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Na linha de frente

Posted by Cottidianos on 22:45
Segunda-feira, 30 de março

Guerreiros são pessoas
Tão fortes, tão frágeis
Guerreiros são meninos
No fundo do peito
Precisam de um descanso
Precisam de um remanso
Precisam de um sono
Que os tornem refeitos

(Guerreiro Menino- Gonzaguinha)

Antes da próxima postagem esse blog gostaria de fazer uma homenagem a todos os profissionais que estão na linha de frente nessa guerra contra o Covid-19.
Enquanto muitas pessoas no mundo inteiro ficam em casa, tem a comodidade de desenvolver seus trabalhos em casa, essas pessoas tem que sair para a rua para desenvolver suas atividades diárias. O mundo está às voltas com uma pandemia. Muitas pessoas estão confinadas. Mas as ruas precisam estar limpas, se não além do coronavírus, podem aparecer outros vírus e bactérias para complicar ainda mais a situação. Os supermercados, mercados, e afins, precisam estar abertos para que possamos os produtos de limpeza, comidas e outros itens necessários ao viver cotidiano. Bem como precisa haver gente nos hospitais e postos de saúde para acolher, orientar àqueles que sofrem dos males que acometem o corpo.
Isso não significa que esses profissionais não tenham medo. Eles tem medo, sim, e muito. Até porque elas tem famílias, filhos, marido, mulher, pai, mãe, enfim, são seres humanos como qualquer outro.
Mundo afora as pessoas tem saído nas sacadas de seus apartamentos e tem batido palmas para os profissionais de saúde. Estes aplausos também poderiam ser extensivos a todos que precisam estar na linha de frente. Os aplausos deste blog a todos os trabalhadores dos serviços essenciais.




Este blog não poderia deixar de aplaudir também o nosso ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que, com mão firme, vem comandando o ministério num momento de tão grande apreensão, momento tão delicado. Obrigado ao Mandetta por nos transmitir segurança em meio a essa pandemia.





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Carta ao maluco beleza

Posted by Cottidianos on 02:32
Sexta-feira, 27 de março

No balanço de perdas e danos
Já tivemos muitos desenganos
Já tivemos muito que chorar
Mas agora, acho que chegou a hora
De fazer valer o dito popular
Desesperar jamais
(Desesperar Jamais - Autores: Ivan Lins / Vitor Martins)



Salve, Raul Seixas, grande maluco. Maluco beleza. Grande louco, poeta, místico.
Grande Raul.
Como estão as coisas por aí, nesse imenso espaço sideral onde habitas? Sinto saudades das tuas canções de letras tão profundas e místicas. Era bem legal quando sentavas com outro místico, Paulo Coelho, para aquelas viagens bem loucas e que nos trouxeram músicas maravilhosas do tipo “Ouro de Tolo”, “Metamorfose Ambulante”, “Meu amigo Pedro” “Maluco Beleza” e “O Dia em que a Terra Parou”, e tantos outros sucessos.
Paulo hoje é um escritor famoso. Tú deves saber disso. Afinal, em tua condição atual podes ir onde quiseres e desejares, uma vez que habitas um corpo etéreo, tão etéreo quanto é a imensidão de mundos do qual fazes parte agora.
Cara, por aqui tá a maior zona, a maior bagunça. Lembra do verso da canção, Alô, Alô, Marciano, interpretada na adorável voz de Elis Regina, especialmente aquele verso que diz:
Alô, alô, marciano
Aqui quem fala é da Terra
Pra variar estamos em guerra
Você não imagina a loucura
O ser humano tá na maior fissura porque
Tá cada vez mais down the high society

