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Capoeira e capoeiristas: Riquezas do Brasil

Posted by Cottidianos on 00:18
Sábado, 31 de maio

Entrevista Jamil Raimundo (Mestre Museu)

“Nossa grande vitória é fazer o cidadão de bem”

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Jornal do Brasil
Domingo, 15 de julho de 2008

Capoeira se torna patrimônio cultural brasileiro


SALVADOR, BAHIA - A capoeira se tornou o mais novo patrimônio cultural brasileiro. O registro desta manifestação foi votado nesta terça-feira, em Salvador, Bahia, pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), que é constituído por 22 representantes de entidades e da sociedade civil, e delibera a respeito dos registros e tombamentos do patrimônio nacional.
O instrumento legal que assegura a preservação do patrimônio cultural imaterial do Brasil é o registro, instituído pelo Iphan. Uma vez registrado o bem, é possível elaborar projetos e políticas públicas que envolvam ações necessárias à preservação e continuidade da manifestação.
Estiveram presentes ao evento o ministro interino da Cultura, Juca Ferreira, o governador da Bahia, Jacques Wagner, o presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, o presidente da Fundação Palmares, Zulu Araújo, os embaixadores da Nigéria e do Senegal, além de autoridades locais.
O presidente do Iphan anunciou a inclusão do ofício dos mestres da capoeira no Livro dos Saberes, e da roda de capoeira no Livro das Formas de Expressão. A divulgação e implementação dessa atividade em mais de 150 países se deve aos mestres, que tiveram sua habilidade de ensino reconhecida.
Segundo o ministro interino Juca Ferreira, a votação foi um momento de reparação em relação a esta prática afro-descendente.
- Nós estávamos devendo isso aos mestres de capoeira, responsáveis por uma das manifestações mais plurais e brilhantes de nossa cultura - afirma.
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Imagem: Facebook Mestre Museu

Esta era a matéria publicada pelo Jornal do Brasil, e por muitos outros veículos de comunicação brasileiros, no do dia 15 de Julho de 2008. Era com grande alegria que capoeiristas da Bahia e de todo o Brasil festejavam a notícia. Afinal, era o reconhecimento de uma parte da identidade cultural brasileira que, durante grande parte do século XIX, e até as três primeiras décadas do século XX, foi considerada uma luta marginal, tendo seu nome e suas práticas associados ao mundo do crime.

A história da capoeira é uma história de altos e baixos. Durante os anos do Império os capoeiras tiveram seus momentos de glória e reconhecimento por terem ajudado o Brasil na guerra do Paraguai. Porém, com o advento da República a capoeira foi rotulada como prática criminosa e perseguida veementemente, tendo sido incluída no Código Penal Republicano, que em seu capítulo XIII, tratava dos “Vadios e Capoeiras”, e prévia penas aplicáveis a esses lutadores, nos artigos 402, 403 e 404 do referido Capítulo.

Enfim, depois de muitas lutas a capoeira se transformou de vilã em heroína. Mesmo assim, não recebeu o devido valor e ainda hoje não ocupa o lugar de honra que lhe é seu por direito, no cenário das manifestações artísticas e culturais brasileiras. Pelo menos, foi o que deduzi após entrevistar, Jamil Raimundo, — um respeitado mestre de capoeira da cidade de Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais, que iniciou-se na capoeira durante a década de 70.

Jamil Raimundo — Mestre Museu na capoeira ­— possui uma vasta experiência nessa luta genuinamente brasileira nascida nas senzalas do Brasil colonial. Conheci o mestre Museu, por ocasião do aniversário do mestre Salário, em Campinas, no inicio deste mês. Quando me aproximei para conversar com ele, o mesmo se encontrava sentado ao pé de uma das árvores de uma praça no centro da cidade, onde havia sido comemorado, ao som do Berimbau, o aniversário do mestre Salário. Mestre Museu conversava com uma das discípulas da capoeira, instruindo-a. Esperei que o mestre aconselhasse a moça. Mestre Museu conversava com uma das discípulas da capoeira, instruindo-a. Esperei que o mestre aconselhasse a moça. Terminada a conversa, ele se levantou. Fui até ele e perguntei-lhe se me concederia uma entrevista, pedido que ele, gentilmente, atendeu.

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Imagem: Facebook mestre Museu

José FlávioSeu nome mestre?

Mestre Museu — Meu nome é Jamil Raimundo.

José FlávioMestre Jamil?

Mestre Museu — Não, meu nome é Jamil Raimundo. Meu apelido na capoeira é mestre Museu, de Belo Horizonte.

