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O luxo da alegria e tensão do cabo de guerra

Posted by Cottidianos on 00:34

Terça-feira, 26 de abril de 2022

Seus filhos

Erravam cegos pelo continente

Levavam pedras feito penitentes

Erguendo estranhas catedrais

E um dia, afinal

Tinham direito a uma alegria fugaz

Uma ofegante epidemia

Que se chamava carnaval

(Vai Passar – Chico Buarque)




Enfim, uma notícia boa no Brasil aconteceu nesse fim de semana.

As escolas de samba do Rio e São Paulo voltaram à avenida em um carnaval fora de época em decorrência da pandemia de covid-19 que impediu que a festa fosse realizada no período costumeiro.

Desde o início da pandemia já são 662.701 vítimas da doença, e 30.345.397 são os casos registrados desde o início da pandemia. Porém, tanto o número de mortes, quanto o número de casos estão em decréscimo.

Nas últimas 24 horas, de sábado para domingo, de acordo com dados coletados junto as secretarias estaduais de saúde pelo consórcio de imprensa formados pelos veículos de comunicação; G1, o Globo, Extra, O Estado de São Paulo, Folha de São Paulo, e Uol, foram registradas 38 mortes por covid, e 3.543 novos casos.

A média de casos está em queda de 38%. Por dia surgem atualmente 13.902 casos. A média de mortes está em 32%. São 99 mortes diárias.

Apesar disso, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga anunciou, no domingo, 17 em cadeia nacional de rádio e televisão, que o governo iria publicar nos dias subsequentes, ato normativo colocando um ponto final na emergência sanitária instituída em decorrência da covdi-19. De fato, na sexta-feira, 22, o ministro assinou a portaria que estabelece o fim da Emergência de Saúde de Importância Nacional (Espin), que havia sido instaurada em fevereiro de 2020 por causa da covid.

Obviamente, o Palácio do Planalto já vinha pressionando o ministério da Saúde para que tomasse tal atitude. Mais um ato eleitoreiro. Vale lembrar a forma como o governo federal tratou a doença desde o seu início. Se dependesse do governo não teria havido Emergência de Saúde nenhuma, muito menos medidas sanitárias para conter a doença teriam sido adotadas. Lembrando que a OMS ainda não decretou fim da Emergência Sanitária por causa da covid-19.

Enfim foi nesse contexto mais leve de covid que as escolas de samba do Rio e de São Paulo entraram na avenida, neste sábado (22), e no domingo (23), com muito luxo nas fantasias, muito samba no pé, e muita alegria no coração. Foi bonito de ver a satisfação no rosto dos participantes das escolas. As agremiações trouxeram para a avenida muita crítica social e temas relacionados as religiões afro-brasileiras. A luta contra o preconceito racial também esteve presente nos enredos das escolas.

Nesta terça-feira, 26, serão conhecidas as escolas campeãs do carnaval carioca e do carnaval paulista.

Enquanto Rio e São Paulo se esbaldavam em clima de intensa alegria na avenida do samba, em Brasília o tempo fervilhava. Igual ao Etna quando entra em erupção, cuspindo larva com toda força de seus pulmões.

                                                                            Deputado Federal Daniel Silveira

Na quarta-feira, 20, o plenário do STF se reuniu para julgar o caso do deputado Daniel Silveira. O deputado é acusado pela Procuradoria-Geral do Estado pelos crimes de coação (uso da força) no curso de um processo judicial, por incitar animosidade entre as forças armadas e por tentar impedir o livre exercício dos Poderes da União. Os respectivos crimes aconteceram entre 2020 e 2021.

Na ocasião, Daniel Silveira, publicou em suas redes sociais vídeos de forte conteúdo com ofensas e ameaças aos membros do STF, em especial, ao ministro Alexandre de Moraes. O parlamentar também defendia nesses vídeos uma intervenção militar, o que é inconstitucional.

Apenas o ministro Nunes Marques, indicado por Bolsonaro, votou pela absolvição do deputado. Os outros 10 ministros votaram pela condenação dele, inclusive André Mendonça, também indicado por Bolsonaro. O parlamentar foi condenado a 8 anos e 9 meses de reclusão. Apesar de decisão desfavorável, ele não foi preso nem perdeu o mandato imediatamente, pois ainda cabe recurso da decisão. Entretanto, por causa da condenação, o deputado se torna inelegível, e não poderá disputar as eleições em outubro deste ano. Silveira pretendia concorrer ao cargo de senador pelo Rio de Janeiro, com apoio da base bolsonarista.

Findo o julgamento, então apareceu o menino mimado querendo medir forças. Brincar de cabo de guerra, ou de jogo da corda, como também é conhecido. Acho que os caros leitores e leitoras conhecem esta brincadeira, e eventualmente, até brincaram dela.

