Jair Bolsonaro: Um grande aliado do coronavírus
Quarta-feira, 02 de junho
E
aqui estamos, mais uma vez. Com saúde. Espero que os caros leitores e leitoras
também. Saúde sempre foi um bem precioso e, em tempos de Covid-19, mais ainda.
Como
começamos a semana política que passou?
Ela
começou logo no domingo, 23, com o escandaloso passeio de moto do presidente
Jair Bolsonaro pelas ruas do Rio. Em plena pandemia, lá estava o presidente e
seus seguidores, a grande maioria sem máscaras, passeando de moto pelas ruas do
Rio. Bolsonaro parece odiar as máscaras. Na verdade, o presidente odeia
qualquer coisa e qualquer medida que proteja as pessoas contra a transmissão do
vírus.
Como
de praxe, estavam por lá os intervencionistas com suas faixas
anticonstitucionais pedindo intervenção militar.
Cerca
de 10 a 15 mil pessoas estavam presentes ao ato político. Durante o trajeto dos
motociclistas também foi possível ouvir panelaços e gritos de “Fora Bolsonaro”,
de não simpatizantes do presidente.
O
passeio em si já deu o que falar, afinal num momento em que a variante indiana
chega ao Brasil, e surgem novas cepas do vírus, uma aglomeração que dispensa o
uso de máscaras é algo perigoso, ainda mais numa cidade como o Rio de Janeiro
que, como outras capitais brasileiras ainda sofrem com a Covid-19.
A
participação do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello no ato veio colocar ainda
mais pimenta nesse molho que já estava quente. Ao final do ato, o ex-ministro
ainda subiu no carro de som, juntamente com o presidente e outros integrantes
do governo, e até fez discurso. A “inimiga”, a “vilã”, a protetora máscara
parecia ser proibida pelo presidente para os que estavam em cima do carro de
som. Também Pazuello não a usava. Logo ele, que durante a semana anterior
estivera depondo na CPI e afirmara que era a favor do uso do instrumento. Das
duas uma: ou Pazuello estava brincando consigo mesmo, ou estava brincando com
os brasileiros, e com os senadores da CPI que o entrevistaram.
Pelas
regras de conduta do Exército brasileiro, que Bolsonaro insiste em chamar de
“meu Exército”, um general da ativa não pode participar de atos políticos. E
Pazuello é um general da ativa. Aí gera-se mais um impasse: os generais do alto
comando do Exército, um colegiado formado por 15 generais quatro estrelas, querem
fazer cumprir a regra e punir Pazuello.
Porém,
o presidente, Jair Bolsonaro, não quer que o ex-ministro seja punido pela sua
participação no ato político de domingo. A situação se apresenta como uma encruzilhada
pelos militares: se não punirem Pazuello, podem estimular a participação de
militares em atos políticos, o que descaracterizaria as armadas que devem
apartidárias. E se punirem o ex-ministro podem gerar uma crise com o
presidente, que pode inclusive contestar a punição, o que engrossaria ainda
mais o caldo.
Na
quinta-feira, 27, Pazuello apresentou a defesa dele junto aos generais do Exército,
no processo disciplinar que apura sua participação no ato político realizado no
Rio de Janeiro, e apresentou argumentos bem frágeis.
Disse
ele que o ato não era político, que era apenas um passeio de moto, e que, pelo
fato de o presidente estar sem partido, sua participação no passeio do moto que
terminou em comício, não caracterizava o evento como ato político. Mais uma vez
Pazuello subestima a inteligência dos militares e dos brasileiros que tem visto
o presidente em campanha constante pela reeleição. O presidente está
inaugurando até ponte de 20 metros. Foi nesse evento, dessa grande inauguração
da ponte, em São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, que Bolsonaro pediu ao
comandante do Exército, Paulo Sérgio, que não punisse Pazuello.
