O tesouro escondido
Terça
feira, 10 de outubro
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Vontade
de falar da vitória do Joe Biden nesta postagem. Este blog falará dela,
brevemente. Hoje o coração me pediu para falar de outra vitória, antes de falar
da vitória do norte-americano. Corda tinha para amarrar os dois textos. Mas preferi fazer dois feixes diferentes. Assim fazemos duas fogueiras. As duas ornadas
pelo fogo da vitória.
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Pompéia, a cidade soterrada
É
engraçado. Chega até mesmo a ser cômico. Seria comédia, se não fosse trágico.
O
home sobe num pedestal. Bate no peito. Muitos até se colocam no lugar de Deus.
Mas,
belo dia, as forças da natureza se irritam com tanta prepotência e mostram quem
é que manda.
Foi
assim que aconteceu na sofisticada cidade romana de Pompéia. Cidade rica, próspera
também em arte e cultura, era na região que os abastados romanos mantinha suas
colônias de férias. Talvez por isso, a cidade fosse tão movimentada, badalada,
e procurada.
Porém,
certo dia, mas precisamente no ano 79 d.C. o Monte Vesúvio ficou bastante
irritado, e de sua boca saíram cinzas, pedras, e fogo, que caíra em abundância
sobre a cidade, soterrando-a, e matando seus 20.000 mil habitantes.
Apesar
de se pensar que a população da cidade tenha sido morta por ter sido engolida
pelas cinzas do vulcão, estudos mostraram que a causa da morte da maioria foi o
calor excessivo. Os habitantes da região foram expostos a uma temperatura que
chegava a 250 graus, que podia ser sentido mesmo por quem estava a cerca de 10 quilômetros
de distância da cidade. Que ser humano resistiria a um calor tão grande? Mesmo
pessoas que estavam abrigadas em edificações acabaram morrendo em decorrência
desse calor.
A
cidade se manteve oculta sua tragédia por 1.600 anos, até que, em 1748 foi
descoberta por acaso. Caprichosamente, as cinzas e lama fervente que sairam do
vulcão, formaram como que um molde, que preservou pessoas, coisas e objetos,
exatamente do mesmo jeito em que estavam quando foram surpreendidos pela tragédia.
O
povo de Pompéia já havia recebido uma espécie de aviso da mãe natureza. Pois no
início do ano de 62, um forte terremoto, que historiadores avaliaram entre 5 e
6 graus na escala Richter, causou graves danos na região, especialmente, em
Pompéia. Muitas pessoas deixaram a região após a tragédia, outras ficaram e
decidiram reconstruir a cidade. Foi durante essa reconstrução que Vesúvio se
enfureceu e a morte engoliu a todos.
E
assim, vez ou outra, a humanidade tem sido atingida por fenômenos naturais
diante dos quais fica evidente quão frágil é o ser humano, e quão forte é a
natureza.
Recentemente,
e bem recentemente, mais precisamente em 30 de outubro, a Turquia foi atingida
por um forte terremoto. O fato aconteceu na cidade de Izmir, na costa do mar
Egeu. Também lá o tremor atingiu magnitude de 5 a 6 pontos na escala Richter. O
terremoto deixou mais de 1.000 pessoas feridas, e mais de 100 mortos. O tremor
também deixou atrás de si um rastro de destruição.
Mas,
alguns seres humanos, sabe-se lá de que fibra são feitas, são resilientes. Dessas
que podem sobreviver ao rastro de morte e destruição provocados por terremotos,
mesmo estando elas sob as mais adversas condições. E essas pessoas feitas com
fibra de qualidade superior podem ter 40 anos, podem ter 20, podem ter 60, ou podem
até mesmo ter, 3 anos de idade.
Nesse
terremoto na Turquia vale a pena voltar os olhos para duas pequenas guerreiras.
Uma menina de apenas 3 anos foi encontrada com vida entre os escombros, quase
quatro dias após o terremoto. O mundo desabando lá fora, e a menina de nome Ayda
Gezgin, estava sentada, pacientemente, na cozinha de um prédio que desabou. Ela
estava em um pequeno espaço que havia ficado intacto, entre a máquina de lavar
e uma bancada.
Outra
menina, de nome Elif Perincek, de 3 anos também foi encontrada pelas equipes de
resgate em condições bem mais críticas que a primeira. O resgatista que
encontrou Elif, achou que ela estava morta, pois a menina estava inerte.
Coberta de poeira, a impressão que dava era a de que não estava respirando, que
estava morta mesmo.
Porém,
quando o homem começou a limpar o rosto da menina, ela abriu os olhos. Imaginem
os senhores e senhoras a alegria e a emoção que deve ter sentido aquele homem...
E que alívio deve ter sentido a menina...
Ayda
ficou 91 horas embaixo dos escombros. Elif ficou 65 horas em condições
inimagináveis para qualquer um de nós. E detalhe importante, impressionante. As
duas ficaram sem comida, sem bebida, e praticamente, sem poderem se mover, com
toneladas de concreto em cima delas.
Se
a natureza é imperiosa, furiosa, alguns seres humanos, em condições muito
adversas, conseguem ser iguais as rochas mais firmes. Mas qual o segredo dessas
pessoas? Sorte? Acaso? Proteção divina?
Isso
talvez nunca saibamos, pois esta força para vencer o adverso muitas vezes é
manifesta. Algumas pessoas a demonstram com facilidade, outras as mantém
escondidas e só as mostram nas horas mais necessárias.
Se você está passando por momento difíceis, lembre-se: Esta força pode estar escondida dentro de você, apenas esperando para ser despertada. Faça isso. Desperte-a. E experimente a magia do milagre. Do milagre de tornar possível o impossível. Encontre dentro de si essa força, e faça resplandecer este tesouro interior escondido dentro de você mesmo.
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