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No equilíbrio entre razão e emoção, a receita para uma vida feliz
Posted by Cottidianos
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00:33
Sábado, 07 de junho
Imagem: http://www.tambau247.com.br/medico-assassinado-em-pe-e-sepultado-em-campina-grande/ |
A
polícia do estado de Pernambuco prendeu na tarde desta terça-feira (04) o
médico cirurgião Claudio Amaro Gomes e o filho dele, o advogado Claudio Amaro
Gomes Junior. Os dois são suspeitos de envolvimento no assassinato do médico
paraibano Arthur Eugênio de Azevedo Pereira, no dia 12 de maio passado. Os dois
indivíduos foram indiciados por roubo, sequestro e homicídio duplamente
qualificado (sem chance de defesa e com promessa de pagamento). O advogado
também foi indiciado por porte ilegal de arma, uma vez que, no momento da
prisão, a polícia encontrou um revolver calibre 38 e munições no carro dele, no
momento da prisão. Outros dois homens
também são acusados do crime e estão sendo procurados pela polícia. A vítima, o
médico Arthur Eugênio, foi abordado pelos assassinos no momento em que chegava
em casa, no Bairro Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, após retornar de uma
visita a uma paciente que estava internada no Hospital Português, no bairro
Paissandu. O corpo do médico paraibano foi encontrado com marcas de quatro
disparos de arma de fogo, jogado às margens da BR-101, em Jaboatão dos
Guararapes. O carro dele foi encontrado, completamente queimado, em outro ponto
da cidade. A polícia disse ter provas técnicas do envolvimento dos dois
acusados no crime. Ainda segundo a polícia, o motivo do assassinato foi
desavença profissional entre os dois médicos.
***
Imagem: http://www.aredacao.com.br/noticias/25277/julgamento-do-goleiro-bruno-comeca-nesta-segunda-feira-4-3 |
Em
julho de 2010, o assassinato da modelo Eliza Samúdio chocou o país. Um dos autores
do crime, o ex-goleiro Bruno, foi condenado a 17 anos e 6 meses de prisão por
homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, asfixia e uso de recurso que
dificultou a defesa da vítima. O ex-goleiro foi condenado ainda a 3 anos e 3
meses em regime aberto pelos crimes de sequestro e cárcere privado. Por
ocultação de cadáver foram acrescidos mais 1 ano e 6 seis meses. A condenação
ocorreu em uma data bastante significativa para as mulheres de todo o mundo: 8
de março, Dia Internacional da Mulher. À época do assassinato, Bruno era
considerado um dos melhores goleiros do Brasil, havendo recebido inclusive
propostas de jogar no exterior. O goleiro era idolatrado pela torcida
flamenguista. Eliza Samúdio queria apenas que Bruno reconhecesse o filho que
ela havia tido com ele. Bruno e outros comparsas atraíram a jovem para o sítio
que ele tinha no interior de Minas Gerais. Chegando lá, assassinaram a jovem.
Segundo relatos de testemunhas o corpo de Eliza teria sido esquartejado e
jogado a cães da raça rottweiler. O que
restou do corpo foi enterrado sob uma camada de concreto. Até hoje não se sabe
o local exato onde os restos mortais da modelo foram depositados.
***
Guilherme de Pádua e Daniela Perez
Três dias após o Natal de 1992, a morte da bela e jovem atriz Daniela Perez, causou comoção nacional. Daniela fazia sucesso vivendo o papel de Yasmim na novela De Corpo e Alma. Na trama, escrita pela mãe da atriz, Gloria Perez, Daniela vivia um romance com o jovem Biro, personagem interpretado pelo ator Guilherme de Pádua. Na tarde do dia 28 de novembro daquele ano, os dois atores gravaram a cena na qual o fim do romance entre eles na trama, chegava ao fim. Após o fim da gravação destas cenas, Guilherme procurou Daniela por diversas vezes no camarim. Segundo testemunhas ele se mostrava bastante nervoso e alterado. Guilherme deixou o estúdio de gravações, na Barra de Tijuca, no fim da tarde e seguiu para seu apartamento, no bairro de Copacabana. Saiu de lá com sua mulher Paula Thomaz — que na época estava grávida de 4 meses — e seguiram para o estúdio de gravação. Os dois levaram com eles um lençol e um travesseiro. Chegando ao local das gravações, onde Daniela continuava gravando suas cenas na novela, Guilherme descer do carro e também foi terminar de gravar suas participações suas cenas para aquele dia. A mulher dele, Paula, permaneceu no carro, deitada no banco de trás. Às 21 horas, terminaram as sessões de gravações. Antes de sair do estúdio os dois atores ainda posaram para fotos com fãs. Em seguida, Daniela saiu em seu carro e foi seguida por Guilherme e Paula. A atriz parou em posto de gasolina para abastecer e ao sair de lá, foi fechada pelo Santana dirigido por Guilherme. Marido e mulher desceram do carro. Guilherme desferiu uma bofetada no rosto de Daniela e ela caiu desacordada. Os dois ocupantes do Santana colocaram a atriz no banco de trás do carro. Paula seguiu dirigindo o Santana, enquanto Guilherme assumiu a direção do Escort de Daniela Perez. Os carros rumaram para uma rua deserta na Barra da Tijuca, parando em terreno baldio. Paula Thomaz e Guilherme de Pádua começaram então a apunhalar Daniela Perez. Foram dezoito punhaladas que perfuraram o pulmão, o coração e o pescoço da atriz. Em depoimento à policia, Guilherme disse que estava nervoso, inicialmente, por acreditar que, com o fim do romance entre Biro e Yasmim, seu papel na trama escrita por Glória Perez, fosse reduzido.
