A alegria dos vitoriosos e o choro estridente dos derrotados
Terça-feira,
13 de dezembro
E
assim, caros amigos e amigas, a roda da vida segue girando, e girando, e
girando. Dias atrás, o entusiasmo dos jogadores da seleção, e dos brasileiros
estava em alta, e hoje ele nem existe mais. A seleção brasileira era uma das
favoritas, e hoje apenas assiste de camarote, saboreando os patês com o gosto
amargo da derrota, o desenrolar das semifinais, e da final, no domingo. Aliás,
não o Brasil, mas outras favoritas, com grandes estrelas, também já arrumaram a
malas e voltaram chorosas e tristes para casa. Domingo, 17, conheceremos a
grande campeã desse disputado torneio que acontece a cada quatro ano.
O
Brasil vinha jogado bem as partidas da Copa, mas faltou maturidade e
experiência aos nossos jogadores. Esqueceram o básico, as lições que se aprende
ainda nas escolas de futebol.
Da
derrota da seleção, podemos colher, dentre outras, duas grandes lições. A
primeira: Quando se deseja conquistar algo que é realmente importante, é
preciso esforço, foco, e algum sacrifício. E aqui falo das folgas que os
jogadores da seleção tiveram no Qatar. Até carne folheada a ouro teve. Não que
não seja bom passar momentos com a família. Sim, é maravilhoso. Mas o que
estava em jogo era o título de hexacampeão, e para isso todo empenho era
necessário. Ao final, todos ficariam felizes: família, jogadores e torcedores.
É
assim quando se deseja passar num vestibular, num concurso, ou algo semelhante.
É preciso dias de muito estudo, muito esforço, algum sacrifício. Depois, vencida
a luta, então pode sair para comemorar o dia que quiser e quando quiser, já não
haverá mais o peso da responsabilidade de tal batalha nas costas.
Segundo:
Não acredita que o jogo está ganho, e relaxar. É preciso se agarrar com afinco
ao que já foi conquistado para que a conquista se torne definitiva. Por exemplo,
no jogo contra a Croácia, Neymar faz um gol de pênaltis faltando cinco minutos
para o fim da prorrogação. E, em vez do time se fechar todo na defesa, não,
foram correr para o ataque, dando assim oportunidade para o adversário empatar
a partida, e vencer nos pênaltis.
Como
diz o ditado: “Bola pra frente”. Daqui a quatro anos a gente sonha com o
hexacampeonato novamente.
Rola
bola nos gramados do Qatar, e rola bola nos gramados de Brasília também. O
presidente eleito, Lula, já está veemente, fazendo negociações, escolhendo
ministros, buscando o melhor caminho para tirar o país do atoleiro no qual o
presidente Jair Bolsonaro o colocou.
Ontem,
segunda-feira, 12, aconteceu o ato final do processo eleitoral com a diplomação
de Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), respectivamente, presidente e
vice-presidente da República. Com a diplomação, o TSE os declara aptos a tomar
posse no dia 1o de janeiro. A cerimônia ocorreu no TSE.
A
entrega dos diplomas foi feita pelo ministro-presidente do órgão, Alexandre de Moraes.
O ministro teve papel preponderante, juntamente com outros ministros do TSE e
do STF, nessa eleição ao combater as fake news e coibir os atos golpistas.
O
presidente eleito estava visivelmente emocionado. “Esse diploma não é do
Lula presidente, mas de parcela significativa do povo que conquistou o direito
de viver em democracia. Vocês ganharam esse diploma”, disse ele durante o
discurso. Ao lembrar da sua primeira diplomação Lula foi às lágrimas ao lembrar
as críticas que sofreu por não ter diploma universitário.
Penso
que não apenas a lembrança de sua primeira diplomação levou Lula às lagrimas,
mas, sim, também ao pensar em quão difícil foi vencer essas eleições, na qual o
candidato oponente usou, sem cerimonia nenhuma, a máquina estatal a seu favor
nas eleições.
Em
seu discurso Lula destacou a importância da frente ampla que agregou vários
partidos e diversas correntes para que a vitória acontecesse. “Hoje, na
transição de governo, se amplia para outras legendas e se favorece o
protagonismo de trabalhadores, empresários, artistas, intelectuais, cientistas
e lideranças dos mais diversos e combativos movimentos populares desse país”,
disse ele.
Uma
ausência bastante notada foi a da senadora Simone Tebet. A assessoria de
imprensa da senadora, informou que ela estava em compromissos no Mato Grosso, e
por isso, não pode comparecer. Porém, nas redes sociais, Simone Tebet,
parabenizou Lula. Ela é cotada para ocupar algum ministério no próximo governo.
A senadora foi grande força para Lula no segundo turno das eleições. Porém, essas
coisas entre partidos não são assim tão fáceis. Tebet enfrenta resistência de
integrantes do PT, e até do próprio partido, o MDB.
Na
cerimonia de diplomação, a linha que alinhavou o tecido dos discursos foi a
defesa da democracia. Tanto Lula, quanto Alexandre de Moraes exaltaram a defesa
da democracia, e nem poderia ser diferente: faz quatro anos que a democracia
está sendo atacada tanto por Bolsonaro quanto por seus apoiadores. “Vitória
do respeito ao Estado de Direito, da fiel observância à Constituição. A
diplomação da chapa é o reconhecimento da lisura do pleito, da legitimidade
política conferida soberanamente. A Justiça Eleitoral se preparou para garantir
transparência e lisura das eleições”, disse o presidente do TSE.
Alexandre
de Moraes também disse que haverá punição para os golpistas. “Essa
diplomação atesta vitória plena e incontestável da democracia contra os ataques
antidemocráticos, desinformação e contra o discurso de ódio proferido por
diversos grupos que, identificados, garanto, serão responsabilizados, para que
isso não retorne nas próximas eleições”, disse ele.
Enquanto
Lula está cada vez mais perto de colocar a faixa presidencial, os lunáticos bolsonaristas
continuam brincando de golpismos, infantilmente, sendo visivelmente objetos de
manipulação por parte dessa indústria destruidora de reputações que vem do
submundo das redes sociais.
Ainda
no dia de ontem eles deram trabalho à Polícia Militar do Distrito Federal. Os bolsonaristas
tentaram invadir a sede da Polícia Federal. A PM precisou usar gás lacrimogênio,
os bolsonaristas não se deram por satisfeitos e revidaram jogando paus e pedras
nos agentes policiais.
Eles
ficaram indignados com a prisão de um índio que participava dos atos golpistas.
A ordem de prisão do indígena, José Acácio Serere Xavante foi dado por
Alexandre de Moraes. Segundo ele, José Acácio havia convocado manifestantes armados
para impedir a diplomação de Lula e Alckmin. Um ônibus que passava pelas
proximidades foi incendiado pelos golpistas, bem como carros que estavam
estacionados nas proximidades.
Enquanto
atos golpistas ocorrem em várias cidades do país, o governo federal assiste a
tudo isso, inerte, como se estivesse concordando e apoiando toda essa baderna
promovida pelos golpistas em frente aos quarteis e rodovias.
Doentes.
Não há outra palavra para descrever essa gente, e seus atos golpistas
ridículos.
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