0
Lewis Hamilton conquista bicampeonato de Fórmula 1 na terra dos Sheiks
Posted by Cottidianos
on
00:36
Por
ocasião do GP do Japão de Fórmula 1, na postagem: A fúria do tempo no GrandePrêmio do Japão, ofusca o brilho do mundo da velocidade, criei o personagem,
Hayaho — um jovem japonês apaixonado pelo mundo da velocidade — para falar
daquele grande prêmio. Na decisão do campeonato que aconteceu em Abu Dabhi, nos
Emirados Árabes Unidos, trouxe de volta o personagem para falar da corrida.
Porém, uma semana antes da corrida, o personagem chega a Dubai e, após passar
alguns na cidade, segue para Abu Dabhi, explorando o potencial turístico da
região. Esse passeio turístico está descritos no I e II capítulos, e somente no
final, III capítulo, a corrida na qual, o piloto inglês, Lewis Hamilton,
conquistou o bicampeonato.
I – A chegada em Dubai
Era
a primeira vez que Hayako vinha aos Emirados Árabes. Abriu a janela e, da
sacada, respirou o ar de Dubai. Foi invadido por uma sensação de liberdade e
alegria. Se a cidade fosse uma joia, certamente, seria uma das mais luxuosas,
pensou. Olhou a paisagem que se estendia ao infinito. Realmente, a cidade
esbanjava luxo e ostentação. Espalhados pela cidade estavam os hotéis mais
luxuosos e caros do mundo. Ele sempre tivera a curiosidade de conhecer a terra
dos Sheiks. Agora tivera a oportunidade e não desperdiçara. Respirou o ar
fresco da manhã e voltou-se para o interior do quarto de hotel onde estava
hospedado.
Havia
chegado à cidade por volta das oito horas da noite do domingo, 16 de novembro.
Prontamente fora atendido na recepção do hotel, assim que se apresentou e a
reserva em seu nome fora confirmada. Ficou encantado com a forma gentil com que
fora recebido naquele estabelecimento. Enquanto se dirigia ao banheiro para o
primeiro banho da manhã, olhou em volta e analisou o ambiente. Quem dera pudesse
se hospedar em hotéis milionários... Por enquanto, seu orçamento ainda era um
pouco apertado, não estava à altura de tais luxos. Sem bem que estar em Dubai
já era, para ele, um luxo.
O
hotel ficava localizado no centro da cidade, na região do World Trade Center Dubai. A proximidade com o metrô Al Karama, lhe daria grande facilidade
de conhecer os principais pontos turísticos da cidade sem que precisasse gastar
muito dinheiro com isso. Hayako estava em Dubai apenas de passagem. Na verdade,
havia aproveitado uma semana de férias dadas pela empresa na qual trabalhava,
no Japão e aproveitara para ir aos Emirados Árabes Unidos, para assistir de
perto a decisão do título do Grande Prêmio de Formula 1 de 2014, na capital dos
Emirados, Abu Dabhi. Ficaria em Dubai até a quinta-feira pela manhã e depois
seguiria para a capital, de carona com um amigo que morava em Dubai, e que iria
assistir a corrida junto com ele.
O
hotel no qual estava hospedado era econômico, a diária cabia perfeitamente no
seu orçamento, porém, apesar de ser classificado como econômico, o quarto era
bastante amplo, possuía cama macia e confortável, o serviço de wi-fi era
excelente, e a velocidade da conexão idem. Uma sacada com uma excelente vista
para a cidade ajudava a tornar o ambiente ainda mais elegante. Também havia uma
cozinha, com micro-ondas, porém, ele decidira ir, após o banho, ao restaurante
do hotel fazer a sua refeição matinal. No banheiro havia uma grande banheira
onde ele pode relaxar e tirar o restante do cansaço do dia anterior.
De
banho tomado e bem alimentado pelo delicioso café da manhã, resolveu ir até a
piscina, na cobertura do hotel. Ficou sentado em uma confortável cadeira, à
beira da piscina, olhando, ao longe, o complexo Dubai Downtown. Não havia como ignorar a imponência do Burj Khalifa — Um dos edifícios mais
altos e luxuosos do mundo. Logo mais, ainda na parte da manhã, ele pretendia ir
até o local e conferir o que havia de mais moderno e ultramoderno, na cidade. O
amigo que morava em Dubai havia lhe recomendado que não deixasse de ir ver a
beleza das águas dançantes, chamado Fontes
de Dubai. Segundo ele, era um espetáculo imperdível e inesquecível.