Maior loucura. Estamos mesmo em guerra. Daí você poderia perguntar com curiosidade natural: “Guerra contra quem? Qual o inimigo?”. Meu irmão, o terrível inimigo não é nenhum exército de nenhuma nação. Ele é invisível. Aposto que você que está pensando em seres espirituais, e essas coisas todas. Nada disso. O tal adversário é um vírus. Isso mesmo. Um maldito de um vírus que se alastrou por todo o planeta.
O pior é que essa peste, essa ameaça não envolve apenas à saúde da população, mas também envolve uma série de questões, inclusive a econômica. Muitas pessoas tem tombado diante dessa ameaça. O grupo de risco são os mais idosos, mas eu é que não confio. Uma vez que ele está por aí, bravo e feroz feito um monstro ele pode pegar e matar qualquer um: jovens, velhos e crianças.
Quem tem juízo, se previne. Acho que ainda lembras daquele ditado: seguro morreu de velho. E não deve ter sido por causa do coronavírus. Esse é o nome da fera. O caso é tão grave que, no dia 11 deste corrente mês, em um dia de quarta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS), declarou estado de pandemia no mundo por causa do novo coronavírus (Sars-Cov-2), que foi batizado pelos cientistas de Covid-19.
Pandemia é aquele estado em quem uma doença domina o mundo todo com transmissão sustentada entre as pessoas.  Se as pessoas tivessem se prevenido logo, com isolamento social, nada disso estava acontecendo. E se tivesse acontecendo seria em menor escala. Acontece que o problema estava justamente aí. Quem poderia imaginar que a coisa fosse tomar proporções tão gigantescas? 
Esses dias, de quarentena, como todo mundo, no mundo todo, aliás, aproveitei para ouvir a canção que interpretavas, chamada, O Dia em quem Terra Parou. Fiquei prestando atenção na letra como nunca havia feito antes.
Rapaz, aquilo é uma profecia? Acho que os bons espíritos te revelaram esses acontecimentos pelos quais estamos passando agora quando te inspiraram essa canção lançada em 1977. Por falar nela, amo essa letra e melodia. Um ritmo pop envolvente. Vamos relembra-la juntos?   Melhor seria se você estivesse aqui, perto, tocando seu violão e cantando, você mesmo, essa obra de arte. Mas enfim, a distância que nos separa impede esse que seria um prazeroso momento de lazer. Logo de início, tú já traças um panorama, um quadro atual do que se passa hoje nesse mundo físico.
Essa noite eu tive um sonho
de sonhador
Maluco que sou, eu sonhei
Com o dia em que a Terra parou
com o dia em que a Terra parou”.

Assim começa a letra da canção. Uma parte falada. Depois vem o restante da letra acompanhada dos instrumentos. Vamos rever ela na integra. Assim mataremos a saudade daqueles velhos e bons tempos.

O empregado não saiu pro seu trabalho
Pois sabia que o patrão também não tava lá
Dona de casa não saiu pra comprar pão
Pois sabia que o padeiro também não tava lá
E o guarda não saiu para prender
Pois sabia que o ladrão, também não tava lá
e o ladrão não saiu para roubar
Pois sabia que não ia ter onde gastar

No dia em que a Terra parou (Êêê)
No dia em que a Terra parou (Ôôô)
No dia em que a Terra parou (Ôôô)
No dia em que a Terra parou

E nas Igrejas nem um sino a badalar
Pois sabiam que os fiéis também não tavam lá
E os fiéis não saíram pra rezar
Pois sabiam que o padre também não tava lá
E o aluno não saiu para estudar
Pois sabia o professor também não tava lá
E o professor não saiu pra lecionar
Pois sabia que não tinha mais nada pra ensinar

No dia em que a Terra parou (Ôôôô)
No dia em que a Terra parou (Ôôô)
No dia em que a Terra parou (Uuu)
No dia em que a Terra parou

O comandante não saiu para o quartel
Pois sabia que o soldado também não tava lá
E o soldado não saiu pra ir pra guerra
Pois sabia que o inimigo também não tava lá
E o paciente não saiu pra se tratar
Pois sabia que o doutor também não tava lá
E o doutor não saiu pra medicar
Pois sabia que não tinha mais doença pra curar

No dia em que a Terra parou (Oh Yeeeah)
No dia em que a Terra parou (Foi tudo)
No dia em que a Terra parou (Ôôôô)
No dia em que a Terra parou

Essa noite eu tive um sonho de sonhador
Maluco que sou, acordei

No dia em que a Terra parou (Oh Yeeeah)
No dia em que a Terra parou (Ôôô)
No dia em que a Terra parou (Eu acordei)
No dia em que a Terra parou (Acordei)
No dia em que a Terra parou (Justamente)
No dia em que a Terra parou (Eu não sonhei acordado)
No dia em que a Terra parou (Êêêêêêêêê…)
No dia em que a Terra parou (No dia em que a terra parou)


