministro que quiser ler jornal e revista vai ter que comprar.
Não leio mais. Não vejo Jornal Nacional, não assisto, que é a maneira que você
tem de realmente pensar em coisa séria no País. Criaram pânico, né? Problema tá
aí, lamentamos, mas você não pode entrar em pânico. Que nem a política, de
novo, do ‘fica em casa’. Pessoal vai morrer de fome? De depressão?”
O
discurso de Bolsonaro vai sempre na direção da defesa da economia. Todos nós
sofremos ao ver negócios fechando constantemente no Brasil. É mais das causas
de sofrimento que a pandemia provoca. Mas qual economia se sustenta escolhendo
um caminho de morte? A economia é importante? Sem dúvida que é. Mas primeiro é
preciso cuidar da vida daqueles que, com o suor do trabalho farão ela girar. E
pelo que sabemos os mortos não podem fazer girar qualquer coisa, muito menos a
economia.
No
dia 26 do mês passado, durante uma visita às obras de duplicação da BR-222 ele
já havia declarado: “O auxílio emergencial vem por mais alguns meses e daqui
para frente o governador que fechar seu Estado, o governador que destrói
emprego, ele é que deve bancar o auxílio emergencial. Não pode continuar
fazendo política e jogar para o colo do presidente da República essa
responsabilidade”.
Nesta
quinta-feira, 4, dia em que o Brasil bate mais um recorde de mortos pela Covid,
o presidente solta mais uma barbaridade, dessas que doem fundo na alma de que
está sofrendo com tudo isso.
Dessa
vez foi por ocasião de uma visita dele a cidade de São Simão, em Goiás: “Nós
temos que enfrentar os nossos problemas, chega de frescura e de mimimi. Vão
ficar chorando até quando? Temos de enfrentar os problemas. Respeitar,
obviamente, os mais idosos, aqueles que têm doenças, comorbidades, mas onde vai
parar o Brasil se nós pararmos?”
Ou
seja, o presidente acha que é frescura e mimimi o choro sentido das famílias e
dos amigos dos quase 260.000 mil brasileiros e brasileiras que tombaram vítimas
da Covid-19. Para ele é frescura a preocupação dos governadores que estão vendo
seus governados sofrerem agonias por falta de leitos, e de oxigênio, como
ocorreu em Manaus.
Ainda
no dia de hoje, em mais uma fala do presidente contra o isolamento social ele
disse em uma rede social: “Atividade essencial é toda aquela necessária para um
chefe de família levar o pão para dentro de casa”.
Se
vocês acham que acabou as barbaridades proferidas por ele, não acabou não, tem
mais. Em Uberlândia, MG, ele fez críticas a compra de vacinas pelo governo
federal. “Tem idiota que a gente vê nas redes sociais, na imprensa, [dizendo]
'vai comprar vacina'. Só se for na casa da tua mãe. Não tem [vacina] para
vender no mundo”.
Mais
uma afronta, uma humilhação do presidente aqueles que esperam, ansiosamente,
pela vacina salvadora. A questão é que o presidente nunca levou a sério a
vacina. Sempre foi um crítico da vacina, inclusive da vacina produzida pelo
Instituto Butantã, que graças ao esforço de João Dória, governador de São
Paulo, foi o primeiro imunizante a ser utilizado em nosso país.
Sem
contar que em todas as falas do presidente, sempre traz uma fake news. Ou seja,
não são falas confiáveis, a não ser para os seus seguidores. Como classificar
um ser humano desses: louco, genocida, psicopata, sociopata, incompetente,
insensato, insensível? Muito outros adjetivos de mesma monta poderiam ser
utilizados para descrevê-los, mas fiquemos com os ditos acima.
O
Brasil poderia estar bem melhor, sem viver o inferno que vive hoje, se o
presidente tivesse tido a humildade de sentar na mesa com os governadores e
discutir as medidas que tinham que ser tomadas quando solicitadas pelas
autoridades em saúde logo no início dessa tempestade. E elas não eram coisa de
outro mundo, não, falava-se naquela ocasião, e ainda se fala hoje, de
distanciamento social, álcool gel, e mascaras de proteção.
Claro,
houve os programas do governo que ajudaram trabalhadores e empresários durante
a pandemia, mas como tudo no governo Bolsonaro, a muito custo, e, algumas
vezes, de forma atabalhoada. Mas a medida que faria com que fossem poupadas
muitas vidas teria sido o apoio as medidas sanitárias: a vacina, essa ficou em
segundo plano nos planos do governo.