Esse jogo envolve forças. As duas equipes medem forças entre si puxando uma corda. É demarcado um ponto central e vence o jogo quem conseguir puxar o oponente até que ele cruze a linha demarcada. Outra forma de vencer o jogo é fazer o oponente cometer uma falta.

O menino mimado, que no caso é o presidente da República, resolveu brincar desse jogo. Esticar a corda. Mas antes fosse um jogo. O que ele quer mesmo é criar tensão. Tem feito isso desde que botou os pés na presidência.

                                                             Daniel Silveira e Jair Bolsonaro

Inconformado com a sentença dada pelo STF ao deputado Daniel Silveira, Bolsonaro resolveu conceder a ele um recurso legal chamada “graça presidencial” previsto no artigo 134 do Código Penal. O termo “graça presidencial” pode ser substituído por perdão. Pois foi isso mesmo que o presidente fez. Concedeu perdão a Daniel Silveira, usando o seu poder presidencial para contrariar uma ordem do Supremo Tribunal Federal.

Até agora a “graça constitucional” só havia sido concedida em ocasiões especiais como Natal, Páscoa, Dia dos Pais, e Dia das Mães, e sempre privilegiou um grupo de pessoas, e não apenas um único indivíduo. No caso, um político, aliado do presidente.

O decreto foi lido pelo presidente em suas redes sociais, e posteriormente, publicado no Diário Oficial da União. Na live na qual foi lida o decreto, Bolsonaro disse: “A sociedade encontra-se em legítima comoção, em vista da condenação de parlamentar resguardado pela inviolabilidade de opinião deferida pela Constituição, que somente fez uso de sua liberdade de expressão”.

Quando o presidente, diz que “a sociedade encontra-se em legítima comoção” por causa da condenação do deputado pelo STF, entenda-se como “sociedade” os grupos bolsonaristas, e apenas eles, ficaram em polvorosa com a condenação do parlamentar e depois sentiram-se regozijados com o decreto do presidente concedendo perdão a ele.

A notícia caiu como uma bomba no meio político e em setores da sociedade. Na verdade, quem não concorda com os métodos radicais desse grupo que está hoje no poder, ficou boquiaberto com a atitude do presidente.

Rede Sustentabilidade, PDT e Cidadania, partidos de oposição, recorreram ao STF para tentar derrubar o perdão presidencial a Daniel Silveira. As siglas dizem que há desvio de finalidade no ato do presidente, além de ser uma violação dos princípios da moralidade e da impessoalidade. Segundo esses partidos, o presidente agiu em função do interesse pessoal, e não do interesse público, uma vez que Daniel é aliado de Bolsonaro.

Na ação proposta pelo Rede Sustentabilidade, um trecho diz: “O presidente da República não pode tomar medidas inconstitucionais a seu bel prazer, sob o único pretexto de satisfazer suas vontades pessoais de fazer acenos indevidos às suas bases eleitorais. Do contrário, seria melhor reconhecermos, de logo, a volta a um Estado tirano, em que a vontade que impera é a de seu comandante, sem existirem direitos fundamentais oponíveis às pretensões autoritárias do governante”.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, agiu como Pilatos lavando as mãos, ao dizer que o Congresso não revogará o decreto presidencial.

Na Câmara dos Deputados a oposição também se movimenta. Cinco projetos tentam sustar os efeitos do perdão presidencial ao deputado Daniel Silveira. Mas na Câmara, Bolsonaro também tem um aliado forte na pessoa do presidente daquela casa, Arthur Lira. Ás vezes, fica difícil saber se Lira é líder do governo ou presidente da Câmara. Outro servo do presidente é o Procurador Geral Augusto Aras. No STF, tem o Nunes Marques passando o pano no chão onde Bolsonaro pisa. E assim, o monstro vai estendendo seus braços sobre o TCU, a Polícia Federal, o Ibama, os militares etc.

Entendem os caros leitoras e leitoras como é nociva a influência de Bolsonaro sobre as instituições? Ele está conseguindo amarrá-las e fazê-las trabalhar para ele, e não para o Brasil. O bolsonarismo faz uma lavagem na cabeça de seus seguidores e deixa eles com a certeza absoluta de que o presidente sempre faz a coisa certa. Nem percebem que as coisas na Venezuela começaram assim, e que assim os ditadores mundo afora domam seu gado, mentindo e manipulando a realidade.

Neste domingo, 24, o ministro do STF, Luís Roberto Barroso, dava palestra no Brazil Summit Europe 2022, evento realizado por uma universidade alemã, quando disse que as Forças Armadas estão sendo orientadas a atacar o processo eleitoral. “Desde 1996 não tem um episódio de fraude no Brasil. Eleições totalmente limpas, seguras e auditáveis. E agora se vai pretender usar as Forças Armadas para atacar? Gentilmente convidadas a participar do processo, estão sendo orientadas para atacar o processo e tentar desacreditá-lo?