FLORIAN PLANCHEUR / AF - Foto do site do El País Brasil


Meu amigo, a situação por aqui tá desse mesmo jeito que a canção descreve: os empregados estão em casa, os patrões também. Igrejas fechadas. Os fieis nem vão aos cultos porque sabem que o padre ou pastor não estarão lá.  Escolas e Universidades de portas fechadas. Importantes campeonatos suspenso. Até os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, edição de 2020, e cujo país anfitrião seria o Japão, foi cancelado, e jogado para 2021. Pra você ver a gravidade da situação.
Dizem que essa coisa toda começou na China, em uma cidade chamada Wuhan. Mais de 3.000 pessoas morreram naquele país por causa da doença. Na Itália, a doença já vitimou mais de 8.000 pessoas. Na Espanha, 4.000 é o número de vítimas fatais. 
Os Estados Unidos da América, país onde foste exilado no início de 1974, por causa da ditadura militar, já desponta como o novo epicentro mundial da crise. Em número de infectados, o país já ultrapassou a China, Itália, e Espanha. Até a data de ontem, 26, eram 82.404 casos de covid-19, com 1.128 mortos.
Também até a data de ontem, segundo a OMS, no mundo inteiro, já são quase meio milhão de pessoas infectadas pelo vírus, e 19.000 mil mortes.E esses números só crescem. O pior é que ainda não há uma vacina, para essa epidemia, nem qualquer outro tipo de remédio. Foi uma praga que pegou a todos de surpresa. A comunidade médica internacional foi pega, como diz o ditado popular, “de calças curtas”, ou seja, sem nenhuma condição efetiva de reação além de recomendar cuidados com a saúde, higienização, e também com a recomendação de isolamento social.  
Em nosso país, já são 2.915 casos confirmados da doença, e 77 mortes. Isso também até a data de ontem, 26, pois a experiência em outros países nos mostram que os números de infectados e mortos aumenta em escala geométrica e em velocidade vertiginosa. É bem provável que esses números sejam bem maiores que os dados divulgados oficialmente.

O engraçado, ou melhor, o trágico, é que temos um presidente que, em meio a todo esse drama, ao invés de olhar para a situação atual, parece estar mirando apenas a sua reeleição. Ele tem sido muito irresponsável, indo na contramão de tudo o que recomenda a ciência — aliás, não é a primeira, nem será a última vez que ele desconsidera a ciência e os dados por ela divulgados. 
Já no começo da chegada dessa doença ao Brasil, o presidente estava em isolamento por causa de uma viagem que havia feito aos Estados Unidos e voltou de lá com membros de sua comitiva infectados pelo vírus. Os médicos recomendaram para ele o isolamento.
Por essas dias em que aconteceram esses fatos, houve, precisamente em um domingo, 15 de março, houve uma manifestação pró-Bolsonaro — esse é nome dele, Jair Messias Bolsonaro — e contra o Congresso e o Supremo.
Você acredita que ele desrespeitou todas as recomendações médicas, da OMS, e do próprio ministério da Saúde, e foi aos protestos? Achei inacreditável e surreal tudo aquilo. Na minha humilde opinião só uma pessoa sem juízo faz uma coisa dessas. 
E o pior é que mesmo com o avanço do coronavírus ele ainda insiste em dizer que o vírus não passa de uma “gripezinha”, um “resfriadinho”, e que as escolas devem ser liberadas para os alunos, as igrejas para os fiéis, e que os trabalhadores voltem imediatamente aos seus trabalhos como se nada estivesse acontecendo.
Ainda bem que a população não está seguindo as orientações dele. Os brasileiros, ao que parece, até agora, estão se colocando ao lado da ciência.Claro, há alguns poucos simpatizantes que ainda defendem estes posicionamentos errôneos do presidente. Mas temos que compreender que algumas pessoas são mais lentas para compreender as coisas do que as outras, não é verdade?
É verdade que há, por parte de todos nós, uma preocupação com a economia. Quanto ao nosso Produto Interno Bruto (PIB) — cujo crescimento foi pífio — os economistas estão dizendo que esse ano vai a zero. O Banco Central divulgou um relatório nesta quinta-feira, 26, que projeta esse cenário sombrio para nossa economia. Ou seja, nenhuma perspectiva de crescimento.
E, realmente, com as empresas fechadas, é provável que muitas não aguentem o tranco e quebrem. Isso significa mais gente desempregada, mais sofrimento. Mas o que é melhor? Contar os mortos ou contar os desempregados? Considerar que se deve privilegiar a contagem dos desempregados, é, no meu entender, uma atitude desumana, pois, a economia se recupera, com força de vontade um pequeno empresário pode reerguer sua empresa. Mais os mortos? Ah, os mortos, só o Deus Altíssimo para ressuscitá-los, e quando ele faz isso, quando o espírito sai da carne, ele não o traz de volta a este planeta de expiação e de provas, mas leva-os para as moradas eternas.
Porém, esse quadro econômico que se prevê sombrio não é privilégio do nosso país.  Todas as nações estão enfrentando o mesmo problema. É hora de os líderes mundiais pensarem primeiro na vida de seus concidadãos, e depois entrar na economia, apoiando as empresas para que não quebrem, e aos trabalhadores para que tenham ao menos o necessário para sobreviver, uma vez que as pessoas precisam estar saudáveis, mas elas também precisam se alimentar. Sem a alimentação básica elas estarão sujeitas não apenas ao coronavírus, mas também a qualquer vírus inoportuno.
Mas a palavra de ordem, segundo as autoridades da área médica é: FIQUEM EM CASA. RESPEITEM O ISOLAMENTO SOCIAL. Em primeiro lugar, a vida, depois a gente corre atrás do prejuízo.

