Sinais de golpe
Sexta-feira,
13 de janeiro
Os
atos antidemocráticos praticados pelos terroristas continuam tendo forte
desdobramento. Abro um parênteses antes de prosseguir. Estava lendo uma matéria
no portal da Globo.com, e a autor da matéria ficava, como diz o ditado popular,
“pisando em ovos” ao falar desse povo, chamando-os de “minoria bolsonaristas
radical”. Aqui nesse blog não, é sempre bom dar nome aos bois — e “dar nome aos
bois” nunca foi uma palavra tão apropriada para essa situação — e aqui os bois
recebem o nome daquilo que eles são, ou seja, terroristas.
Quando
fiz a última postagem, o presidente Lula havia decretado intervenção na área de
segurança do Distrito de Federal, e o ministro do STF, Alexandre de Moraes,
havia determinado o afastamento do governador do DF, Ibaneis Rocha.
Depois
disso, Moraes decretou a prisão do ex-comandante da Polícia Militar do Distrito
Federal, Fábio Augusto. O coronel Fábio era o comandante responsável pela PMDF
no domingo, quando ocorreram os atos repugnantes nos Poderes da República. O
ministro também decretou a prisão de Anderson Torres, secretário de Segurança
do DF exonerado após os fatos ocorridos. Torres está de férias em Orlando, EUA.
Ele já falou que pretende voltar ao Brasil e se entregar.
Os
fatos podem ser muito mais graves do que desconfiamos. A polícia já fez busca e
apreensão da casa de Torres. Segundo, reportagem publicada em primeira mão pela
Folha de São Paulo, deste dia 12 de janeiro, foi encontrado em um armário da
casa dele uma minuta (proposta) de instauração de estado de defesa no TSE.
E
o objetivo senhoras e senhores, era reverter o resultado das eleições. De
acordo com a reportagem o estado de defesa procurava o “reestabelecimento
imediato da lisura e correção da eleição de 2022.
O
artigo Art. 136 da Constituição Federal, diz:
O
Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de
Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente
restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz
social ameaçada por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas
por calamidades de grandes proporções na natureza.
Nada
disso ocorria no Brasil, nem ocorre. Portanto, o fato é da mais alta gravidade.
Se Anderson Torres, que deve voltar ao Brasil esse fim de semana, estava
complicada, imagina então depois da descoberta desse documento.
Houve
também, até agora, a prisão de 1.500 bolsonaristas radicais. Os homens foram encaminhados
para o Complexo Penitenciário da Papuda, e as mulheres para a Penitenciária
Feminina do DF, também conhecida como colmeia. Aqueles terroristas que não
haviam tomado vacina contra a covid, tiveram que se imunizar.
As
autoridades também estão empenhadas em chegar até os financiadores destes atos
golpistas. Quem foi ao DF promover a baderna que vimos no domingo viajou
gratuitamente nos ônibus, com direito a lanches, e, e de acordo com depoimentos
colhidos de presos, quando chegaram ao DF, muitos deles pararam no acampamento
em frente ao quartel para almoçar.
E
não apenas os atos de domingo de foram financiados, mas também o bloqueio das
rodovias pelos caminhoneiros. Dinheiro, como sabemos, não brota da terra. E os
caminhoneiros ficaram vários dias na estrada. Como ganharam dinheiro para se
sustentar e sustentar suas famílias naqueles dias? E os desocupados que ficaram
meses em frente aos quarteis, comendo e bebendo. Assim como sabemos que
dinheiro não brota da terra, sabemos igualmente que ele não cai do céu. E
aquele ficava lá comendo churrascos, água, e outros itens alimentares? Alguém
os financiava, com certeza. É desse povo que as autoridades estão em busca, e
chegarão a elas, e elas serão responsabilizadas.
O
Tribunal de Contas da União já pediu a lista dos funcionários que estavam participando
dos atos golpistas. E, mesmo sendo concursados, os funcionários identificados
sofrerão consequências graves.
O
lado bom de tudo isso é que os Poderes da República, não se abateram, não se
renderam, nem se acovardaram. Muito pelo contrário, o trabalho no Congresso, no
Senado, e no Palácio do Planalto continua a todo vapor, mesmo entre os cacos
que sobraram.
Todos os indícios até agora nos levam a
concluir que o governo do Jair Bolsonaro tentou interferir no Judiciário, e
mudar o resultado de uma eleição realizada na mais absoluta lisura a altamente
democrática.
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