Barroso também citou na palestra o episódio em que tanques desfilaram na Praça dos Três poderes relembrando o caráter intimidatório do desfile dos tanques. “Um desfile de tanques é um episódio com intenção intimidatória. Ataques totalmente infundados e fraudulentos ao processo eleitoral”, disse.

Mas também fez elogios ao Exército ao dizer que não havia tido nenhuma “notícia ruim” sobre essa unidade das Forças Armadas, desde o início da redemocratização. Aliás, no tivemos notícias ruins nem no Exército, nem na Marinha, e nem na Aeronáutica. E que continue assim. Que nem um presidente desmiolado consiga quebrar a paz que reina entre a sociedade, as instituições, e as Forças.

Em uma reação às declarações de Barroso o Ministério da Defesa reagiu. Em nota oficial assinado pelo ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, a Defesa afirma que repudia veemente as declarações de Barroso de que as Forças Armadas são orientadas a atrapalhar o processo eleitoral.

Afirmar que as Forças Armadas foram orientadas a atacar o sistema eleitoral, ainda mais sem a apresentação de qualquer prova ou evidência de quem orientou ou como isso aconteceu, é irresponsável e constitui-se em ofensa grave a essas Instituições Nacionais Permanentes do Estado Brasileiro. Além disso, afeta a ética, a harmonia e o respeito entre as instituições”, diz a nota assinada pelo general.

E assim, mais um foco de incêndio foi aceso.

O fato é que os poderes constituídos estão com uma batata quente nas mãos com o caso do Daniel Silveira, e o perdão concedido a ele pelo presidente. Como agirá o Congresso? Como agirá o STF diante do caso? O mandato dele será cassado? Ficará inelegível? E Bolsonaro, afrontará o STF sem que sofra quaisquer sanções?

Em meio a tudo isso fico pensando em como anda ruim o nível do nosso Congresso, em como andam o nível dos nossos políticos. Em vez de se debruçarem sobre projetos nas áreas de educação, meio ambiente, segurança, cultura, esportes, e todas essas coisas que fazem parte de uma sociedade bem estruturada. Em vez de se debruçarem sobre essas questões, alguns parlamentares ficam remoendo ódio como os burros remoem o capim. E por causa destes, as energias para os bons projetos são desviadas para coisas sem importância alguma para o desenvolvimento de uma nação.


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Luzes e trevas

Posted by Cottidianos on 23:54

Domingo, 17 de abril


E aqui estamos nós, em mais um domingo de Páscoa. Um dia de grande simbolismo. É nele que Jesus Cristo mostra, com todo poder, que a morte não tem poder nenhum sobre a vida. E é nesse ponto que todas as religiões se encontram com o espiritismo. Afinal, é o que todos somos: um ser espiritual ilimitado e infinito preso as limitações de um corpo humano e finito.

Os espíritas costumam dizer que esse é um planeta de provação, para o qual fomos enviados, porém que não é nosso destino final, mas apenas uma passagem para uma vida plena. O Cristo também representa uma síntese disso. Afinal, ele veio a terra passou por todas as provações pelas quais uma pessoa pode passar nessa vida, a começar de seu nascimento, e depois retornou a um reino de glória eterna, longe das glórias passageiras desse mundo.

Diz os evangelhos que Cristo nasceu em manjedoura, entre animais e pastores, numa noite iluminada por uma estrela enigmática, misteriosa, divina. Foi criado em uma família pobre da Galileia. Assumiu uma missão que também não lhe permitia grandes luxos, aliás, que não lhe permitia luxo nenhum. Andando para cima e para baixo, muitas vezes, dormindo ao relento, junto com os seus discípulos.

Atraiu a atenção da multidão pelos milagres que fazia, pelas palavras que dizia, e o modo como as dizia, e pelas obras que realizava. Por tudo isso também atraiu a inveja e ira dos sumos sacerdotes.

Estes, por fim, tramaram para colocá-lo na cruz, e conseguiram, nem sem antes fazê-lo sofrer toda sorte de humilhação e dores.  E eis que, no terceiro dia, ele ressurge glorioso.

Porém para obter essa ressurreição gloriosa, Cristo elevou o espírito. E quando digo elevou o espírito quero dizer também que ele não se entregou ao pessimismo, nem praguejou contra aqueles que ironizavam dele, que o perseguiam, que tentavam derrubá-lo de todas as maneiras, não se lamentou pela sua condição humana e por levar uma humilde.

Nem mesmo, no alto da cruz, olhando para seus algozes, ele praguejou, jurou vingança, ou amaldiçoou qualquer deles. Ao contrário, olhando com misericórdia para eles disse: “Pai, perdoai-lhes porque não sabem o que fazem”.