Como
uma forma de pressionar o alto comando do Exército a não punir Pazuello,
Bolsonaro o nomeou para o cargo de Secretário de Estudos Estratégicos do
Palácio do Planalto. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União, na
terça-feira, 1o . E agora, aguardemos o que farão o alto comando do
Exército em relação ao general Eduardo Pazuello.
E
como terminou a semana?
A
semana terminou como começou: com aglomerações e com atos políticos.
No
sábado, 29, os partidos de esquerda e centrais sindicais organizaram protestos
em várias cidades brasileiras contra o presidente Jair Bolsonaro, e pedindo
vacinação em massa dos brasileiros. Em todos os estados da federação milhares
de brasileiros foram às ruas em protesto contra a alta dos preços, à maneira como
o presidente vem como conduzindo a pandemia desde o início, e pela aceleração
da vacinação no país, e aumento no valor do auxílio emergencial. Pelo menos,
nas manifestações de sábado a orientação era para que os manifestantes usassem
as máscaras. Orientação que foi seguida pelos participantes.
Sem
dúvida que é uma grande irresponsabilidade de ambos os lados: pró e contra
Bolsonaro. O Brasil ainda está longe de se encontrar em uma situação estável em
relação a Covid-19. Várias cidades brasileiras ainda estão UTI’s lotadas de
pacientes com Covid. O Brasil contabiliza, até agora, 467.702 mortos pela Covid
e 16.717.687 casos confirmados. A vacinação está em andamento, mais ainda
estamos longe do ideal de pessoas vacinadas para que se tenha uma contenção do vírus
pela vacina.
Essas
manifestações contra Bolsonaro, são inaceitáveis, não quanto ao seu objeto, mas
quanto ao momento em que são realizadas. Entretanto são compreensíveis. Foi o
caso também da morte de George Floyd, nos Estados Unidos. O país atravessava
maus momentos provocados pela Covid-19, mesmo assim, a situação de injustiça
levou milhares de americanos às ruas.
Há
tempos os manifestantes pró governo vem fazendo manifestações, provocando
aglomerações, mesmo durante a pandemia, foram as várias manifestações
promovidas por eles defendendo, muitas vezes, pautas não republicanas, como o
fechamento do Congresso, do STF, e defendendo o uso da cloroquina, medicamento
sem comprovação científica no combate à Covid-19. Essas manifestações foram
estimuladas pelo presidente e, muitas delas tiveram a participação direta dele.
Todas
as manifestações de sábado passado transcorreram dentro da normalidade. Exceto
a do Recife. Lá os policiais agiram de forma truculenta e desumana contra os
manifestantes. A manifestação decorria de forma pacífica e os manifestantes já
chegavam ao local de dispersão. Foi então que se deu a barbárie. A PM partiu
para cima dos manifestantes atirando bombas de gás lacrimogênio e atirando com
balas de borracha.
Eles
jogaram spray de pimenta no rosto da vereadora Liana Cirne, do PT, outras
pessoas também foram agredidas, inclusive um advogado que tentava conversar com
os policiais. Porém, os casos mais graves da agressão se deram com cidadãos que
nem estavam participando da manifestação. Daniel Campelo da Silva, 51 anos, e
Jonas Correia de França, 29, foram atingidos no rosto pelas balas de borracha
disparadas pelos policiais. Os dois homens perderam a visão em um dos olhos.
Na
terça-feira, 01, o governo do estado de Pernambuco anunciou a exoneração do
comandante da PM, o coronel Vanildo Maranhão. O governador anunciou ainda o
afastamento de mais dois oficiais, além de cinco que já haviam sido punidos no
dia da operação.
O
governador só não esclareceu o motivo de a PM ter agido com tanta truculência
em um protesto que seguiria pacifico do início ao fim, não fosse a brutalidade
dos policiais. Entretanto a resposta para esta pergunta está implícita na
própria violência dos policiais contra os manifestantes, uma vez que não se
ouviu falar de nenhum ato de violência contra manifestantes em Pernambuco
quando a manifestações foram favoráveis ao presidente.