O
presidente também desdenhou da vacina, ou seja, do remédio que faria com que
caíssem o número de casos e de mortos. Ele, com seu ministro da Saúde de
araque, não providenciaram o que tinha que providenciar no início da pandemia,
como matérias para utilizar na campanha de vacinação, não negociou a compra de
vacinas ainda nos meses de julho e agosto do ano passado como fizeram líderes
mais competentes em outros países, e agora vem dizer que não tem vacina no
mercado. Não tem por pura incompetência dele mesmo.
Por
aqui, segundo apuração feita pelo consórcio de veículos de imprensa G1, O
Globo, Extra, Estadão, Folha e UOL, até às 20hs de ontem, 7.671.525 pessoas
haviam recebido a primeira dose da vacina, o que em porcentagem equivale a
3,62% da população. 2.463.894 receberam a segunda dose, um total de 1,16% da
população. Pelo números dá pra ver que a vacinação em nosso país anda muito
lentamente.
O
Brasil tem capacidade de estar entre os primeiros nessa luta pela imunização. O
país já foi líder em campanhas de vacinação contra outras doenças. Mas de que
adianta ter condições de ser excelência em campanhas de imunização quando se
tem um líder que não tem competência para aproveitar os recursos de que dispõe?
Até
agora o presidente tem usado toda a sua energia para odiar adversários, na
maioria das vezes, imaginários, para fazer campanha política para a reeleição,
e para interferir nas instituições, ora para proteger os filhos da acusações de
corrupção, ora para agradar seus seguidores.
Na
questão da pandemia é como um jogo. De um lado, os brasileiros. Do outro, o
coronavírus. O cenário, o Brasil. O técnico da seleção brasileira, o presidente
da República. O Brasil precisa ganhar o jogo. Um técnico inteligente senta na
mesa, traça planos, estratégias para vencer o jogo. Motiva os jogadores. Esse é
comportamento do técnico que quer ser campeão.
O
que faz um mal técnico?
Vai
para o bar, senta com os amigos, e toma cerveja, enquanto o time pensa sozinho
no que vai fazer para ganhar o jogo.
A
questão no caso do Brasil a grande dúvida que fica é se o técnico Jair
Bolsonaro não tem estratégia para vencer o jogo contra o coronavírus, ou se a
estratégia dele é justamente fazer o time perder o jogo. Fica a dúvida se a
intenção dele é fazer uma festa de celebração da vitória da vida, ou se é
promover uma celebração da morte.
Se
a gente for analisar friamente a situação desde o seu início, que foi quando o
coronavírus chegou ao Brasil, e depois quando a OMS decretou o estado de
pandemia, veremos que as atitudes de Jair Bolsonaro caminham sempre na direção
de sabotar o jogo. Minimizar a situação. Até mesmo ignorá-la. Fazer tudo o contrário
do que a OMS recomenda para ganhar a jogo contra o vírus.
Quando
analisamos todos esses fatos e fatores vemos que a intenção do presidente são
atitudes de um técnico que tem como estratégia perder o jogo, e perder o jogo
nesse caso é algo muito grave que vai muito além de ganhar ou perder uma
partida de futebol. Quando se fala em querer perder o jogo em um cenário de
pandemia, significa querer, deliberadamente, deixar que pessoas morram aos
milhares, é deixar que outras morram, nem tanto por causa do vírus, mas porque
não havia leitos de UTI disponível, é abandonar as pessoas à própria sorte,
inclusive, deixando-as morrer sufocada em camas de hospitais ou em casa porque
faltou oxigênio nos tubos de oxigênio.
Quando
a gente pensa que a intenção deliberada do presidente é justamente essa, então
um frio nos percorre da cabeça ao pé, e a gente se pergunta o porquê. Por que
tamanha crueldade? Por que tanta frieza? Qual o motivo de tanto sadismo?
Depois
de um ano de pandemia, nesse jogo cruel entre humanos e vírus, só nos resta a
nós brasileiros, as lágrimas, mas não o silêncio. É preciso falar, e reclamar
desses governantes sádicos e loucos, descolados da realidade, e de parte da
sociedade que escolheu tirar do armário a própria burrice e ignorância como
forma de combater o vírus, aliando-se a ele na realização de festas
clandestinas e ao desrespeito às medidas sanitárias.
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