O exemplo de Cristo é um ensinamento para nós que aqui estamos nessa via crucis, nesse planeta de expiação. Se queremos um caminho aberto, uma estrada iluminada, vivamos de cabeça erguida, não em sinal de arrogância, mas pela certeza de que há um Deus que olha por nós e nos ajuda a caminhar, e que não vai nos desemparar mesmo que a dor e a tristeza batam à nossa porta. Tudo isso passará, e o sol voltará a brilhar com intensidade. Basta apenas que não nos entreguemos ao pessimismo, à vingança, ao ódio, e a todos sentimentos semelhantes que lançam os homens na escuridão e nas trevas.

Hoje, os discípulos de Cristo estão por aí, em algum lugar da cidade, em alguma do mundo fazendo o bem e a caridade para algum irmão necessitado. Na minha cidade, na sua cidade, em qualquer cidade, é possível vê-los. Não dá para falar de todos eles, mas dá para falar de um como exemplo, e aqui eu trago a figura do Pe. Júlio Lancelotti, que faz um trabalho fenomenal em prol dos necessitados na cidade de São Paulo.

E justamente por ajudar àqueles que nada tem, nem mesmo a esperança, o Pe. Júlio é amado por uns e odiado por outros. Muitos são os ataques que ele sofre em sua missão por parte dos sumos sacerdotes do mundo moderno. A vivência do evangelho incomodou os poderosos do tempo de Jesus, e incomoda também os dos tempos de hoje.

Pe. Júlio Lancelotti

Na sexta-feira, 15, o Pe. Júlio participava de uma Via Sacra, como parte das celebrações religiosas da Semana Santa, organizada pela Pastoral do Povo de Rua, na região Central de São Paulo.

O grupo saiu do Largo São Bento. No local existe uma base de Polícia Militar. Passou pela rua Libero Badaró, e se dirigiu ao viaduto do Chá, parando diante da sede da Prefeitura de São Paulo. No local, algumas pessoas em situação de rua, falaram em microfones sobre a situação em que vivem e das violações que sofrem.

Tudo acontecia dentro dos padrões de uma cerimonia religiosa, quando apareceram por lá uns policiais e abordaram o padre. Os PMs pediram seus documentos e fotografaram sua carteira de identidade. Também o questionaram sobre a origem e o destino final do ato religioso. O interessante é que o Pe. Júlio Lancelotti não é nenhum anônimo, e ainda que fosse a atitude dos policiais pareceria igualmente estranha, mas o padre já faz anos que trabalha com moradores de rua, sem teto, drogados, e com todas aquelas pessoas que o sistema vomitou.

O que nos chamou a atenção foi que começamos no largo São Bento, onde há um posto policial, mas só fomos abordados mais adiante. Pode ser uma atitude de praxe, mas ficou parecendo uma atitude intimidatória”, disse o Pe. Júlio à imprensa. Procurada pelos veículos de comunicação, a PM não se manifestou.

Enquanto a PM de São Paulo abordava um padre pela realização de uma cerimônia religiosa com moradores de rua, uma importante rodovia de São Paulo era interditada para fazer os caprichos do rebelde sem causa e inconsequente. Obviamente, falo do presidente Jair Bolsonaro.



A importante Rodovia dos Bandeirantes foi interditada no sentido interior desde a cidade de São Paulo até a cidade de Americana. Um total de quase 130km de interdição. O ato aconteceu também no dia 15. Dia em que o feriado da Semana Santa coloca muitas pessoas na estrada. Muitas delas tiram esse dia para ir visitar os seus familiares nas cidades do interior e vice-versa.

E lá se foi o presidente e sua moto, junto com sua legião de insanos seguidores motoqueiros. Mais um ato eleitoreiro. Fazer campanha é uma coisa, governar é outra completamente diferente. Infelizmente o presidente tem feito campanha desde que foi eleito, e tem governado muito pouco ou quase nada. É o que permite concluir quando se olha a agenda oficial do presidente na qual constam sempre pouquíssimos compromissos de real interesse do estado brasileiro.

Mais uma moticiata e mais dinheiro público gasto à toa. Quase 2.000 policiais foram mobilizados para ajudar na segurança do presidente. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, o gasto dessa brincadeira foi de R$ 1 milhão de reais.

E o que mais impressiona é que milhares de pessoas tenham acompanhado o ato.

E por que impressiona? Será que essas pessoas não conseguem enxergar a situação pela qual atravessa o país? A fome a carestia voltou com força total. O preço dos combustíveis lá nas alturas, do gás de cozinha, também. Basta ir ao supermercado, ao mercado, ou as feiras livres para ser ver que o mar não está para peixe. A carne vermelha já saiu do cardápio de muita gente. Leite, iogurte, queijo e outros itens também. Tomate, cenoura, com o preço lá nas alturas.