Bom acho que falei demais. Espero que estejas bem aí onde estás. Com certeza os vírus e todas essas doenças que atingem a humanidade já não atingem a ti, pois tens agora um novo corpo. Vives uma nova vida: a vida eterna. Se te conheço bem, deves continuar por aí fazendo o que gostas, cantar, e espalhar alegria por onde passas, assim como fazias quando estavas aqui entre nós.
Quem dera que essa coisa toda, como na letra da canção, fosse apenas um sonho. Que de repente, a gente acordasse e descobrisse que tudo não passou apenas de um pesadelo. Entretanto, o que estamos vivendo hoje não é um sonho, é uma dura realidade. Claro, tudo isso vai passar. Mas até lá, e também depois, vai ser preciso muita força, fé, e paciência.
Eu só te faço um pedido antes de terminar — dois, na verdade: Reza por nós! Pois como te falei meu amigo, as coisas por aqui estão bem complicadas. Também te peço que o teu canto e tua alegria aí nas moradas celestes chegue até nós em forma de oração, e nos traga a calma e a serenidade que precisamos.
É desnecessário dizer que a saudade que sinto de ti é imensa. Um dia nos reencontraremos... Porém, tudo no tempo dele, do chefe, do Pai eterno.
Grande abraço Raul Seixas, meu amigo maluco beleza.

