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Junho de 2002: O brasil ergue a taça de campeão mundial e o céu ganha uma estrela de intenso brilho - Parte 1

Posted by Cottidianos on 21:13
Segunda-feira, 30 de junho


O texto a seguir é baseado em fatos reais.

***



30 de junho de 2001.
Cidade de Uberaba. Minas Gerais. Brasil
9h da manhã.

O repórter cinematográfico Emerson Gondin, colhia imagens da fachada do Hospital Hélio Angotti. Seu foco principal era a janela do quarto onde estava internado, em estado terminal, Chico Xavier: o médium mais famoso do Brasil. Emerson procurava captar as imagens com bastante esmero e atenção, uma vez que elas serviriam para ilustrar a matéria do telejornal da noite. Quem sabe, na janela não surgisse algum médico, algum familiar ou mesmo conseguisse captar algum movimentação dentro do quarto?

O cinegrafista trabalhava havia dez anos para a TV Ideal, emissora afiliada da Rede Globo, em Uberaba. Era um profissional talentoso e respeitado pelo seu trabalho. Os profissionais de imprensa e o público em geral viam seu trabalho com bastante respeito e credibilidade.

O médium Chico Xavier estava internado naquele hospital desde o dia 26 de junho, com uma grave pneumonia nos dois pulmões. Com a saúde debilitada, o paciente tinha dificuldades em falar e só recebia visitas de familiares. A alimentação dele era feita à base de caldos e sopas. Assim que deu entrada no hospital, Chico ocupava um quarto comum, sendo depois, transferido para uma suíte no 2o andar. Era para essa janela que as câmeras de Gondim estavam focadas. Ali, Chico Xavier estava entre a vida e a morte. A imprensa a população em geral, esperavam apenas um comunicado da assessoria de imprensa do hospital, anunciando a morte do médium. Fazia-se necessário que o cinegrafista acompanhasse o caso com atenção especial.

Colhidas as imagens, o repórter cinematográfico guardou os equipamentos e foi à redação para fazer a edição da matéria. Ele não havia colhido nenhuma imagem de impacto, mas o material que tinha já dava para montar a matéria para o telejornal noturno. Enquanto guiava o carro até a TV, um detalhe lhe veio à mente. Soubera por pessoas ligadas ao médium que, certa vez, ele perguntara a Emanuel, espírito-guia que acompanhava Chico Xavier, qual seria o dia em que iria morrer. Ao que Emanuel teria respondido: “O dia, não posso revelar por completo, só posso dizer que você vai morrer em um dia no qual os brasileiros estiverem muito felizes e o Brasil inteiro estiver em festa”.

Emerson Gondim olhou pela janela do automóvel. A brisa fresca da manhã invadia o carro trazendo uma sensação refrescante. Olhou para as pessoas que transitavam pelas ruas e achou tudo muito normal. Não via um momento especial de felicidade naquela cidade, nem muito menos no Brasil. O guia Emanuel deve ter se enganado em suas previsões, pensou.

Já na redação, dirigiu-se à ilha de edição e começou a escolher as imagens para a reportagem quando, de repente, uma imagem o chamou a atenção. Havia em uma das imagens captadas um raio de luz que ele não havia percebido antes. Repetiu a imagem diversas vezes, sem ampliação, com ampliação, de todos os modos. Analisou-a seriamente. Não havia dúvidas. Era um raio de luminosos que descia do alto, traçava uma trajetória em linha reta e entrava pela janela do quarto onde estava o médium.

Na imagem, via-se claramente, o raio de luz se transformar em dois e logo depois voltar a ser um novamente. Era como se ele estivesse descendo e girando em seu próprio eixo.

Intrigado, resolveu ligar para o hospital.

— Alô. Aqui é o repórter Emerson Gondim, da TV Ideal. Gostaria de saber informações a respeito do estado de saúde de Chico Xavier.

— Um instante, por favor. Vou dar uma olhada nas últimas informações sobre a saúde do paciente.

Após alguns segundos aguardando, Emerson ouve novamente a voz da atendente.