E isso não é culpa da esquerda, como dizem os bolsonaristas. É culpa de uma política econômica equivocada. Paulo Guedes e sua política econômica já foram para o ralo há muito tempo. Ele permanece no ministério apenas como marionete do presidente.

A CPI da Covid já havia revelado a lambança que se deu no ministério da Saúde por ocasião da compra de vacinas. Contratos suspeitos, vacinas superfaturadas. Pois bem, nos últimos dias a imprensa tem revelado mais escândalos, dessa vez no ministério da Educação de Milton Ribeiro. Por lá estava acontecendo forte tráfico de influência O escândalo foi revelado através de áudio revelado pelo jornal Folha de São Paulo. O escândalo no MEC envolve a participação de pastores evangélicos.

Nele, o então ministro da Educação, Milton Ribeiro, em reunião com prefeitos, diz: “A minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, em segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar”, o ministro diz ainda que a questão do pastor Gilmar foi um pedido especial do presidente da República.

As reuniões dos prefeitos com o ministro Milton Ribeiro eram facilitadas pelos pastores Gilmar Santos e Airton Moura, que, em troca, pediam propina. O prefeito Gilberto Braga, da cidade de Luis Domingues, no Maranhão, disse que o pastor Airton Moura cobrou o pagamento de propina no valor de R$ 15 mil e uma barra de ouro para que as demandas do munícipio fossem atendidas junto ao Ministério da Educação.

O presidente defendeu Milton Ribeiro enquanto pode, mas teve que exonera-lo depois diante da repercussão negativa do caso. Para o lugar de Milton Ribeiro. Quem assumiu a pasta foi Victor Godoy que, durante a gestão de Milton Ribeiro, ocupava o cargo de secretário-executivo da pasta. Godoy é engenheiro de redes de comunicação e formada pela Universidade de Brasília (UnB). Na gestão de Milton Ribeiro ocupava o cargo de secretário-executivo da pasta.

Outros que estão se fartando nessa lambança promovida pelo presidente são os militares. Em 2020, durante a pandemia o Exército já havia comprado R$ 1 milhão de comprimidos de cloroquina, medicamente sem eficácia comprovada contra a covid-19.

Semana passada surgiram novas revelações de que os militares compraram 35 mil comprimidos de Viagra, remédio usado para disfunção erétil. Foram comprados também 60 próteses penianas, e remédios para calvície. Só aí já foram outros milhões de reais que saíram dos cofres públicos, e quem paga essas extravagancias somos todos nós com o dinheiro que pagamos pelos impostos.

Sem dúvida que há aí nessas compras realizadas pelas Forças Armadas algo de muito errado. Por que comprar tantos remédios de cloroquina quando se sabia que não tinha eficácia contra a covid? E os remédios para disfunção erétil? E próteses penianas? Tudo isso soa muito estranho.

Ainda em relação ao MEC, outra denuncia veio á tona que foi a das escolas fakes. Deputados e senadores da base governista anunciaram a seus eleitores que o governo havia liberado a construção de 2 mil novas escolas. O problema é que falta dinheiro no orçamento para terminar 3.500 escolas que foram começadas e que estão ainda por terminar de ser construídas.

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), realizou uma licitação para compra de ônibus com preços superfaturados. Os veículos que o FNDE licitou custam no mercado cerca de 270,6 mil, mas a previsão de preço na licitação é de 480 mil cada ônibus. O total superfaturado é de R$ 232 milhões. A licitação iria ocorrer no dia 05 de abril, e só não ocorreu porque o Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu o pregão eletrônico para a compra dos 3.850 ônibus.

Enfim, esse é o governo que se elegeu prometendo acabar com a corrupção, e cujos eleitores fanáticos dizem que essas denúncias de corrupção são tudo invenção da mídia. Pobre gado.



Para terminar, não poderia deixar de lembrar nesse domingo de Páscoa do sofrimento pelo qual atravessa o povo ucraniano imposto por um tirano russo.

Biden tem dito que Vladimir Putin  é um criminoso de guerra, que é um genocida. Ora, Biden está certíssimo. Vamos dar nome aos bois. Wladimir Putin é sim um criminoso de guerra e um genocida. Baixou nele o espírito das trevas de Hitler e estamos por um fio de uma terceira guerra mundial mais horrível que as duas primeiras pela possibilidade do uso de armas nucleares. Que o poderoso Deus nos livre desse horror.

Encerro este texto com as palavras com as quais o Papa Francisco começou sua homília neste domingo 17 de abril, domingo de Páscoa: “Muitos escritores evocavam assim a beleza das noites iluminadas pelas estrelas. Ao contrário, as noites de guerra são atravessadas por rastos luminosos de morte”.