José FlávioFale sobre o senhor e sobre sua história na capoeira…

Mestre Museu — Tenho 49 anos. Eu comecei com 10 anos. Já tenho 39 anos de capoeira. O ano que vem faço a festa de 50 anos de idade e 40 anos de capoeira. Sou capoeira da geração de Belo Horizonte, da época de 75, que foi quando eu comecei a capoeira, e hoje tenho um trabalho de capoeira em 12 países, em vários estados do Brasil, e também em mais de 30 cidades do interior de Minas Gerais. A gente faz um trabalho tentando levar um pouquinho da nossa capoeira que muitos brasileiros ainda não conhecem, não sabem o que é a capoeira de verdade. A capoeira, ela é genuinamente brasileira. Hoje a capoeira tomou conta dos cinco continentes. A capoeira… Sou de uma família muito simples, muito humilde, muito pobre, e, hoje, a capoeira já me levou por toda a Europa, para a América, para a Ásia. Hoje, eu conheço tudo através da capoeira. Acho que, se eu tivesse uma outra profissão, não estaria fazendo o que faço hoje. Tenho muitos alunos, tenho uma sede própria em Belo Horizonte. Eu diria que a capoeira me proporcionou isso.

José FlávioComo funciona esse trabalho em outros países?

Mestre Museu — Nós temos trabalhos em vários países, na África, na Polônia, na Bielorússía, por exemplo. A gente tem um trabalho lá com os jovens que começaram capoeira….

José FlávioO Sr. Mesmo coordena esse trabalho?

Mestre Museu — Sou eu que coordeno o trabalho em todos esses países. Nós estamos indo para a Polônia, agora em junho, eu o Mestre Salário, nós estamos indo para a Polônia indo dar mais uma vivência lá. Em setembro eles estarão conosco aqui no Brasil. A gente fica fazendo esse intercâmbio.

José FlávioE o trabalho em Belo Horizonte?

Mestre Museu — A gente faz um trabalho grande em Belo Horizonte. Trabalho com criança que vive em área de risco, criança pobre. O nosso foco maior em Belo Horizonte é trabalhar com criança humilde, crianças pobres, que vivem em situação de risco. Esse é o nosso foco maior, é o nosso objetivo. Muitas vezes, as pessoas pegam uma criança para fazer capoeira. O problema não é fazer um capoeirista, nosso grande grande objetivo, nossa grande vitória é fazer o cidadão de bem. Esse é o nosso maior foco fazer o cidadão de bem.


Imagem: Facebook Mestre Museu


José Flávio — Que diferença o Sr. percebe quando esses meninos chegam na capoeira e depois que eles começam a praticar a luta?

Mestre Museu — Eu fiquei em um projeto, dentro de uma favela, durante nove anos. Tinha mais de duzentas crianças comigo. Dessas duzentas crianças, cinco ou seis foram para o mundo do crime, o restante não. Todas estão trabalhando… Eu tenho acompanhado elas… O projeto acabou, mas nesses nove anos valeu demais o trabalho que nós fizemos nessa vila. É muito importante! Muito, muito gratificante!

José FlávioO Sr. falou em seu discurso que se não tiver cuidado a capoeira, vai ficar restrita aos mestres que já estão na prática. Porque é que a capoeira corre o risco de perder sua força?

Mestre Museu — No meu ponto de vista, o capoeirista, o povo brasileiro, na verdade, ele não é muito agarrado na cultura brasileiraHoje, você pode observar que os praticantes de capoeira, no Brasil e no mundo, são todos de classe média ou pobres. Rico não prática mais capoeira. É uma raridade. Rico não pratica capoeira, eu creio também, por muitas coisas que aconteceram na capoeira. E hoje, a gente vê que as academias de capoeira vão se abrindo e você não tem inscrições de adultos. O que você mais vê são inscrições de crianças. Então o maior foco na capoeira, hoje, são as crianças. As crianças, hoje, estão tomando conta da capoeira. Eu sei que, através dessas crianças, nós vamos ter um futuro melhor. Se depender dos adultos, a capoeira vai parar.

José FlávioMas a presença das crianças é um fator positivo, pois as crianças irão renovar essa tradição…

Altamente positivo. Porém, a gente passa por momentos muito difíceis com capoeira. Aqueles mestres de capoeira, que viviam de capoeira, já não conseguem viver mais dessa arte. Uns foram embora para a Europa. Hoje, a gente tem um número grande de adolescentes ministrando aula de capoeira. Isso não é bom para a capoeira. Esses adolescentes não têm conhecimento, não tem fundamentos. Isso denigre um pouco a imagem de nossa capoeira. Um garoto de dezoito, dezenove anos, ele não tem aquela filosofia, aquele carisma que tem o mestre de capoeira. Então isso faz com que os mestres desistam e vão para outros países, porque os outros países valorizam a nossa arte. Infelizmente, nesse país, a gente não encontra os valores que deveriam ser dados a arte da capoeira.