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Irresponsável

Posted by Cottidianos on 00:28
Quarta-feira, 25 de março


O presidente, Jair Bolsonaro fez, na noite de ontem (24), um pronunciamento à nação, falando, novamente sobre o coronavírus. Me sentei em frente à TV para assistir ao Jornal Nacional quando fui surpreendido pelo anúncio da fala do presidente à nação em cadeia nacional de rádio e TV.
Fiquei esperando alguma nova medida ou que ele fosse dizer algo de grande importância para o povo brasileiro. Mas, à medida que o mandatário da nação foi desenvolvendo o discurso, minha expectativa foi murchando igual a uma bola de futebol que, quando furada, vai soltando o ar aos poucos e se encolhendo. Achei as coisas que o presidente estava dizendo tão surreais que passei o jornal inteiro me perguntando se tinha ouvido direito. Foi preciso terminar o televisivo e buscar o pronunciamento no canal do Palácio do Planalto no Youtube para ter realmente a certeza de que não havia entendido errado o que fora dito ao país.
Abaixo, apresento na integra o referido pronunciamento:
Boa noite!
Desde quando resgatamos nossos irmãos em Wuhan, na China, numa operação coordenada pelos ministérios da Defesa e Relações Exteriores, surgiu para nós um sinal amarelo. Começamos a nos preparar para enfrentar o coronavírus, pois sabíamos que mais cedo ou mais tarde ele chegaria ao Brasil.
Nosso ministro da Saúde reuniu-se com quase todos os Secretários de Saúde dos Estados para que o planejamento estratégico de enfrentamento ao vírus fosse construído.  E, desde então o Dr. Henrique Mandetta vem desempenhando um excelente trabalho de esclarecimento e preparação do SUS para atendimento de possíveis vítimas. Mas, o que tínhamos que conter naquele momento era o pânico, a histeria, e ao mesmo tempo traçar estratégias para salvar vidas e evitar o desemprego em massa. Assim fizemos, quase contra tudo e contra todos.
Grande parte dos meios de comunicação foram na contramão.  Espalharam exatamente a sensação de pavor, tendo como carro-chefe o anuncio do grande número de vítimas na Itália. Um país com um grande número de idosos e com um clima totalmente diferente do nosso. O cenário perfeito, potencializado pela mídia, para que uma verdadeira histeria se espalhasse pelo nosso país.
Contudo percebe-se que de ontem para hoje parte da imprensa mudou seu editorial: pede calma e tranquilidade. Isso é muito bom, parabéns imprensa brasileira. É essencial que o equilíbrio e a verdade prevaleçam entre nós. O vírus chegou, está sendo enfrentado por nós e brevemente passará.  Nossa vida tem que continuar. Os empregos devem ser mantidos. O sustento das famílias deve ser preservado. 
Devemos sim voltar à normalidade. Algumas poucas autoridades estaduais e municipais devem abandonar o conceito de terra arrasada, a proibição de transportes, o fechamento do comércio e o confinamento em massa. O que se passa no mundo tem mostrado que o grupo de risco é das pessoas acima de 60 anos. Então porque fechar escolas? Raros são os casos fatais de pessoas sãs com menos de 40 anos de idade. Noventa por cento de nós não teremos qualquer manifestação, caso se contamine.
Devemos sim é ter extrema preocupação em não transmitir o vírus para os outros, em especial aos nossos queridos pais e avós, respeitando as orientações do Ministério da Saúde. No meu caso particular, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus não precisaria me preocupar, nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou resfriadinho como bem disse aquele conhecido médico daquela conhecida televisão.  Enquanto estou falando, o mundo busca um tratamento para a doença.
O FDA americano e o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, buscam a comprovação da eficácia da Cloroquina no tratamento do COVID-19. Nosso governo tem recebido notícias positivas sobre esse remédio fabricado no Brasil, largamente utilizado no combate à malária, ao lúpus e a artrite.
Acredito em Deus, que capacitará cientistas e pesquisadores do Brasil e do mundo na cura dessa doença. Aproveito para render minha homenagem a todos os profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, técnicos e colaboradores, que na linha de frente nos recebem nos hospitais, nos tratam e nos confortam.
Sem pânico ou histeria, como venho falando desde o princípio, venceremos o vírus e nos orgulharemos de estar vivendo esse novo Brasil, que tem tudo, sim, tudo para ser uma grande nação. Estamos juntos, cada vez mais unidos. 
Deus abençoe nossa pátria querida.