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Tensão pré-candidatura

Posted by Cottidianos on 11:53

Domingo, 03 de abril



Na sexta-feira, dia 01 de abril, exatamente às 23h59min, fechou-se uma janela. Fechou-se a janela partidária. Essa janela nada mais é um recurso que a lei eleitoral brasileira encontrou para permitir que candidatos mudem de partido sem que para isso tenham de sofrer punição, como a perda do mandato, por exemplo.

Ela acontece a cada ano eleitoral e nele os parlamentares têm um prazo de trinta dias para mudar de legenda. O período estabelecido para essas mudanças é seis meses antes das eleições. Neste ano de 2022, as eleições estão para marcadas para o dia 02 de outubro. A janela eleitoral foi regulamenta pela Reforma Eleitoral de 2015 (Lei no 13.165/2015).

Porém, a lei estabelece que que poderá usufruir desse recurso os parlamentares que estejam no término do mandato vigente. Por exemplo: Mesmo que um vereador quisesse mudar de partido agora, não poderia, teria que esperar as eleições municipais para fazer isso. Assim como deputados federais e estaduais só podem mudar de legenda seis meses antes das eleições para esses cargos.

Candidatos que trocarem de partido antes desse prazo podem sofrer sanções, inclusive, a perda de mandato. Entretanto, algumas situações como a fusão de partidos, desvio do programa partidário, e grave discriminação pessoal permitem que haja troca de legendas sem que haja punição para o parlamentar.

Geralmente, nesse período de janela partidária a dança das cadeiras é grande, e esse ano não foi diferente. Um em cada dez deputados federais mudou de partido desde que foi aberta a janela partidária.

Ficou assim o quadro dos partidos na Câmara dos Deputados, de acordo com tabela extraída do site da Câmara dos Deputados.

Bancadas na Câmara

Partido

Posse

Hoje

Diferença

PL/PR

33

69

+36

PT

54

54

0

União

-

53

-

PSL*

52

-

-

DEM*

29

-

-

PP

38

49

+11

Republicanos/PRB

30

44

+14

PSD

35

40

+5

MDB

34

32

-1

PSDB

29

29

0

PSB

32

28

-4

PDT

28

22

-6

PSC

8

12

+4

Solidariedade

13

11

-2

PROS

8

9

+1

PSOL

10

9

-1

Avante

7

8

+1

Novo

8

8

0

PCdoB*

9

8

-1

Podemos*

11

8

-3

Cidadania/PPS

8

7

-1

PTB

10

5

-5

Patriota*

5

4

-1

PV

4

2

-2

Rede

1

1

0

DC

1

0

-1

PMN

3

0

-3

PTC

2

0

-2

PHS*

6

PPL*

1

PRP*

4




Apesar de toda essa movimentação, quem fez incendiar o cenário político essa semana foi mesmo a corrida presidencial, em especial o PSDB e o União Brasil.

É sabido por todos que o governador de São Paulo, João Dória, sonha, faz tempo, em ocupar a cadeira presidencial, sonho que se tornou manifesto depois que assumiu o governo de São Paulo. Essa também foi uma das causas do rompimento com Jair Bolsonaro. Dória se elegeu governador de São Paulo na onda bolsonarista que levou Jair Bolsonaro ao poder.

Porém, como sabemos, Jair Bolsonaro só permite que apenas no céu da política brilha apenas um nome: o dele mesmo. E isso vale para qualquer pessoa, seja ela aliado, ministro, amigo, inimigo, enfim, qualquer pessoa diante dele, e na visão dele, tem que ficar em segundo plano. Até intérprete de libras entra nessa conta.

No dia último dia 27 de março, ocorria um evento do PL, em Brasília. Fabiano Guimarães da Rocha atuava como intérprete de libras nesse evento. O palco estava lotado e o intérprete ficava cada vez mais para trás, o que, obviamente, impedia-o de realizar bem o seu trabalho. Fabiano então abriu espaço entre as personalidades presentes e, por azar, acabou ficando bem na frente de Jair Bolsonaro, que não gostou nada disso, e visivelmente irritado, empurrou o intérprete novamente para trás. Uma situação que pode parecer engraçada, mas que traduz bem o narcisismo do presidente.

Voltando a relação Jair Bolsonaro e João Dória, Na verdade, o palito de fósforo que acendeu o pavio que detonou a amizade entre Dória e Bolsonaro foi a Fórmula 1. Isso mesmo, a famosa F1.

Era dia 19 de junho de 2019 e os dois políticos participavam de uma cerimonia de formatura na academia de Polícia Militar. Em clima de amizade eles se desafiaram a ver que fazia mais flexões. E lá se foram os dois a fazer flexões. Outros afagos foram trocados naquele mesmo dia entre os dois.

Mas a briga pelo poder, geralmente, desconhece a palavra amizade. Apenas cinco dias depois daquele evento, Bolsonaro anunciou que a F1, disputado todos os anos no autódromo de interlagos, em São Paulo, tinha 99% de chances de ser transferido para o Rio de Janeiro. Começava ali, de fato, a inimizade entre os dois políticos.