A
partir do relato desses três casos de barbárie eu vos pergunto: Qual bravo
general vence uma guerra? Aquele que preparou melhor o seu exercito com
treinamento, armas e provimentos? Aquele que elaborou melhor estratégia de
ataque e defesa? Aquele que melhor soube estudar os hábitos e vícios de seus
inimigos, descobrindo dessa forma suas virtudes e defeitos? Nem um desses, vos
digo eu. O único bravo general capaz de vencer uma guerra é aquele que soube
primeiro dominar a si mesmo. Que soube vencer a si mesmo. Pois é no coração do
homem que se encontra o seu melhor amigo e seu pior inimigo. O homem, ele próprio,
é o responsável por sua glória ou por sua ruína.
Quem
é o homem sábio? Aquele que sabe domar o tigre da razão? Ou quem sabe domar e
conduzir o cavalo desenfreado que é a emoção? Muitos sábios e filósofos tem
enaltecido a razão por séculos. Nas escolas, desde o aprendizado básico até as
altas classes acadêmicas, o desenvolvimento do saber e do conhecimento é feito
trilhando as veredas da razão. Esquecem-se, porém que é mais fácil domar um
tigre do que puxar as rédeas de um cavalo desenfreado. Não
quero dizer com isso que a razão é de somenos importância. Não, de modo algum
quero dizer isso. Digo apenas que deveria se dar igual importância ao outro
prato da balança.
Pense
nos casos citados acima. Em qual dos três foi usada a razão? Analisando-os
melhor você verá que todos os personagens envolvidos, com tendência ao mal,
todos usaram de sua total irracionalidade.
Pressupondo
que as investigações da polícia de Pernambuco provem que pai e filho são os
verdadeiros assassinos do médico Arthur Eugênio. O médico-cirurgião e o
advogado, filho dele, têm uma posição de destaque na sociedade pernambucana.
Transitavam pela alta sociedade, entre os ricos e poderosos. O Dr. Claúdio
domina bem um bisturi. Claúdio Junior domina bem o mundo das leis. Ambos, porém
não souberam dominar a si mesmo.
Bruno,
no mundo do futebol, tinha o total domínio na defesa de uma bola. Sabia, como
deve saber um bom goleiro, defender-se das investidas do time adversário. Não
teve, porém, o domínio sobre sua ambição desmedida.
O
belo ator, Guilherme de Pádua, tinha um futuro brilhante na teledramaturgia
brasileira. Dominava a arte de representar. Não conseguiu dominar, entretanto,
a inveja do sucesso da colega de profissão que com ele contracenava. Também não
conseguiu dominar a sede de sucesso que lhe dominava. Apesar de elucidado o
caso, apesar de todas as explicações dadas à polícia pelo casal, eu confesso,
que até hoje não entendi as reais motivações daquele crime.
O
que é o homem afinal, senão um marítimo guiando um barquinho em meio ao mar,
açoitado pelas ondas e ventos fortes. As ondas batem no barco, jogando-o, ora
para a direita, ora para a esquerda. É preciso uma mão forte no comando para
fazer com que o barco não naufrague. O barco é a nossa vida. O marujo somos nós.
O mar, a nossa existência terrena. O percurso que o barco faz, a nossa caminhada pela vida. O mar agitado, as nossas emoções. O vento que açoita o barco, nossos
sentimentos.
Onde
aprender a dominar o cavalo para que ele não lance o cavaleiro no precipício,
se a esses não são oferecidas aulas para aprender, treinar e dominar essa
técnica? Há cursos para os mais variados e diversos fins: cursos para aprender
a dirigir, cursos de gastronomia, de estética, de informática, mecânica, e uma
infinidade de outros tantos. Raríssimos são os cursos de autoaperfeiçoamento e
raríssimas são as pessoas que se importam com esse aspecto da vida. Onde buscar
esse aprendizado se as intuições, de um modo geral, não o oferecem. Alguém já
viu em algum currículo de faculdade um curso ensinando a como tornar-se senhor
dos próprios sentimentos? Ao que eu saiba esses cursos não existem. Pode ser
que existam em algum lugar, porém, são exceções à regra. A arte de vencer a si
mesmo, através do domínio das emoções e sensações não está à disposição nos
currículos escolares, assim como o remédio para nossos descontroles emocionais não
podem ser encontrados em alguma farmácia da esquina. Esse aprendizado tem de
buscado incessantemente, através de boas leituras, de atividades que elevem
nosso espírito, na paz e na quietude do coração, na oração e em atividades
afins.
Falei
em prol do domínio das emoções, pelo fato desse aspecto do desenvolvimento de
nosso ser, ter sido relegado a segundo plano, na historia da humanidade, mas
devemos sempre lembrar que para caminhar bem na vida, é preciso levar em conta
que o equilíbrio entre os pratos da balança: razão e emoção, é o que nos fará
desfrutarmos de um viver harmonioso. Um
homem justo e virtuoso jamais será feito apenas de emoção, nem apenas de razão,
na essência desse homem encontraremos as duas medidas, colocadas na mesma
proporção.
Fique
claro, porém, que falo das emoções negativas, das ervas daninhas que nascem no
jardim de nosso coração, e que podem destruir nossas vidas. Pense no campo das
emoções como um jardim: há as rosas maravilhosas, perfumadas, cheirosas,
aquelas que plantamos e cultivamos e colhemos com muito gosto. Essas são os
sentimentos nobres que provocam, por sua vez, emoções nobres, como por exemplo,
o amor, a bondade, a generosidade, a felicidade, a amizade. Há também os
espinhos, as ervas daninhas, coisas que devemos evitar que se instalem no jardim
de nossas emoções.
Quem
sabe não se ache na falta de controle sobre si mesmo e no cultivo de emoções e
sentimentos negativos, o motivo de tantos absurdos e barbaridades que campeiam
pelo mundo afora?
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