Este foi o posicionamento do presidente desde que começou a crise provocada pelo novo vírus: minimizar a situação, tratar o coronavírus como se fosse apenas uma gripe. Como pode deduzir o leitor e a leitora, o presidente continua minimizando a crise, ou melhor, a pandemia.
Agora que, segundo dizem os especialistas em saúde, estamos prestes a entrar no pico da crise, o presidente vem a público dizer que devemos voltar à normalidade, como se nada de grave estivesse acontecendo. Critica o fechamento das escolas, ataca governadores — que por falar nisso, tem feito um excelente trabalho em meio a toda essa tensão que o país atravessa — e ainda critica a imprensa por ter criado um clima de histeria no país.
Em relação aos que estão em casa de quarentena, querendo trabalhar, é verdade, é como se o presidente dissesse: vão trabalhar vagabundos, deixem de moleza. Vão encher as escolas, as fábricas, as ruas, os comércios, porque esse vírus não é de nada. É coisa de fracos. E além do mais, se ele atacar você, não vai passar de uma “gripezinha”.
Por favor, alguém diga ao presidente que as coisas não bem assim, fáceis. Que a situação é grave. Que milhares de pessoas estão morrendo na Itália, na Espanha, assim como milhares morreram na China. São vidas humanas, presidente.
Mas não adianta dizer coisa alguma. E, se disser alguma coisa ao presidente, vai entrar por um ouvido e sair pelo outro. Pois ele não está preocupado com a saúde da nação, não está preocupado com o avanço do coronavírus, nem com toda essa balela com a qual o mundo todo está preocupado.
A única coisa que importa para o presidente é continuar acreditando em suas teorias conspiratórias, e, mais importante, em sua reeleição. Após a fala do presidente, é claro, houve panelaços em todas as capitais do país. Não só nas capitais, pois, enquanto o presidente falava, foi possível também ouvir panelaços aqui na cidade de Campinas, SP, cidade onde mora esse blogueiro.
E o barulho das panelas só aumenta, desde que o presidente começou a minimizar a crise da pandemia do coronavirus.
Claro, o pronunciamento do presidente gerou uma onda de reações contrárias em diversos setores da sociedade. Os parlamentares se dividiram entre perplexos e irritados com o pronunciamento.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), assim se expressou: “Neste momento grave, o país precisa de uma liderança séria, responsável e comprometida com a vida e a saúde da sua população. Consideramos grave a posição externada pelo presidente da República hoje, em cadeia nacional, de ataque”.
Rodrigo Maia foi mais contido em seu pronunciamento: “O momento exige que o governo federal reconheça o esforço de todos – governadores, prefeitos e profissionais de saúde – e adote medidas objetivas de apoio emergencial para conter o vírus e aos empresários e empregados prejudicados pelo isolamento social”, disse ele.
Na noite de ontem, Bolsanaro, já havia escrito uma postagem no Twiter que também inverter a lógica da situação atual, para ele o mais importante agora é preservar a economia, que leia-se nas entrelinhas, é preciso sacrificar a população em favor dos empresários. Assim escreveu ele na rede social. “A epidemia afeta diretamente a todos, mas medidas extremas sem planejamento e racionalidade podem ser ainda mais nocivas do que             a própria doença no longo prazo. Quando falamos em proteger empregos, também estamos falando em preservar a vida das pessoas. É isso que faremos”.
Como sempre tem aqueles puxa-sacos que endossam qualquer bobagem que o chefe fala, nesse caso também não poderia faltar. O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, endossando a postagem de Bolsonaro, escreveu no Twiter dele que o isolamento social é a maior imbecilidade da história da humanidade. “Confinaram 99% da população brasileira em casa para vencer um vírus que mata em torno de 1% dos infectados. O isolamento, exceto para os que são do grupo de risco, precisa ser imediatamente suspenso. É a maior imbecilidade da história da humanidade! Ao trabalho brasileiros!
O que passa pela cabeça de uma pessoa quando fala uma coisa dessas. Devaneio? Interesse eleitoreiro? Egoísmo, essa é a palavra certa.
Enfim, caminhamos para o pico da crise da pandemia provocada pelo coronavírus e o país não conta com uma liderança firme e forte à nível nacional. As lideranças estão despontando, sim mas nos Estados. Alguns governadores tem feito um excelente trabalho. Na falta de liderança de quem devia realmente liderar, que os governadores continuem assim, transmitindo calma e segurança à população brasileira.