Se antes se travou um desafio de flexões entre amigos, agora se travava uma queda de braços entre inimigos para ver se a F1 ficava em São Paulo ou ia para o Rio de Janeiro. A briga durou dezessete meses, mas em 12 de novembro de 2020, Dória anunciava que a F1 ficaria mesmo em São Paulo. O tucano havia vencido da queda de braço.

Então veio a pandemia, os loockdown, as vacinas, as críticas de Bolsonaro à Coronavac, críticas à vacina que beiravam à sabotagem, Dória fazendo um excelente trabalho na luta contra o coranavírus, mas sempre de olho na presidência.

Vieram também muitas brigas internas no PSDB na escolha da pré-candidatura à presidência da República. Nas prévias do partido realizadas em 27 de novembro do ano passado, se apresentaram três candidatos; Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, Arthur Virgílio Neto, ex-prefeito de Manaus, e João Dória, governador de São Paulo. Após computados os votos dos filiados ao partido o resultado foi o seguinte; João Dória (53,99%) dos votos, Eduardo Leite (44,66%), e Arthur Virgílio Neto (1,35%). Apesar de tudo resolvido, dentro do partido havia algumas rusgas, alguns conflitos. Uma ala do partido ainda preferia Eduardo Leite como candidato.

                                                                                  João Dória

Até que, na quinta-feira, 31 de março, o mundo político, e principalmente o mundo político do PSDB amanheceu em polvorosa. João Dória havia anunciado nas primeiras horas da manhã daquele dia que estava desistindo de concorrer a presidência pelo PSDB, e que não deixaria o cargo de governador, como estava previsto no script desde novembro de 2021.

Dória cancelou as agendas que teria naquele dia, mas manteve o compromisso com os prefeitos do partido que aconteceria no Palácio dos Bandeirantes, às 16hs. Segundo disseram aliados, o governador também faria mais dois anúncios, além da desistência da candidatura à presidência: o de que deixaria o PSDB, e que não tentaria a reeleição ao governo de São Paulo.

A cúpula do PSBD não gostou nada dessa novidade. Quem gostou menos ainda foi o vice-governador Rodrigo Garcia, que vinha se preparando para assumir o governo do estado quando Dória renunciasse ao cargo para se dedicar a campanha presidencial.

Houve uma reunião antes, na qual Garcia foi comunicado da intenção de Dória de desistir da candidatura à presidência e sua continuação no governo do estado. O vice-governador imediatamente resolveu pedir demissão da secretaria de governo, e se filiar ao União Brasil.  

Aliados de Rodrigo Garcia ameaçaram fazer andar na Assembleia Legislativa de São Paulo processo de impeachment contra João Dória, e prometeram fazer esse processo andar a passos muito rápido. A possibilidade desse processo ir adiante era muito remota, mas, com certeza, iria incendiar ainda mais o paiol do PSDB.

É compreensível a irritação de Garcia. Ele deve ter visto o movimento de Dória como uma traição. Garcia era do antigo DEM, que se fundiu com o Partido Social Liberal (PSL), para formar o União Brasil.

A convite do próprio Dória, Garcia veio para o PSDB. A intenção era de que Dória tivesse uma plataforma sólida em São Paulo para sua candidatura a presidência, em contrapartida, Garcia poderia fazer campanha ao governo de São Paulo, como governador, com a máquina pública nas mãos.

O que não estava nos planos de Dória, de Garcia e da cúpula do PSDB era a de que as primeiras pesquisas eleitorais indicassem uma pontuação tão baixa. Na pesquisa do Data Folha de 24 de março, Dória atingiu apenas 2% das intenções de votos. Isso foi um balde de água fria para a equipe que trabalha em sua campanha.

Então, para Rodrigo Garcia que pretende ser tornar o governador de São Paulo nas próximas eleições, Dória, com um índice de rejeição tão alto, seria mais um peso que um impulso. Atuando como governador, ele teria mais chances de se dissociar sua imagem da imagem de Dória.

O circo pegou fogo no PSDB durante todo aquele dia. As pressões em cima de João Dória foram enormes, e ele sentiu na pele que, em política, vale mais a vontade da coletividade que a vontade individual.

Então veio a reunião dos prefeitos, aquela na qual Dória deveria anunciar a existência de sua candidatura à presidência. Mas o que ouviu da boca do então governador foi uma confirmação de sua candidatura, e não uma desistência. E todo mundo ali, com sorriso no rosto, aparentemente fingia que nada havia acontecido, inclusive, Rodrigo Garcia.

Obviamente, o fato de João Dória não ter desistido da candidatura não abranda a crise que ronda o PSDB. A ameaça de incêndio continua. Desde as convenções dos partidos para oficializarem seus candidatos, que deverão ocorrer a partir de 20 de julho, até o pedido de registro da candidatura no TSE que deverá ser feito até o dia 15 de agosto, pode ser que ainda mude muita coisa... Ou pode ser que não.