— A última informação que tenho é a de que o Sr. Chico Xavier iniciou uma recuperação de seu estado de saúde há dez minutos.

Ao desligar o telefone Emerson ficou ainda mais intrigado. Dez minutos era o tempo que ele havia levado no trajeto entre o hospital e a TV Ideal, após colher a última imagem.  Compreendeu então que estava diante de um grande enigma.

O editor-chefe de jornalismo determinou o repórter Luiz Gustavo para ser seu parceiro na reportagem sobre o misterioso facho de luz. Os dois saíram a campo para averiguar o fato. Havia muitas hipóteses para o fenômeno e eles não queriam dar informação errada. Afinal, poderia ter ocorrido um defeito no equipamento, a projeção de algum holofote que não foi captado pela câmara. Os dois levaram a imagem, primeiramente, ao Dr. Eurípedes Tahan, médico que acompanhava Chico Xavier.

O Dr. Eurípedes resolveu conferir o horário em que a imagem havia sido capturada com o prontuário do paciente e concluiu que o paciente havia dados sinais de melhora logo após o facho de luz entrar pela janela do quarto do hospital. A partir daquele momento, a respiração melhorou, a febre desapareceu e Chico Xavier ficou muito alerta.

— O Sr. acredita em coincidência? Perguntou o repórter Luiz Gustavo.

— Não, eu acredito que houve uma interferência mesmo, respondeu o médico.

— Para a medicina algo de anormal aconteceu ali?

— Sem dúvida nenhuma, porque foi a partir daquele momento que ele começou a melhorar.

— Não poderia ser o efeito dos medicamentos?

— Sim, mas já havia vários dias que ele estava internado e foi a partir daquele momento que ele começou a melhorar.

A imagem também foi apresentada a Régio Alves, pesquisador da Universidade de São Paulo (USP). Segundo o professor, o raio tinha aproximadamente 30 cm de cumprimento e era transparente, pois não chegava a fazer sombra na parede. “Com certeza não é um raio tradicional vindo de cima para baixo, projetado a partir de algum holofote ou alguma fonte semelhante, porque ele tem uma propriedade de estar condensado. Ele viaja como se fosse uma luz”. Acrescenta o pesquisador.

O repórter apresentou o fato a mais um especialista, Claudeir Covo, pesquisador do Instituto Nacional de Fenômenos Aeroespaciais (INFA), uma organização não- governamental. Claudeir era especialista em descobrir truques em fitas de vídeos e fotos que as pessoas inventavam para enganar os leigos.

O repórter indaga a Claudeir:

— O espiral seria a materialização de uma energia?

— Não se tem uma explicação dentro dos conhecimentos científicos. Não se tem uma explicação. É um fenômeno paranormal? Não sei. É um fenômeno extraterrestre? Não sei. O que eu posso dizer é que é um fenômeno desconhecido.

A respeito do assunto, a médium Shirlene Campos, disse: “Quando o espírito é muito evoluído, ele passa a não ter nem a sua forma física, ele se manifesta em forma de luz. Então essa força que veio do plano espiritual superior, certamente, é uma equipe de espíritos ou um único espírito altamente iluminado que, em visita ao Chico Xavier, deve ter ido para sustentá-lo nas suas forças físicas”.

Depois de pronta, a matéria foi exibida no telejornal da noite da TV Ideal e também nos principais telejornais da Rede Globo, alcançando grande repercussão, deixando milhões de telespectadores intrigados.

Poucos dias depois, Chico Xavier, que estava em estado terminal, recebeu alta do hospital. Foi submetido a tratamento domiciliar durante meses, até a recuperação completa.

Enquanto isso, o mundo se preparava para o espetáculo de mais uma Copa do Mundo que aconteceria no ano seguinte, organizada pela primeira vez por dois países: Coreia do Sul e Japão. Seria a também a primeira vez que uma edição da Copa do Mundo saia do eixo América-Europa. Os asiáticos estavam orgulhosos de organizar uma festa tão grande, e que reunia tantos convidados ilustres.

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