O
ato dos policiais, apesar de ter sido um ato isolado, acende um sinal de alerta
para o comportamento dos policiais da base nas eleições do ano, e para outros
protestos contra o presidente, que, mais cedo ou mais tarde, ocorrerão.
Para
completar, a CPI tem desenhado um retrato de tudo o que aconteceu nos
bastidores do governo em relação a pandemia da Covid-19, como por exemplo a
assessoria paralela de saúde que havia dentro do governo fazendo com que este
fechasse os olhos e os ouvidos às orientações da ciência, bem como a
intencionalidade da não compra de vacinas.
Nesta
terça-feira, 01, foi ouvida a médica Nise Yamaguchi, que é defensora de medicamentos
ineficazes contra a Covid-19, como a cloroquina. O depoimento da médica foi
marcado por muitas contradições e falta de evidência científica para o que
afirmava. Nise Yamaguchi passou quase oito horas falando à CPI, defendendo o
tratamento precoce, entretanto não apresentou nenhum dado científico relevante
que comprovasse que ele é realmente eficaz contra a Covid.
Á
revista Época, o presidente da CPI, o senador Omar Aziz, disse que o depoimento
da médica foi um engodo: “A pessoa passou oito horas aí e não conseguiu
apresentar uma publicação científica sobre cloroquina”, disse Aziz em
entrevista coletiva após a sessão. “Geralmente, quem conhece a matéria e a
estuda tem isso na cabeça. E, sabendo que ia fazer depoimento, a coisa mais
natural seria uma pergunta simples: ‘Quais são os estudos publicados sobre
cloroquina e onde deu certo?’ Ela teria que saber de cor e salteado uma
resposta dessa. Nada disso aconteceu. Foi um baita engodo que se passou para a
população”.
Em
certo momento do depoimento, a médica insistia que o tratamento precoce era
capaz de salvar vidas, e por isso a vacinação de toda a população não seria
necessária. Nesse momento o presidente da CPI, Aziz perdeu a paciência com ela,
e disse: “Não escutem o que ela está dizendo. Todos os brasileiros precisam
de duas vacinas. […] Quem está nos vendo neste momento não acreditem nela, tem
que vacinar. A vacina salva, tratamento precoce não salva”.
Alguns
senadores chegaram a defender que ela fosse convocada na condição de testemunha
e não de convidada, como era o caso. Como testemunha a depoente era obrigada a
dizer a verdade, e poderia ser responsabilizada, caso desse declarações falsas.
Entretanto,
mesmo negando, a médica confirmou que existia no governo uma equipe de
orientação paralela ao ministério da Saúde.
Em
seu depoimento, o diretor da Anvisa, Antônio Barra Torres, afirmou que houve,
no Palácio do Planalto, uma reunião para mudar a bula da cloroquina, e que a
dra. Nise Yamaguschi era uma entusiasta defensora da proposta. Ela confirmou
que estava na reunião, mas negou ter sugerido ao governo que mudasse a bula do
remédio.
Gabinete
Paralelo. Esse foi um dos principais motivos que levaram a médica a sentar no
banco da CPI. Ela negou ter feito parte desse gabinete, mas disse que prestava
consultorias ao presidente eventualmente. Ela disse ter se encontrado com o
presidente em abril do ano passado, para tratar da cloroquina como tratamento
para a Covid-19, e que se comprometeria a conversar com Conselho Federal de
Medicina para que validasse a prescrição do medicamento para tratar doentes de
Covid-19.
Mais
tarde, quando questionada pelo senador Randolf Rodrigues (Rede-AP), ela admitiu
ter cogitado, junto com o empresário Carlos Wizard, formar um conselho
científico voluntario, com médicos também voluntários, que atuassem de forma
independente, sem vínculo com o ministério da Saúde. “A gente discutiu essa
formação desse conselho científico independente sem ter vínculo com o
Ministério da Saúde, sem vínculo oficial”.
