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O ser humano no mundo dos raios

Posted by Cottidianos on 02:00
Segunda-feira, 23 de junho



Já parou para pensar que vivemos em mundo dominado pelas ondas magnéticas e eletromagnéticas e que, de alguma forma, elas influem direta ou indiretamente, em nosso agir, em nosso pensar, em nossa saúde, enfim, nosso modo de estar no mundo. Inúmeras são as fontes de onde provêm esses raios: do celular, do rádio, da TV, dos carros que trafegam nas ruas, dos aviões que cortam o espaço acima de nós. Abaixo de nós, a mãe terra está sempre a enviar as suas vibrações. Mesmo que quisemos fugir de toda essa influência não seria possível uma vez que nossos órgãos e tecidos estão constantemente a emitir ondas vibratórias. Do espaço sideral então, nem se fala, milhões de irradiações de todas as espécies e matizes descem sobre nós todos os dias. Todos esses fenômenos são coisas tão naturais que não nos damos conta disso.

Há um mundo que se desenvolve diante de nós e não percebemos. O espaço que move os astros e estrelas, até mesmo, o espaço no qual nós nos movemos, o ar que respiramos, nada disso é vazio, tudo isso é envolto numa substância fina, imperceptível aos nossos olhos e nossos sentidos, que se chama éter. Ou seja, estamos constantemente a navegar num mar de éter. Isso não invenção minha, nem também é conversa de louco. É ciência que atesta todos esses fatos.

É também a ciência que diz que vivemos imersos em mundo de partículas de eletricidade chamadas elétrons. Essas partículas estão no livro que lemos, na casa que moramos, no sol que nos ilumina. Também nosso corpo é formado por essas partículas. Somos uma explosão de luz e eletricidade e nem paramos para pensar nisso.

Imagine quantas coisas somos capazes de fazer, quantas atividades podemos desenvolver, quantas experiências podemos viver? É por isso que dizem que só usamos dez por cento de nossa fantástica máquina chamada cérebro. Quando os cientistas afirmar isso, eles têm ou não tem razão?

Quando nos propomos a meditar sobre toda essa realidade que passa despercebida aos nossos olhos, fica fácil acreditar nos fenômenos paranormais ou espirituais. Muita gente não acredita nesses fenômenos. Na verdade, nos recusamos a acreditar que alguém ousou usar mais do que, simplesmente, dez por cento do cérebro. Se uso uma ínfima parte de meu cérebro, como admitir que alguém ultrapasse esse limite?

 Já viu um campo energético deixar de existir? Se você apaga uma lâmpada, a energia de não deixa de circular pelo ambiente por causa disso. Ela continua bem presente. Você apenas fechou um canal. Mesmo que você desligue a chave geral da energia de sua casa ou de seu prédio, a fonte energética continuará viva e atuante, basta apenas que você restaure as conexões.

Se somos todos feitos de energia, então essa força, esse campo energético não deixará de existir apenas porque abandonamos o corpo material. Ela com certeza continuará existindo em outra espécie de conexão, um mundo paralelo talvez, ou melhor dizendo, um mundo espiritual.

O texto abaixo que trata da questão do mundo de raios no qual vivemos, foi extraído do livro O Corpo Humano, do autor judeu-alemão Ritz Kahn, lançado no Brasil em 1962, pela Editora Civilização Brasileira.

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O ser humano no mundo dos raios

Talvez neste momento o sol esteja por cima da sua casa. Ele que nos envia não só luz e calor, mas também, através de crateras que constituem as manchas solares, enxames de elétrons e raios de cumprimento de onda análogo ao dos raios Roengten, que incidem sobre o nosso teto, atravessam-no e vão agir no nosso sistema nervoso.

Mas pode ser também que seja noite! Não haverá apenas a irradiação das estrelas ou o pálido reflexo da luz solar sobre o espelho da lua, mas do espaço escuro, que nos parece inteiramente negro, incidem sobre nós, em cada segundo, trilhões de raios cósmicos, vindos de mundos situados a centenas de milhares de anos-luz de nós e que olho algum pode enxergar.
Olhe-se agora para o chão: das profundezas da Terra, raios gama ascendem para o nosso Sol e talvez mesmo, como pretendem os rabdomantas , os veios de água e metal das profundidades enviam para cima raios com influência sobre a saúde e doença de homens e animais.

Coloquemos agora a mão sobre o coração e sintamos-lhe as pulsações: a cada batimento uma corrente elétrica flui de suas fibras e se propaga, com a velocidade da luz, até a ponta dos dedos, pés e cabelos. O homem com coração a pulsar dentro do peito é um gerador que faz uma oscilação por segundo!

Passemos agora ao pomar e colhamos uma maçã: os frutos emitem raios, o leite também, enfim, tudo quanto vive em torno de nós — as folhas das árvores, as flores, os vermes do chão, os grãos de poeira no ar — tudo irradia.

Tomemos agora do rádio e liguemos sucessivamente para diversos pontos de escala, de forma a ouvir o concerto gigantesco de todas as emissões do mundo. Quer o rádio esteja ligado ou não, as ondas do éter propagam essas emissões pela nossa casa, pelo nosso quarto, nosso crânio e nosso sangue — ininterruptamente, dia e noite, nas horas de sono ou de vigília: as notícias sobre as bolsas de Londres e Nova York, os preços do trigo de Ohio, sinfonias de Mozart e predições do tempo, propagandas políticas e as mensagens de navios e aeronaves. Ininterruptamente esse concerto monstro — fogo cruzado de ondas do éter vindas de todas as estações do mundo — penetra o nosso cérebro, dia e noite, mesmo no momento em que estamos a meditar sobre as maravilhas das irradiações deste nosso mundo. Um estalo do aparelho vem perturbar o nosso pensamento: É que do outro lado da rua o dentista pôs a funcionar seu motor.

E por sua vez, penetram em nosso quarto as ondas de éter vindas do motor do dentista, do automóvel que passa, do elevador da casa vizinha, dos motores de corrente alternada, tudo isso envia raios através da casa, de nós, de nosso cérebro. Fossem visíveis todas essas ondas de éter e veríamos luzes brotarem subitamente de todos os lados e profundezas, das maiores distâncias a mais próxima vizinhança e teríamos que fechar os olhos ou protegê-los com as mãos.

Mas de nada nos serviria isso, pois também o interior de nosso corpo irradia — cérebro, sangue, músculos e glândulas — e cada célula é uma microscópica estação de rádio: Não só o homem num mundo que irradia como até ele próprio é um ser irradiante!

É essa talvez a maior descoberta da ciência moderna e dentro de 50 anos talvez sejam antiquados todos os livros escritos sobre a natureza, só porque os seus autores nada sabiam sobre os raios.



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