José FlávioO capoeirista ainda é discriminado nos dias de hoje?

Mestre Museu — Demais, demais, demais. Só para lhe dar um exemplo, vejo eventos com bandas que incentivam o mundo do álcool, o mundo das drogas, e essas bandas são patrocinadas por grandes empresas e, quando nós abrimos nosso coração para receber todas aquelas crianças da periferia — que não precisam de muita coisa, às vezes precisam de uma camiseta, precisam de um lanche, nós estamos levando essas crianças para a sociabilidade, nós não encontramos esses grandes patrocínios, que levam para as praças, grandes movimentos de hap, grandes movimentos de heavy-metal, que incentivam o álcool, que incentivam as drogas, que fala de droga, que falam do uso de entorpecentes. Nós da capoeira fazemos diferente, nós não damos incentivo ao álcool, não incentivamos a droga, pelo contrário, nosso trabalho é socializar, trazer essas crianças para um mundo melhor, trazer essas crianças para um momento melhor., principalmente com família, com vida, e muito respeito ao próximo. É isso o que a gente ensina a essas crianças.

José FlávioMestre, gostaria de agradecer pela entrevista. Esse é um espaço aberto a sua disposição, se quiser acrescentar mais alguma coisa, fique à vontade…

Mestre Museu — Eu quero só te agradecer por essa entrevista e que as pessoas que forem ler o seu blog, que elas comecem a refletir, principalmente, os empresários, pessoas que gostam de ajudar movimentos culturais, para que eles possam ver o que a capoeira tem feito nesse país. As pessoas ainda não viram o que a capoeira tem feito nesse país. O que a capoeira tem feito em nosso país e o que a capoeira tem feito nos países da Europa, nos países da América Central, eu repito, as pessoas ainda não sabem o que a capoeira tem feito nesses países, principalmente nesses países. Esses capoeiristas que estão aí dentro das vilas, nesses aglomerados, falando de social para filho de traficante. Não é qualquer professor que entra dentro de uma favela perigosa e fala de vida social para filho de traficante perigoso, do PCC, do Comando Vermelho. Não é qualquer professor que faz isso. É raro um professor de capoeira, não vou nem falar de um professor de capoeira, vou falar de um educador, mas o capoeirista, ele tem coragem. Lá em Belo Horizonte, eu falo para filho de traficante e o pai está lá porta, com a pistola na cintura, vendo o treino de capoeira, e nós estamos falando de socialização para o filho dele, e ele gosta. Isso é o que o capoeirista faz. As pessoas têm ainda uma mentalidade de uma capoeira do passado, de malandragem. Não, hoje a capoeira não é mais assim. Hoje a capoeira é um momento especial. Hoje viver capoeira é um momento especial, um momento de alegria, de confraternização, de socialização, de educação, e de fazer o verdadeiro cidadão de bem para a sociedade.

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Virada Cultural em Campinas promete muita alegria e diversão

Posted by Cottidianos on 23:46
Quinta-feira, 29 de maio

Voltando para casa na noite desta quinta-feira, deparei-me com um enorme palco montado no Largo do Rosário, no centro da cidade. O que será que vai acontecer aqui? Perguntei-me. Fui encontrar resposta em um banner afixado na praça que informava da Virada Cultural, neste fim de semana. Muita música clássica, popular, folclórica, arte circense, festival de gastronomia e muita diversão. Enfim, tudo de bom. Precisamos, e muito, do pão da cultura, para elevar nossos espíritos. 

Abaixo compartilho matéria publicada no site da Prefeitura Municipal de Campinas, com a programação completa do evento. Vale a pena conferir.

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Virada Cultural de Campinas terá música, circo, gastronomia e teatro

A Virada Cultural de Campinas será no próximo sábado e domingo, 31 de maio e 1º de junho. As atrações serão gratuitas e apresentadas na Estação Cultura 'Antonio da Costa Santos', no Largo do Rosário, no Teatro Municipal 'José de Castro Mendes' e no Sesc-Campinas.

 Mais cinco atrações circenses e de cultura popular foram confirmadas para intervenções na Estação Cultura 'Antonio da Costa Santos' pela Secretaria de Cultura de Campinas. As apresentações serão entre os shows musicais ou simultâneas.

 Além disso, terá o evento gastronômico com restaurantes de Sousas e Joaquim Egídio, mais acarajé e feijoada.

 Um trenzinho fará o trajeto da Estação Cultura ao Largo do Rosário e vice-versa, gratuitamente, para quem quiser curtir a Virada nos dois palcos. No sábado, estará à disposição das 18h às 2h e no domingo, das 10h às 22h.