O
depoimento de Nise Yamaguchi teve outro ponto fundamental que foi a entrega à
CPI de uma minuta de um decreto que havia sido discutido pelo governo, muito
provavelmente, como esse gabinete paralelo, que permitia o uso de cloroquina em
toda a rede pública de saúde, e também o uso de outras substâncias sem
comprovação científica contra a Covid-19.
Sobre
o documento, Nise, conversando com outro médico diz: “Oi Luciano este
decreto não pode ser feito assim, porque não é assim que regulamenta a pesquisa
clínica. Tem normas próprias. Exporia muito o Presidente”.
Nesta
quarta-feira, 02, foi a vez da médica infectologista, Luana Araújo depor na CPI
da Covid. Mais de um ano depois do início da pandemia, o governo criou a Secretaria
Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19. A criação do órgão foi publicada no
Diário Oficial da União do dia 10 de março. Para comandar a recém-criada secretária
foi convidada a médica Luana Araújo. Ela já havia se posicionado em ocasiões
anteriores contra o tratamento precoce contra a Covid-19. É uma profissional da
saúde que preza a ciência e não dá ouvidos a tratamentos sem eficácia
comprovada contra a Covid.
Ela
chegou a trabalhar durante dez dias no cargo. Terminado esse período foi
informada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, de que não seria nomeada
para o cargo. E foi esse, justamente, o motivo que a levou a CPI. Na ocasião da
rejeição do nome dela para ocupar a secretaria, Marcelo Queiroga disse que ela
era uma pessoa qualificada para a função e que tinha conhecimento técnico para
ocupar qualquer cargo público, mas que, como vivemos em um regime
presidencialista, era preciso, além das qualidades profissionais dela, uma “validação
política”.
No depoimento
desta quarta-feira, a médica disse aos senadores que Marcelo Queiroga chegou
para ela e falou que seu nome não tinha sido aprovado, e que ele lhe disse isso
muito pesaroso. “Não sei se foi uma instância superior. O que eu posso dizer
é que não me parece ter sido dele, não teria lógica. Isso ficou claro para mim”.
O
presidente da CPI, Omar Aziz, criticou a decisão do governo de recusar a
nomeação de uma pessoa tão qualificada. “É inacreditável como a senhora,
tendo mestrado e se formado numa das melhores universidades do mundo na área de
saúde, seja vetada pelo governo”.
Quando
perguntada sobre a tão propagada cloroquina pelos bolsonaristas, a médica foi
enfática em afirmar que jamais houvera evidências científicas de que o
tratamento seja eficaz contra a Covid-19, e que todas as evidências científicas
mostraram justamente o contrário. “Tanto que esse uso é reprovado por todas
as agências regulatórias ou sociedades científicas reconhecidamente independentes
e produtivas do mundo inteiro”.
Sobre
esse assunto a médica também disse: “Essa é uma discussão delirante,
esdrúxula, anacrônica e contraproducente. (...) "Todos nós somos a favor
de uma terapia precoce que exista. Mas se ela não existe, não pode ser tornada
saúde pública. Tratamento precoce é estupidez.
É como se a gente estivesse escolhendo de que lado da borda da terra
plana a gente vai pular”.
Enfim,
mais uma profissional brilhante que foi dispensada pelo governo por não aceitar
rasgar o seu diploma e correr atrás de quimeras. Uma médica que poderia ter
dado uma grande contribuição para o ministério da Saúde e para o Brasil.
Mas a
chave para entendermos com clareza o motivo da recusa do governo em nomear Luana
Araújo está na fala do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, quando comentou a
saída dela da secretaria. Ele disse que era preciso uma validação política. Ou seja,
na escolha de quem deve cuidar da saúde dos brasileiros, o mais importante não é
conhecimento que o profissional possa ter. Pelo contrário, e Pazuello é prova
disso, o profissional pode não entender nada de saúde, mas se rezar a cartilha
do governo, então serve no esquema.