                                                                            Sérgio Moro

Já o ex-juiz, Sérgio Moro, foi anunciado primeiramente como pré-candidato do Podemos. No mesmo dia em que o caldeirão do PSDB fervia, o do Podemos também fervia com a mesma intensidade. Naquele mesmo dia 31 em que João Dória anunciou a desistência de sua candidatura, e depois voltou atrás, Moro também anunciava sua saída do Podemos para entrar no União Brasil, e a desistência de sua candidatura à presidência. “Para ingressar no novo partido, abro mão, neste momento, da pré-candidatura presidencial e serei um soldado da democracia para recuperar o sonho de um Brasil melhor” escreveu Moro em suas redes sociais.

A comunicação e a consideração de Sérgio Moro com o Podemos parece não ter sido das melhores, pois a presidente do partido, a deputada federal Renata Abreu (SP), disse ter sabido da ida de Moro para o União pela imprensa. “Para surpresa de todos, tanto da Executiva Nacional quanto os parlamentares souberam via imprensa da nova filiação de Moro, sem sequer uma comunicação interna do ex-presidenciável” disse ela em nota.

Na verdade, uma ala do União Brasil queria Moro no partido, mas não como candidato à presidência, mas sim, que ele concorresse nas eleições como deputado estadual, deputado federal, ou senador. Essa ala defende que Moro precisa ser mais experimentado no mundo político, antes de assumir um cargo da envergadura da presidência da República. Lembremos que Moro nunca foi político, foi juiz. E o mundo do Judiciário é totalmente diferente do mundo político. Esse tem muito mais armadilhas e artimanhas que o universo judiciário.

Era uma espécie de acordo entre o União Brasil e Sérgio Moro. Mas o ex-juiz parece ser aquele tipo de homem que diz uma coisa hoje, e amanhã faz o oposto daquilo que diz. Lembremos que, quando ainda era juiz, e era questionado pela imprensa se tinha pretensão de assumir algum cargo político, sempre afirmava que não. E não foi uma nem duas vezes que ele disse isso, foram várias. Em uma delas, em entrevista ao jornal o Estado de São Paulo, em 2016, quando perguntado se pretendia ir para a política, Moro respondeu: “Não, jamais. Jamais. Sou um homem de Justiça e, sem qualquer demérito, não sou um homem de política”.

Passado apenas um dia de sua filiação ao União Brasil, eis que Sérgio Moro, faz um pronunciamento no qual começa com a frase: “Quero esclarecer que não desisti de nada”, e termina dizendo: “Jamais desistirei”.  No confuso pronunciamento, Moro diz também “Não serei candidato a deputado federal”. Apenas nessas frases, o ex-juiz contrariou o acordo com os dirigentes do União Brasil anunciado no dia anterior.

A ala do partido que é contrária à sua pré-candidatura à presidência e o queria em outro cargo político, não gostou do pronunciamento de Moro e ameaçou abrir um requerimento de impugnação da candidatura dele. O clima ficou pesado no partido.

Na noite deste sábado, 2, em nota assinada por Luciano Bivar, presidente nacional do partido, e ACM Neto, que era um dos defensores do pedido de impugnação da filiação do ex-juiz ao partido, o União Brasil desisti de realizar tal movimento: “O ex-ministro Sergio Moro é um homem íntegro, capaz de enriquecer, junto às demais lideranças partidárias, a discussão sobre o futuro que almejamos para o país. Sua filiação ao União Brasil tem como objetivo a construção de um projeto político-partidário no estado de São Paulo e facilitar a construção do centro democrático, bem como o fortalecimento do propósito de continuarmos crescendo em todo país”, diz a nota divulgada pelo partido.

Após a divulgação da nota a assessoria de Moro disse: “A nota mostra que está tudo pacificado e que Moro tem duas missões: reforçar o projeto do União em São Paulo e participar das negociações para a construção de uma unidade entre as forças do centro democrático”.

Notem que no pronunciamento dado antes, Moro não foi claro, apenas disse que não desistiria de nada, que jamais desistiria. E a nota divulgada pelo União Brasil, partido ao qual Moro se filiou, enfatiza que precisa dele para realizar um projeto político partidário para o estado de São Paulo.

Se vai prevalecer a vontade de Moro ou do partido, isso veremos nos próximos capítulos da corrida à cadeira presidencial.

Sem dúvida, este será um ano muito tenso. Um ano no qual, como diz o ditado: “O circo vai pegar fogo”. E isso ainda sem colocar nessa conta o ataque do presidente Jair Bolsonaro as urnas eletrônicas, as fake news, e o embate entre e seu principal adversário, Luís Inácio Lula da Silva.


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