 Mais sobre as atrações

 JONGO DITO RIBEIRO - A Comunidade Jongo Dito Ribeiro é um grupo de pessoas que reconstitui e vive a cultura do jongo por meio da memória de Benedito Ribeiro, que foi festeiro de São João e devoto de São Benedito. Conhecido como “Dito” realizava rodas de jongo com os amigos e mantinha a tradição recebida de seus pais. Em sua homenagem foi batizada a comunidade Jongo Dito Ribeiro, que desde o ano de 2000, sob liderança de Alessandra Ribeiro, neta de Dito Ribeiro, realiza seus trabalhos de reconstituição e permanência do jongo no município.

 MARACATUCÁ - O Maracatucá! desenvolve atividades de pesquisa, ensino e divulgação do Maracatu de baque virado. Foi fundado em 2008 por batuqueiros que queriam aprofundar os conhecimentos sobre esta manifestação. É formado, na maior parte, por estudantes e profissionais de diversas áreas que mesclam os saberes acadêmicos com os da vivência da cultura popular.

 BENDITOS BENEDITOS - Idealizado por Sebastian Marques, o espetáculo BENDITOS BENEDITOS da companhia Inventor de Sonhos, reúne vários personagens da tradição do mamulengo. Este teatro de bonecos traz personagens como Dona Quitéria, João Redondo, Sargento Bitola, Boizinho Brincadeira, Cobra das Sete Luas, Benedito e outros. A peça tem brincadeiras, música, cirandas e histórias apaixonantes narradas com a maestria e o bom humor característicos do gênero.

 URUCUNGOS - Urucungos foi fundado em 1988 na Universidade Estadual de Campinas-SP (Unicamp). O grupo tem como missão principal resgatar, preservar e divulgar a cultura popular brasileira de acordo como elas são manifestadas nas suas origens e apresentada ao público em forma de arte. O espetáculo “Ciranda da Minha Terra” apresenta danças circulares afro brasileiras como o Coco de Alagoas.

 MINICIRCO SERAFIN - Ao som dos bumbos, pratos, trompetes e potentes megafones, uma extravagante carroça colorida entra em cena, puxada por palhaços que convocam ao público anunciando a chegada do circo e do espetáculo que vai começar. Assim, no picadeiro, os bonecos protagonistas dos números interagem com os palhaços, recriando os espetáculos que se apresentavam nos antigos circos mambembes, em um atrapalhado show, apoiado em gags cômicas.

 PROGRAMAÇÃO COMPLETA DA VIRADA CULTURAL DE CAMPINAS
 ESTAÇÃO CULTURA 'ANTONIO DA COSTA SANTOS' *

Praça Floriano Peixoto, s/nº - Centro (antiga Estação Ferroviária)

SÁBADO - 31 de maio
17h - Tatiana Rocha [Música]
18h30 - Tony Tornado [Música]
20h - Andreia Preta [Música]
21h30 - Carol Ladeira [Música]
23h - Leci Brandão [Música]

Intervenções artísticas entre as apresentações: Jongo Dito Ribeiro; Caixeira das Nascentes; Urucungus, Puitas e Quijengues; Família Burg; Seis + 1 Cia de Dança; Afoxé Ibaô, Maracatucá

DOMINGO – 1 de junho
11h - Evento Gastronômico [Gastronomia]
14h30 - Alexandre Cunha e Grupo [Música]
16h - Hos Tio [Música]
17h30 - Carina Mennitto [Música]
19h - Flautins Matuá [Cultura Popular]
20h30 - Chico César [Música]

Intervenções artísticas entre as apresentações: Além da Lona; Lona das Artes; Inventor de Sonhos – Benditos Beneditos; Resgatando o Circo; A Mala dos Mamulengos; Circo Serafim

TEATRO MUNICIPAL JOSÉ DE CASTRO MENDES
Praça Correia de Lemos, s/nº - Vila Industrial

SÁBADO - 31 de maio
18h - Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo [Música]
20h - Cia. K – Le Petit Cirque Varieté [Circo]
22h - Cia. Os Satyros – Adormecidos [Teatro]
DOMINGO - 01 de junho
00h30- Cassiano Batalha [Stand Up]
11h - Cia. Arthur-Arnaldo – Os Pés Murchos & Os Cabeças de Bagre [Teatro Infantil]
14h- Grupo Cangarussu [Cultura Popular] Na praça em frente ao teatro
16h- Sinamantes – Tributo a David Bowie [Dança, Música]