Diante
de tudo isso que ouvimos até agora na CPI fica claro aquilo que já sabíamos: o ministro
da Saúde nunca foi Mandetta, nunca foi Teich, nunca foi Pazuello, nunca foi
Queiroga. O ministro da Saúde tem apenas um nome: Jair Bolsonaro. Quem sentar
na cadeira de ministro da Saúde será sempre um fantoche que, se estiver disposto
a fazer às vontades do governo, bem, continua no cargo, se não concorda com as ideias
retrógadas dele, então é melhor dar lugar para outro.
Bolsonaro
costuma dizer que a eleição para presidente, em 2018, eleição que ele mesmo
venceu, foi fraudada. Eu chego a acreditar mesmo que foi sim. Pois não é
possível que uma pessoa desqualificada como ele tenha chegado à presidência da
República. Bolsonaro é a própria fraude.
Em
meio à crise grave de saúde provocada pelo coronavírus que ainda está em
patamar bem alto, e com apenas cerca de 10% da população brasileira tendo sido
vacinada, eis que, na segunda-feira, 31, os brasileiros são surpreendidos com o
anúncio de que a Copa América de Futebol de 2021 terá como sede o Brasil.
Inicialmente
edição do torneio deste ano foi pensada para ter como cenários os campos de
futebol da Colômbia e da Argentina. Entretanto, na quinta-feira, 20 de maio, a
Colômbia anunciou a desistência de sediar a competição por causa de protestos
contra o governo que ainda ocorrem por lá.
Saindo
de cena a Colômbia, o torneio passou a ter como única sede a Argentina. E aí
houve outro problema: os casos de Covid-19 começaram a se agravar no país, e a
Argentina também decidiu desistir de sediar o torneio.
A
Conmebol ficou então com a batata assando na mão. Era preciso jogar essa batata
no colo de alguém. E jogo no colo de quem? Do Brasil, senhoras e senhores. País
intensamente castigado pela Covid-19, e que ainda ostenta números elevados de
casos e de mortes, e vive sob a ameaça de novas variantes.
O
presidente Jair Bolsonaro levou meses e meses até resolver comprar as vacinas,
mas para dar a resposta a Conmebol dando o aval para o país sediar o evento foi
num piscar de olhos. As datas de início e termino do torneio estão marcadas
para 13 de junho e 10 de julho.
As
cidades já confirmadas para receber o torneio são: Brasília, Cuiabá, Goiânia, e
Rio de Janeiro. A princípio os jogos serão realizados com os portões fechados.
Brasil
país do improvável e de um presidente pra lá de irresponsável. Com a situação
da Covid-19 no Brasil ainda fora de controle, e com a família de variantes do
coronavírus circulando por aí, inclusive a indiana, o Brasil receberá
delegações de dez países, em cada uma delas haverá, pelo menos, 65 pessoas. Há
apenas 12 dias do início da competição, a Conmebol vacinou, até agora, 5
seleções a árbitros.
Especialistas
ouvidos pelo portal G1 são unânimes em afirmar que ainda não é hora de o Brasil
sediar um evento como esse, pois nas viagens e deslocamentos dentro do país
dessas delegações estão envolvidos os riscos de importarmos novas variantes,
além da circulação normal do vírus.
Pedro
Hallal, epidemiologista da Universidade Federal de Pelotas, disse ao G1: “Eu
achei uma decisão muito temerária. Tem outros países aqui da América do Sul que
estão com a vacinação muito mais avançada e com a pandemia muito mais
controlada – o Chile, óbvio, que é o exemplo mais fácil de dar. Então, fica
estranho de entender de onde que vem essa decisão”.
E,
em sua rede social no Twitter, o epidemiologista escreveu, chamando a atenção
ainda para a chegada da terceira onda da pandemia no país. “A Copa América
no Brasil é um deboche e um desrespeito com as 460 mil famílias em luto no
país. A decisão foi tomada exatamente no momento em que a terceira onda se inicia.
Como fã de futebol, lamento que o esporte esteja cada vez mais se afastando do
povo”.
E assim, de insensatez em insensatez, vamos caminhando.
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