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O capitão perdido no meio do tiroteio

Posted by Cottidianos on 12:54
Sábado, 21 de março


O coronavirus continua tocando fogo no mundo e continuará por mais alguns meses... Pelo menos é o que se espera.
Esta postagem começa em continuação ao assunto anterior que foi a crise diplomática criada entre China e Brasil pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro.
O presidente da Câmara Rodrigo Maia, David Alcolumbre (DEM-AP), e Antônio Anastasia (PSD-MG), logo se apressaram a pedir desculpas pela escorregada na casca de banana do deputado Eduardo Bolsoanro. A bancada ruralista, fiel apoiadora do governo criticou a atitude do deputado.
O pai de Eduardo, e presidente da República, Jair Bolsonaro, com sua caraterística de minimizar as situações sejam elas simples, graves, ou constrangedoras, disse: “Não há nenhum problema com a China. Zero problema com a China. Se tiver que ligar para o presidente chinês, eu ligo, sem problema nenhum”.
Mas as coisas não bem assim como Bolsonaro diz. Desde que aconteceu o incidente, o Itamaraty vem tentando desde quarta-feira (18), um contato entre o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, e o presidente chinês Xi Jinping.
O contato vem sendo conduzindo pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que por ocasião da postagem de Eduardo Bolsonaro, culpando a China pela disseminação do coronavírus, posicionou-se favorável ao deputado e contrário à China, mostrando certa subserviência ao deputado, dando, desse modo, uma aula de como não deve se comportar um ministro de Relações Exteriores. O ministro sugeriu, inclusive, que os chineses pedissem desculpas ao Brasil.
Mas o fato é que, apesar de estapafúrdia, a provocação do filho do presidente não foi gratuita, nem foi à toa. É um plano da extrema direita brasileira em casos em que ela está se complicando por alguma situação, algum fato, essa extrema direita cria mais um fato, uma polêmica, como se fosse uma tentativa de tirar o foco de uma questão e coloca-la em outra que não estava em discussão.
E qual é o fato novo que pode ter provocado o ataque de Eduardo Bolsonaro à China: a má condução do pai na crise do coronavirus. Bolsonaro está absolutamente perdido em relação a essa questão, perdido e equivocado. O mundo todo corre numa direção no enfretamento da crise, e ele corre em direção oposta.
Desde o início dessa crise, o presidente vem, sistematicamente, errando no posicionamento adotado para o enfrenta-la.
Vamos falar desse assunto, porém, antes, é interessante que vejamos a nota da embaixada da China no Brasil em reação a acusação de Eduardo Bolsonaro de que a culpada pelo coronavirus era o parceiro comercial. Também se o leitor não estiver interessado em ler a nota pode avançar para o ponto seguinte que não haverá nenhum problema algum na compreensão da continuidade do texto. Fica a seu critério.
“Em 18 de março, o deputado federal Eduardo Bolsonaro fez acusações sem fundamentos anti-China no seu Twitter, atacando as medidas tomadas pelo governo chinês no combate à COVID-19 e difamando o nosso sistema político. Estamos extremamente chocados por tal provocação flagrante contra o governo e povo chinês. Manifestamos nossa profunda indignação e forte protesto pela atitude irresponsável do deputado Eduardo Bolsonaro.
Como deputado federal é figura pública especial, as palavras do Eduardo Bolsonaro causaram influências nocivas, vistas como um insulto grave à dignidade nacional chinesa, e ferem não só o sentimento de 1,4 bilhão de chineses, como prejudicam a boa imagem do Brasil no coração do povo chinês. Geram também interferências desnecessárias na nossa cooperação substancial. Tal comportamento é totalmente errôneo e inaceitável, veementemente repudiado pelo lado chinês. O Embaixador Yang Wanming já comunicou ao chanceler Ernesto Araújo a nossa posição solene. Temos pleno conhecimento da política externa brasileira com a China e acreditamos que nas suas linhas não houve qualquer mudança.
Ao mesmo tempo, opomo-nos às difamações e insultos contra a China impostos por qualquer um e sob qualquer forma. A parte chinesa não aceitou a gestão feita pelo chanceler Ernesto Araújo na noite do dia 18. O deputado Eduardo Bolsonaro tem que pedir desculpa ao povo chinês pela sua provocação flagrante. O lado chinês defende sempre e de forma resoluta os seus princípios e jamais será ambíguo e tolerante com qualquer prática que afronte os seus interesses fundamentais. Esperamos que alguns indivíduos do lado brasileiro, na sua minoria, abandonem as suas ilusões e muito menos subestimem a nossa resolução e capacidade de salvaguardar os nossos próprios interesses.
Ao longo do ano passado, com o esforço conjunto dos dois países, o relacionamento sino-brasileiro tem se desenvolvido de forma saudável e estável. O Presidente Xi Jinping e o Presidente Jair Bolsonaro efetuaram uma troca de visitas, conseguindo alcançar novos consensos sobre as relações bilaterais. O Diálogo Estratégico Global China-Brasil foi realizado com pleno sucesso, fazendo com que a nossa confiança política mútua fosse consolidada.
Desde o surto do COVID-19, os nossos dois países têm mantido contatos estreitos e amistosos. O Presidente Bolsonaro manifestou a solidariedade para com o governo e povo chinês, razão pela qual o lado chinês agradece muito. Atualmente, de acordo com o pedido do Ministério de Saúde do Brasil, estamos ajudando o país a adquirir os materiais médicos mais urgentes da China.
Ao longo do último dia, temos recebido apoio e solidariedade de todos os setores da sociedade brasileira. Ao manifestarmos a nossa gratidão, percebemos que os que atrapalham o desenvolvimento das relações bilaterais se limitam a uma minoria na população brasileira, enquanto a maioria esmagadora está em defesa da nossa fraternidade. Esperamos que o Itamaraty possa tomar ciência do grau de gravidade desse episódio e alertar o deputado Eduardo Bolsonaro a tomar mais cautela nos seus comportamentos e palavras, não fazer coisas que não condizem com o seu estatuto, não falar coisas que prejudiquem o relacionamento bilateral e não praticar atividades que danifiquem a nossa cooperação. Temos a certeza de que o Itamaraty certamente vai levar em consideração o quadro geral das relações sino-brasileiras e envidar esforço junto conosco para salvaguardar o ambiente favorável do nosso relacionamento.
Retomemos então o assunto que ficou pendente no parágrafo anterior ao início da nota.