PALCO EXTERNO – LARGO DO ROSÁRIO
Largo do Rosário, Centro

SÁBADO - 31 de maio
19h- DJ Chico Leibholz [Música]
19h30- Muzzarelas [Música]
20h30- Curtas Pontos MIS – Amor de Thanatos / Nina [Cinema]
21h- Apanhador Só – Antes que Tu Conte Outra [Música]
22h- Curtas Pontos MIS – Um Dia… E Logo Depois Um Outro / Moto-Perpétuo [Cinema]
22h30 - Anelis Assumpção [Música]
23h30- Curtas Pontos MIS – Linha do Mar [Cinema]

DOMINGO - 01 de junho
00h- Asian Dub Foundation (Inglaterra) [Música]
15h- DJ Chico Leibholz [Música]
15h30-Orquestra Contemporânea de Olinda [Música]
16h30- Curtas Pontos MIS – Destimação / Paleolito [Música]
17h00- Holger [Música]
18h00- Curtas Pontos MIS – O Gigante / A Ilha [Cinema]
18h30- Baby do Brasil – Baby Sucessos [Música]

SESC CAMPINAS**
Rua Dom José I, nº 270

SÁBADO - 31 de maio
18h - Ilú Oba de Min [Música] No Tablado do Galpão
20h - Inimar dos Reis – Brasil que Canta e Dança [Teatro]
21h - Orkestra Bandida [Música] No Galpão Múltiplo Uso

DOMINGO - 01 de junho
10h30- Sami Bordokan – Um Encontro com a Música Árabe [Música] No Galpão Múltiplo Uso
11h00- Sarau Plural [Literatura] No Galpão Múltiplo Uso
14h: Grupo Salada Mista – Baú de Histórias – Fábulas de La Fontaine [Teatro Infantil] Na Biblioteca
15h - Exposição Inventando Modas [Artes Visuais] No Galpão Múltiplo Uso
16h- Sami Bordokan – A Corda da Alma [Música] No Galpão Múltiplo Uso


OBS:
* Programação realizada pelo Município.
** Programação realizada pelo SESC Campinas.



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Mapa da violência: Brasil bate recorde histórico

Posted by Cottidianos on 22:02
Quarta-feira, 28 de maio

Não bastasse a cobertura negativa que está se fazendo sobre a Copa do Mundo, o país bate mais um recorde indesejável. Desse jeito, como vamos passar uma boa imagem? Algo está errado no Brasil e é urgente que se faça alguma coisa para consertar. Hoje, compartilho com vocês uma reportagem que foi ao ar no Jornal da Globo, edição de 27 de maio e um comentário feito pelo jornalista Alexandre Garcia, no Bom Dia Brasil, hoje pela manhã. Ambos os telejornais são exibidos pela Globo.

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Imagem: http://jornalarte3.blogspot.com.br/2012/09/caxambu-111-anos-cidade-exaltada-e.html

Brasil bate recorde no número de homicídios registrados em um ano

Foram registradas 56.337 mortes em 2012, maior número desde 1980.


O Brasil bateu recorde no número de homicídios registrados em um ano, segundo dados divulgados no Mapa da Violência, elaborado pela Faculdade Latinoamericana de Ciências Sociais.

Ao todo, foram 56.337 mortes no ano de 2012, o maior número desde 1980. Essa taxa de homicídios chegou a 29 casos por 100 mil habitantes. O índice, considerado não epidêmico pela OMS (Organização Mundial da Saúde), é de dez mortes para cada grupo de 100 mil habitantes.

Alagoas tem a maior taxa com 64,6 mortes. Em seguida, vêm o Espírito Santo e o Ceará. Na outra ponta da lista, os dois estados com a menor taxa de homicídios do país: São Paulo, com 15,1, e Santa Catarina, com 12,8 ocorrências.

Na média nacional, o número de homicídios cresceu 7% de 2011 para 2012. O Jornal da Globo foi conversar com especialistas que explicaram o que esses números significam para o Brasil.

POR QUE AUMENTOU?

O número de homicídios no país em um ano supera o registrado em quase dois anos de conflito da Chechênia, entre 1994 e 1996, quando 25 mil pessoas morreram.

O coordenador do estudo explica que, na última década, os homicídios caíram nas grandes cidades e aumentaram no interior, que têm menos estrutura de segurança pública. “Cresceu em municípios de pequeno e médio porte no interior dos estados totalmente desprotegidos sem a mínima estrutura de segurança publica”, analisa Julio Jacobo Waiselfisz, coordenador de estudo da violência da Faculdade Latinoamericana de Ciências Sociais.

Segundo a pesquisa, na última década, a região Sudeste foi a única que conseguiu reduzir o número de homicídios, apesar das taxas continuarem altas. Já o Nordeste e o Norte registraram mais de 70% de aumento nos casos de homicídios em dez anos.

Para Luciana Guimarães, especialista em segurança pública, o primeiro passo para mudar esse cenário é identificar as causas dos crimes.

