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Brasil sem pai nem mãe

Posted by Cottidianos on 23:34
Quinta-feira, 13 de agosto





Há coisas que acontecem em nosso país que eu custo para acreditar que acontecem, mas o pior é que acontecem mesmo, e não são histórias da carochinha.

Imaginem um governador de estado querer extinguir um órgão ambiental para economizar custos, justamente no momento em que o mundo inteiro sente os efeitos devastadores que uma natureza não cuidada, pode provocar na face da terra? Pois foi justamente o que fez, Ivo Sartori, governador do Rio Grande do Sul. Ele enviou a Assembléia Legislativa, um projeto de lei que propõe a extinção da Fundação Zoobotânica. Fundada em 1972, a instituição realiza pesquisas sobre biodiversidade, mapeamento de ecossistemas, recuperação de áreas degradadas, monitoramento de espécies em extinção, dentre outras atividades.

Os ambientalistas gaúchos ficaram indignados com tamanha desconsideração de Ivo Sartori pela natureza, e colocaram uma petição pública na Internet em apoio à continuidade das atividades da Fundação Zoobotânica, que foi assinado até o momento em que escrevo este texto, por 22.702 pessoas.

Já em São Paulo, em junho, a Câmara Municipal aprovou um projeto de lei que autoriza os 55 vereadores a aumentar de 18 para 30 o número de assessores. Para que tanta gente trabalhando para um vereador só? Isso para mim é um assalto à população da cidade de São Paulo. Penso que o povo não deveria aceitar ser roubado dessa maneira. Todos deveriam protestar e muito, pois todo esse dinheiro vai fazer falta em áreas importantes como, educação, segurança e saúde.

Isso sem falar em toda essa dinheirama que foi roubada dos cofres da Petrobrás. Dói no coração ver a montanha de dinheiro que foi subtraído desse patrimônio brasileiro que é a Petrobrás. Como diz o ditado popular, “não dá mais para tapar o sol com a peneira”, que me desculpem os meus amigos petistas, mas o PT fez um estrago colossal nas finanças da estatal, a fim de financiar seu projeto de poder.

Hoje o país, navega numa crise como há muito tempo não se via, e ainda temos que ouvir desculpas esfarrapadas do partido, tentando minimizar um fato que é real, sentido na pele pela população brasileira. Em atitude delirante, como quem não tem argumentos convincentes, o ex-presidente Lula, fez, na terça-feira (11), declarações que representam um retrocesso político. Esperavam-se palavras sábias de um ex-presidente da república, mas...


Deixo que vocês confiram as declarações de Lula no artigo, de autoria de Fernando Canzian, publicado no jornal Folha de São Paulo, nesta quinta (13).



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Brasil sem pai nem mãe


É lógico que ela pode errar, como eu errei e como qualquer um erra enquanto mãe. Nem sempre a gente faz as coisas que são 100% aceitas pelos filhos", disse Lula na terça (11). "Mas quando ela errar, ela é nossa mãe e temos de ajudá-la a consertar".

Há algo de mais atrasado vindo de uma pessoa que já foi o presidente mais popular de uma democracia de 200 milhões de habitantes?

A regressão política faz com que Lula parta agora para uma tentativa de regressão psíquica da sociedade.

Para que essa sociedade, assustada e perdendo empregos, os veja como papai e mamãe que só pisaram na bola. Que espere, suporte, se conforme e ajude o PT e a presidente mais impopular do Brasil a tirá-los dessa situação.

Lula acha que sabe o que faz e que conhece seu público: o país da "Pátria Educadora", de maioria pobre e educação ruim.

Mas nesse processo de regressão, Lula e Dilma estão sendo obrigados a se fechar só no que ainda resta: a base social do PT "hardcore"; agora financiada com dinheiro de toda uma sociedade que desaprova em massa o governo.

Como a tal Marcha das Margaridas em Brasília na quarta (12). Contraponto aos prováveis protestos de domingo e recebida por Dilma, teria reunido 30 mil pessoas, segundo a PM. Ao custo de R$ 855 mil da Caixa Econômica Federal, do BNDES e da Itaipu Binacional.

Apesar da grande popularidade de Lula e Dilma nos seus melhores momentos, eles pouco fizeram para transformar estruturalmente o Brasil que governam há 12 anos e meio.
Lula surfou na onda das commodities em alta e no maior ciclo de crescimento global (até 2007) do pós-Segunda Guerra. Não fez reformas que pudessem ajudar a melhorar as contas públicas no longo prazo. Só ampliou gastos.

Dilma pegou o bastão com o país crescendo 7,5% e com problemas à época relativamente fáceis de resolver. Inventou estratégias econômicas extravagantes e também nada produziu de novo para mudar o estrutural. Só ampliou gastos.

Vivemos um longo período sob gastos públicos, crédito e consumo em alta. Enquanto a indústria perdia a metade de sua participação no PIB, investia-se pouco e importávamos para valer, criando empregos lá fora.

Só agora, pelas mãos de um ministro adotivo, mamãe impopular quer passar no Congresso, a toque de caixa, reformas que poderiam ter sido feitas em três longos mandatos populares. Como perdemos tempo.

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