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São Paulo tem novos protestos contra a Copa do Mundo
Posted by Cottidianos
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00:18
Domingo,
23 de fevereiro
A
matéria abaixo foi extraída do portal Globo.com
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PM usa 'Tropa do Braço' e detém cerca de 120 em protesto em SP
Grupo com 140 policiais sem armas 'cercou’ manifestantes no Centro. Policia usou estratégia em segundo ato contra a Copa deste ano em SP.
Imagem: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/02/pm-usa-tropa-do-braco-e-detem-cerca-de-120-em-protesto-em-sp.html |
Um
protesto contra a Copa do Mundo, realizado neste sábado (22) no Centro de São
Paulo, teve cerca de 120 detidos, agências bancárias depredadas e confronto
entre policiais e manifestantes. Segundo a PM, sete pessoas ficaram feridas:
cinco policiais e dois manifestantes.
Foi
a primeira vez que a polícia paulista usou a “Tropa do Braço”, um grupo de 140
policiais não armados e treinados em artes marciais, como o jiu-jitsu, que
cerca e isola manifestantes.
Convocado
pela internet, o protesto “Não vai ter Copa” teve início às 17h, na Praça da
República, em frente à Secretaria de Educação do Estado. A concentração fez com
que a Feira da República fechasse mais cedo. Às 18h, cerca de mil pessoas
protestavam no Centro, de acordo com a PM.
Por
volta da 18h40, um grupo de mascarados, alguns deles carregando pedaços de pau,
começou a quebrar portas de agências bancárias e orelhões, e a polícia usou
bombas de efeito moral. Perto do Theatro Municipal, algumas pessoas atearam
fogo a sacos de lixo e houve correria.
Manifestantes
foram detidos para averiguação na Rua Coronel Xavier de Toledo, próximo a uma
das entradas da estação Anhangabaú do Metrô. Com a ajuda de escudos e viaturas,
policiais bloquearam a Rua 7 de Abril.
Por
volta das 21h, de acordo com o major Larry Saraiva, a PM já havia levado os
cerca de 120 detidos para, ao menos, três delegacias da região central: 4°
Distrito Policial (Consolação), 1° Distrito Policial (Liberdade) e 78º Distrito
Policial (Jardins). No horário, os últimos ônibus com manifestantes presos
deixavam a rua Coronel Xavier de Toledo.
Durante
o confronto, ao menos cinco policiais e dois manifestantes ficaram feridos.
Ainda segundo a Polícia Militar, foi encontrado um coquetel molotov dentro de
uma mochila deixada na estação Ana Rosa do Metrô. Câmeras de segurança captaram
o momento em que a bagagem foi deixada, segundo a PM.
‘Tropa do Braço’
A
PM usou policiais especializados em artes marciais para acompanhar de perto a
manifestação. Eles carregavam capacetes, cassetetes e algemas. Ao longo do trajeto, eles seguiram em fila ao
lado dos manifestantes. Quando houve o primeiro tumulto, os policiais fizeram
um círculo e isolaram boa parte dos detidos para averiguação. Além da “Tropa do
Braço”, policiais de outros grupamentos que normalmente participam de controles
de distúrbios com uso de armas não letais, como Rocam e Força Tática, seguiam o
ato.
Jornalista é detido por meia hora
Entre
os detidos na manifestação, estavam jornalistas, entre eles, o repórter do G1
Paulo Toledo Piza.
Por
volta das 18h50, Piza estava perto de onde o primeiro tumulto com depredações.
No ponto onde ele estava, na altura do número 404 da Rua Xavier de Toledo,
outras sete pessoas também foram detidas junto com ele quando corriam para se
proteger.
O
grupo foi abordado por PMs, que chegaram a dar golpes de cassetete em um jovem.
Todos foram detidos e receberam ordem para sentar na calçada. O jornalista mostrou
o crachá, mas não foi liberado. Ele ficou cerca de 30 minutos retido e impedido
de trabalhar. Não foi algemado e não sofreu agressões físicas nem verbais.
Durante o período, policiais chegaram a impedir que Piza usasse o telefone e
exigiram que ficasse com as mãos para trás.
Ele
só foi liberado por volta das 19h20. Antes, porém, o grupo onde estava foi
levado a um ponto onde estavam outros detidos, entre eles o repórter de O Globo
Sérgio Roxo e o fotojornalista freelancer Victor Moryama. O fotógrafo Bruno
Santos, que cobria o ato pelo Terra, relatou ter sido agredido por policiais
militares e precisou passar por atendimento médico. Ele diz que seu equipamento
ficou destruído.
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