“Acho que a gente ainda tem baixa qualidade de diagnóstico e de esclarecimento de crimes. Isso orientaria todo um trabalho de prevenção e também de romper ciclos de impunidade”, aponta Luciana.

“Quando você tem baixo esclarecimento, você sequer entende o fenômeno e também, quer dizer, mostra que o crime mais importante, crime contra a vida, tem pouca importância para o sistema de justiça criminal. Então, a gente precisa começar a trabalhar com informação de qualidade, desagregada para que bons diagnósticos possam produzir boas políticas públicas”, reflete Luciana Guimarães, diretora do Instituto Sou da Paz.


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Alexandre Garcia
Alguma coisa está muito errada com o Brasil
Por Alexandre Garcia

O aumento da violência virou um problema crônico e os casos se repetem quase sempre nos mesmos locais já mapeados. Fica clara a falta de uma política de segurança, de combate à violência. É mentira que o mundo todo seja assim, e os brasileiros que viajam para o exterior que o digam. Em abril gastaram lá fora um recorde de US$ 2,344 bilhões.

Sinal de que estão viajando muito e sabem o que é sair pelas ruas, mesmo à noite, despreocupados com assaltos, balas perdidas, podendo sacar dinheiro no caixa eletrônico da calçada, em plena escuridão, sem revólver na cabeça ao parar no semáforo com o carro alugado.

Segundo o mapa da violência, em 2012 estávamos nos matando à razão de 154 por dia. Isso em 2012. Hoje está com jeito de que piorou. Uma matança que não nos escandaliza. Será que matar foi banalizado? A vida vale pouco? É como se um avião cheio de passageiros caísse todos os dias e ficássemos indiferentes.

Tente explicar isso ao estrangeiro que vier para a Copa. Não vai acreditar. A Croácia, nosso adversário na abertura, sofreu uma guerra de dois anos. Calcula-se que morreram dois mil croatas, o equivalente a meio mês de homicídios no Brasil. Eles tiveram 51 homicídios em 2012, 1,2 por cem mil habitantes. O Brasil tem 29 por cem mil. Alguma coisa está muito errada com o Brasil, porque nesse jogo, estamos perdendo feio.





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A Copa do Mundo de 2014 e os quadros sombrios pintados pela imprensa nacional e internacional

Posted by Cottidianos on 22:04


Segunda-feira, 26 de maio

Imagem: http://blogs.estadao.com.br/olhar-sobre-o-mundo/files/2010/06/AB191.jpg
 
A copa do mundo que se disputará no Brasil de 12 de junho a 13 de julho do ano que começa será a mais difícil da história para o Brasil. A previsão de dureza para aquele que o mundo inteiro vê como o país do futebol — por ser a única nação pentacampeã e também a única a ter comparecido a todas as edições do evento, desde que um torneio capenga com a presença de quatro escassas seleções europeias abriu a série em 1930, no Uruguai — não leva em conta apenas as chances esportivas da equipe comandada por Luiz Felipe Scolari. Mesmo em uma Copa maiúscula, que contará com a presença de todas as equipes que já levantaram a taça, ninguém seria louco de subestimar o Brasil, muito menos jogando em casa. O prognóstico cauteloso se deve mais a fatores extracampo, que desta vez não poderemos nos dar ao luxo de relegar a segundo plano. Haja o que houver, seja quem for o campeão, existe desde já uma certeza:  na Copa do Mundo do Brasil, o Brasil vai se encontrar com o Brasil — o país onde se joga o futebol mais vitorioso e festejado do mundo com o país que é pereba na infraestrutura, perna de pau na educação, consistente na desigualdade social e matador na corrupção. Nenhum dois é mentira, mas naturalmente, estranham-se no espelho.

Isso torna a Copa de 2014 única: aquela que mesmo ganhando, corremos o risco de perder. Pela primeira vez, vencer nos gramados não será suficiente. De forma incontestavelmente mais desafiadora do que em 1950, quando o mundial da Fifa era um certame paroquial comparado  à superprodução de hoje, será preciso vencer nos aeroportos, nos hotéis, nos táxis, nas filas diante dos estádios e na segurança ­ — em resumo, na organização — um jogo em que o placar já foi aberto e nos é amplamente desfavorável, com obras atrasadas, promessas que nunca saíram do papel, orçamentos estourados e desculpas estropiadas...”

Era 1o de janeiro deste ano. Após a noite de champagne e da confraternização com os amigos e, evidentemente, algumas horas de sono, aproveitava o início da tarde do primeiro dia do ano, para ver as reportagens de um dos principais semanários do país: a revista Veja. Abrindo o ano de 2014, a revista trazia uma reportagem especial, de oito páginas, assinada pelo jornalista Sergio Rodrigues, intitulada A Copa e a Copa no país do futebol. Os dois primeiros parágrafos desse texto são uma transcrição do início da reportagem de Veja. 