O presidente, Jair Bolsonaro, tem sido totalmente irresponsável no que diz respeito a disseminação do novo vírus. Ele tem ido na contramão de tudo o que recomendam as autoridades em saúde, no Brasil e o no mundo.
Por exemplo, em uma entrevista exibida na noite desta sexta-feira (20), no SBT, ele criticou medidas adotadas pelos governos estaduais e municipais, como por exemplo, o fechamento dos templos religiosos durante esta pandemia pela qual o mundo atravessa. “Muita gente para dar satisfação ao seu eleitorado toma providências absurdas. Fechando shopping, tem gente que quer fechar igreja, [que] é o último refúgio das pessoas. Eu acho que o pastor vai saber conduzir o seu culto. Ele vai ter consciência —o pastor, o padre —, se a igreja está muito cheia, falar alguma coisa. Ele vai decidir lá”.
A declaração foi dada ao programa de entrevistas, Dois Dedos de Prosa, apresentado por Ratinho. O programa teve duração de 50 minutos e nele o presidente falou sobre a pandemia do coronavirus, e sobre assuntos relacionados ao governo.
Já chegam a 22 duas o número de pessoas da comitiva que viajou com Bolsonaro aos Estados Unidos e que estão contaminadas pelo coronavirus. Mesmo assim, Ratinho ignorou a recomendação dos sanitaristas e entrevistou o presidente sem usar máscaras, aliás, nenhum dos dois usava máscaras, nem apresentador, nem entrevistado, em mais um ato irresponsável. Um deboche à saúde pública, e um desrespeito aos médicos, e ao próprio ministério da saúde, que, diga-se de passagem, tem feito um ótimo trabalho, apesar das infantilidades do presidente.
E qual a recomendação dos médicos sanitaristas? É que se evite a redução do contato social. Evitar aglomeração de pessoas, é uma das principais medidas para conter o avanço da doença, Outra medida fundamental é a higienização das mãos. E o que tem feito governadores e prefeitos? Exatamente isso: impedir que haja aglomeração de pessoas para que haja, com isso, impedimento da transmissão e do contágio da doença. No estado de São Paulo, por exemplo, o governador, João Dória (PSDB), recomendou que templos religiosos de qualquer crença, evitem realizar cultos por 60 dias.  
E o que faz o presidente Jair Bolsonaro? Diz em entrevista que tudo isso está errado e que há em tudo isso um interesse eleitoreiro. Na verdade, parece que há um interesse eleitoreiro sim, mas é do presidente para com os líderes religiosos das igrejas evangélicas que apoiam Bolsonaro. Com as igrejas fechadas esses pastores e suas igrejas perdem milhões de reais que arrecadam de seus fiéis. Então, é melhor propagar a ideologia de que é necessário manter as igrejas abertas, em detrimento da saúde da população, do que ver os pastores terem os lucros reduzidos por um período de tempo.
Esse compartimento irresponsável do presidente em relação ao coronavirus e a saúde da população brasileira vem sendo reiteradamente repetido desde o início da crise. A impressão que dá é que, Bolsonaro, tal qual Lula, e o PT não tem um projeto de nação, de melhorar a nação, mas sim, um projeto pessoal de poder. Bolsonaro e Lula são duas personalidades doentias e a doença deles é a sede de poder. Quanto mais poder tiverem melhor. E a nação? ... Dane-se a nação.
Mas o lado bom é que, à despeito de Bolsonaro, o governo tem tomado medidas para amenizar a situação. Uma delas, por exemplo, é o pedido de decretação de calamidade pública, já autorizada esta semana pela Câmara e pelo Senado. O decreto foi publicado no Diário Oficial da União imediatamente após a votação no Senado, nesta sexta-feira, 20.
O decreto permite que o presidente destine mais recursos para a área da saúde, gastando mais que o previsto, sem que, com isso, desobedeça as metas fiscais. Isso é importante pois no momento em que estamos é preciso direcionar recursos para combater o vírus.
Nos termos atuais, o estado de calamidade pública é inédito em nível federal. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) prevê essa condição temporária, que suspende prazos para ajuste das despesas de pessoal e dos limites do endividamento; para cumprimento das metas fiscais; e para adoção dos limites de empenho (contingenciamento) das despesas.
Segundo o governo, o reconhecimento do estado de calamidade pública, previsto para durar até 31 de dezembro, é necessário “em virtude do monitoramento permanente da pandemia Covid-19, da necessidade de elevação dos gastos públicos para proteger a saúde e os empregos dos brasileiros e da perspectiva de queda de arrecadação”, diz texto do site da Agência Câmara de Notícias.
O governo federal anunciou uma série de medidas de enfrentamento à crise, como linhas de crédito, desoneração de produtos médicos, socorro às companhias aéreas e fechamento de fronteiras”, diz ainda o texto da Agência Câmara.
De fato, ainda no dia 15, o governo havia determinada o fechamento das fronteiras, pelo prazo de quinze dias, com oitos países com os quais possuem divisa terrestre: Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana Francesa, Guiana, Paraguai, Peru e Suriname.
O ministério da Saúde, na pessoa de seu comandante, o ministro, Luiz Henrique Mandetta, tem feito um excelente trabalho na condução dessa crise. Na montanha russa do coronavirus, ainda nem chegamos a curva mais aguda, aquela que dá um frio na barriga, ainda estamos no início dessa curva. Se todos se cuidarem e, com isso, cuidarem uns dos outros, talvez essa curva nem seja tão acentuada, caso contrário...
Temos que pensar também em nosso sistema de saúde, que em alguns estados da federação brasileira, está em situação precária. Com aumento vertiginoso de casos que costuma acontecer com o coronavirus, como temos visto em outros países, o sistema de saúde de brasileiro entrará em colapso, e ai não já teremos mais um problema grave. Teremos dois: o coronavirus e o colapso do sistema de saúde: uma combinação bastante explosiva e fatal.
Este blog termina esta postagem com um pedido aos leitores e leitoras: Não acreditem no presidente quando ele minimiza a questão do coronavirus. A questão é séria. Os cuidados tem que ser tomados. A aglomeração de pessoas deve ser evitada. Os cuidados higiênicos devem ser obedecidos. Isso não é questão política. É questão de sobrevivência.
Lembrando que, até a data de ontem, 20, os dados em relação ao coronavirus eram os seguintes: casos suspeitos, 11.278, casos confirmados, 904, casos descartados, 1841, e 11 mortes.


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