Ao ler a reportagem, veio-me à mente as lembranças de quando o Brasil foi anunciado como país sede da Copa de 2014. Fiquei exultante com a possibilidade de que o país do futebol sediaria o Mundial de futebol de 2014. Nada mais justo. Fiquei ainda mais na expectativa pelo desenvolvimento que o evento traria ao país em matéria de infraestrutura e melhores serviços. Expectativa essa compartilhada com toda a nação brasileira. Hoje, a menos de um mês do início da competição, vejo frustradas essas expectativas. Frustração essa que não é compartilhada apenas por mim.

Os quadros que se pintam na imprensa nacional e internacional a respeito do evento não são nada animadores. Eu diria que se assemelham a tela, Os comedores de batata, produzido por Van Gogh, em sua primeira fase, na qual o pintor usa cores sombrias e personagens melancólicos. 




Recentemente, foi a vez de um importante semanário alemão, dar mais uma pincelada nesse quadro: a revista Der Spiegel. O seminário estampou em sua capa, uma foto de uma bola oficial do Mundial caindo em chamas sobre a Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. A foto é reforçada pelo título Mortes e jogos. Em dez páginas de reportagem, divididas em três matérias, a revista apresenta questões como o atraso nas obras, insatisfação dos brasileiros, e possíveis manifestações nas ruas durante o evento.  

O jornalista alemão, Jens Glüsing, afirma em matéria de sua autoria, intitulada “Gol contra do Brasil”: "Justamente no país do futebol, a Copa do Mundo pode virar um fiasco: protestos, greves e tiroteios em vez de festa", e lança a preocupação de que as notícias que se tenha do evento sejam sobre protestos e greves, e problemas relacionados à questão da infraestrutura e da violência. 

Jens Glüsing analisa ainda o fato de que, enquanto na Alemanha, os torcedores já tenham começado a se preparar para a festa comprando camisas da seleção nacional, e outros adereços, o que se vê no país do carnaval é coisa bem diferente. "Nas favelas do Rio, policiais e traficantes se enfrentam de maneira sangrenta. Em São Paulo, gangues queimam ônibus quase todas as noites." E questiona: "Os jogos vão terminar em pancadaria nas ruas? Políticos e funcionários da Fifa serão perseguidos por uma multidão enfurecida?"

A Der Spiegel, analisa ainda a situação econômica do Brasil e o descontentamento da população com as condições de vida no país, colocando em tudo isso um novo fator: o ódio a Fifa. Outra questão que tem sido motivo de protestos nas ruas é o uso do dinheiro público na construção dos estádios de futebol e as altas somas de dinheiro envolvidas nessas transações. 

Gostaria de discordar dos jornalistas alemães em suas considerações e preocupações quanto à realização da Copa do Mundo no Brasil. Mas, sou brasileiro e vejo de perto essa realidade e também me preocupo. Dentro dos estádios sei como será a Copa: Muita festa, alegria e bom futebol sendo jogado. Todas as equipes na expectativa de levantar a taça de campeão darão mais emoção ao torneio. Não sei como estarão os ânimos fora dos estádios. Haverá protestos violentos como o da Copas das Confederações, no ano passado? Certamente também a população não saíra por aí enfurecida a caça de políticos e funcionários da Fifa. Apesar de tudo, o brasileiro ainda é um povo pacífico. Quanto à violência admito que o tanto o turista como o próprio habitante das cidades sedes tem de tomar cuidado e não andar por aí ostentando no corpo objetos valiosos como correntes, anéis e relógios. 

É uma questão de precaução. Só para citar um caso: em abril passado, a equipe de jornalismo da TV Globo fazia uma reportagem investigativa sobre assaltos no centro do Rio. Durante uma semana o cinegrafista Júnior Alves registrou, do alto de um prédio, os assaltos que aconteciam na região. Ao fim desse tempo, quando o repórter Eduardo Tchao, fechava a reportagem, entrevistando uma senhora que estava com um cordão no pescoço — de ouro ou de prata, não sei ao certo — um bandido passou correndo e arrancou a joia do pescoço da mulher, diante das câmeras e no meio da entrevista. O repórter, por reflexo, correu atrás do ladrão, mas este logo despareceu em meio à multidão. Ou seja, a questão da prudência deve ser observada por todos, turistas e habitantes locais.  

Só discordo da reportagem em relação ao ódio contra a Fifa. Não temos ódio da entidade. Acho ódio uma palavra muito forte. Não é esse o caso. Há no brasileiro um sentimento de revolta no sentido de que há investimentos públicos para construir estádios monumentais, mas não há verbas suficientes para melhorar áreas como saúde, educação e segurança.

Além de Veja e Der Spiegel, também pintaram quadros sombrios a respeito do Brasil e da Copa de 2014, veículos de grande repercussão como; The Economist, The New York Times, Financial Times, Evening Standard, Daily Mirror, El País, CNN, France Football e Lá Nacion. Claro que há visões equivocadas como a do The Economist, que chama o brasileiro de preguiçoso. Em publicação recente, essa revista britânica publicou uma matéria afirmando que a produtividade do trabalhador brasileiro está estagnada há cinco décadas e sugere que esse fator pode ter raízes culturais. A reportagem é ilustrada com a imagem idílica de uma pessoa descansando numa rede. Claro, quem vê de longe e não procura analisar melhor os fatos acaba escrevendo bobagem. Só para citar um exemplo: O paulistano para ir trabalhar tem de pegar ônibus, trens e metrôs lotados. Além disso tudo, ainda enfrenta um transito infernal. Saí de casa de madrugada e, muitos só voltam, à noite. Eu pergunto, onde é que está preguiça do brasileiro? Acho que a estagnação produtiva e econômica deve ser buscada em outras raízes e não na preguiça do povo. 

Sexta-feira (23), falando sobre essa questão dos problemas enfrentados pelo Brasil na preparação para a Copa, o ex-atacante da seleção brasileira Ronaldo, Membro do Conselho de Administração do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo, afirmou em entrevista à Reuters: "E de repente chega aqui é essa burocracia toda, uma confusão, um disse me disse, são os atrasos. É uma pena. Eu me sinto envergonhado, porque é o meu país, o país que eu amo, e a gente não podia estar passando essa imagem para fora" Ronaldo também disse durante a entrevista: "Os estádios, de uma maneira ou outra, vão estar prontos. Agora, o legado que fica para a população mesmo -- as obras de infraestrutura, de mobilidade urbana, aeroportos -- é uma pena que tenham atrasado tanto". O estranho é que é que, justamente, Ronaldo, venha a público dar declarações como esta a apenas 17 dias da Copa, ele que estava participando da organização, porque não fez essas críticas antes? Talvez haja nessas declarações de Ronaldo algum interesse político, que, aliás, é o que não vai faltar por aqui esse ano. 

Diferentemente de Ronaldo a Presidente do Brasil, Dilma Roussef, tem uma visão sobre a Copa semelhante à de Alice no País das Maravilhas. Em discurso no 17o Congresso da União da Juventude Socialista, em Brasília, ela rebateu as críticas de Ronaldo, mesmo sem citar o nome dele. Durante o discurso ela afirmou: "A Copa do Mundo se aproxima, tenho certeza que nosso país fará a Copa das Copas. Tenho certeza da nossa capacidade, do que fizemos. Tenho orgulho das nossas realizações, não temos do que nos envergonhar e não temos o complexo de vira-latas, tão bem caracterizado por Nelson Rodrigues se referindo aos eternos pessimistas de sempre”. Semelhante a Ronaldo, o discurso de Dilma também está carregado de interesses políticos. Quanto a mim não me coloco na categoria dos pessimistas, mas dos realistas. 

Nesta segunda-feira, os jogadores da seleção brasileira se apresentaram em um Hotel no Rio. Agora é para valer, podemos dizer que a Copa, para nós, começou hoje. E começou sob protestos. Por volta das 10h30, o ônibus que levava os atletas para a Granja Comary, em Teresópolis, onde o grupo ficará concentrado, deixou o hotel sob vaias de cerca de duzentos profissionais ligados a área da educação. Os manifestantes gritaram, bateram na lateral do ônibus e ainda colaram adesivos na lateral do veículo com críticas aos gastos do Mundial no país. Com dificuldade, os jogadores deixaram o local sob escolta policial. Por que os protestos junto aos jogadores? Afinal de contas, não são eles que administram a educação no país. Acontece que protestar em local onde estão os atletas que defenderão a nossa seleção dá muita visibilidade, inclusive perante a imprensa internacional... 

Fora de campo como vimos, o Brasil está perdendo o jogo. A realização da Copa do Mundo de 2014 revelou ao mundo outra face do Brasil: a do país que faz as coisas no improviso. Espero que isto tenha servido de lição para os políticos e empresários brasileiros. Dentro de campo tem outra coisa que me preocupa: Estão jogando toda a responsabilidade nas costas do Neymar. Neymar é um grande jogador. Sem dúvida, um profissional acima da media e a quem admiro, porém, Neymar é apenas um dos craques do elenco da Seleção Brasileira. Ele não é a Seleção Brasileira. 

O jeito agora é deixar a bola rolar e ver o que vai acontecer. Coisa que não vai mais demorar muito.



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