Após
o almoço, Hayako, desceu para conhecer a cidade de perto. Decidiu começar por
perto e pelo início de tudo. Foi visitar o Museu
de Dubai, no centro da cidade. Foi a partir daquela região que a cidade
cresceu e se desenvolveu. As fotos, galerias e painéis eram um verdadeiro
passeio pela história e um ótimo meio de conhecer m pouco mais sobre o povo
árabe, seu estilo de vida e seus costumes. Além de dar uma melhor compreensão
de como os árabes haviam transformado um lugar desértico em uma região
procurada por turistas do mundo inteiro e onde os seus nativos podem levar uma
vida de qualidade.
Hayako
não sabia falar o árabe, língua original da região, mas se virou muito bem,
pois falava inglês, e o inglês também é muito falado nos Emirados Árabes
Unidos. É como se fosse uma segunda língua. O jovem japonês passeou muito bem
pelo lugar sem ter que enfrentar as barreiras da língua.
II – Indo para Abu Dabhi
Na
quinta-feira, por volta das dez horas da manhã, o amigo de Hayako, estacionou o
carro na frente do hotel onde ele estava hospedado. O jovem japonês fez a mala,
acertou a conta e desceu. Dentro de, mais ou menos, uma hora e meia estariam em
Abu Dabhi. Até lá seriam cerca de 150 quilômetros.
—
Tudo certo com a reserva do hotel?
—
Sim, tudo ok?
—
E quanto ao seu retorno?
—
Viajou na segunda-feira pela manhã.
Pegaram
a Sheikh Zayed Road, que logo se transformaria na rodovia E11. Foi informado
pelo amigo que depois pegariam a rodovia E10 ou E12, para chegar ao centro da
capital. Durante o trajeto, os dois amigos conversaram sobre amenidades,
negócios, carros, Fórmula 1 e mulheres. A viagem transcorria agradável e
gostosa. A rodovia com várias faixas e a ótima qualidade do asfalto, fazia o
carro rodar com mais rapidez, conforto e segurança.
Enquanto
o automóvel deslizava pela movimentada rodovia, Hayako pensava em como os árabes
haviam conseguido construir um oásis tão belo em pleno deserto. Como haviam
conseguido tornar aquela parte do mundo em algo tão futurista? Em Dubai vira
coisas fantásticas. Os arranha-céus pareciam brincar com os limites da
engenharia. Prédios e instalações luxuosas e deslumbrantes que pareciam saídos
de algum cartão postal do futuro. Ilhas artificiais gigantes foram construídas
em forma de palmeiras, onde os milionários aproveitaram para construir os seus
oásis particulares que custam milhões de dólares. E o Dubail Mall, então? Que coisa maravilhosa! Um enorme templo do consumo.
Um enorme shopping center com 22 salas de cinema, 120 restaurantes e mais de
1.200 lojas, possuindo, inclusive uma ala especial destinada às grifes de luxo.
Ainda havia a opção de um safári com direito à jantar no deserto. Entretanto,
para esse passeio ele não fora, pois se gastava cerca de seis horas para
concluir o roteiro e ele não dispunha de tanto tempo para um só roteiro
turístico.
Passava
um pouco do meio dia quando chegaram a Abu Dabhi. Os dois amigos chegaram à
cidade por volta do meio dia. Logo na entrada da cidade pararam para a primeira
atração turística. Era uma ilha artificial, chamada Yas Island, e ficava a cerca de trinta quilômetros do centro da
cidade. A ilha, explicou o amigo, era um grande complexo de entretenimento e
lazer. Ali ficavam o autódromo onde eram disputados os GPs de Fórmula 1. O
autódromo já estava bem movimentado pelas equipes que estavam chegando para a
final do campeonato de Fórmula 1, que ocorreria no domingo. Não se demoraram
muito ali, pois haveriam de voltar no domingo para assistir à corrida.
Ao
invés disso, foram ao Ferrari World —
maior parque temático do mundo, dedicado, exclusivamente, à famosa escuderia
italiana. Aos olhos de quem é apaixonado por carro e por velocidade é amor à
primeira vista. Não poderia ser diferente com Hayako. Seus olhos brilhavam
igual aos de uma criança que está diante de seus brinquedos favoritos. Havia
escolas de pilotagem, autoescolas, lojas com produtos da Ferrari. No parque
também fica a Fórmula Rossa — A
montanha russa mais rápida do mundo que, quando em atividade, atinge uma
velocidade de 240 km/h. Nem precisa dizer que os dois amigos fizeram questão de
experimentar o brinquedo. Após a aventura, foram à praça de alimentação provar
um delicioso almoço, pois as emoções da montanha russa haviam-lhes deixado com
muita fome.
Tal
qual Dubai, Abu Dabhi respirava modernidade, desenvolvimento e opulência. A cidade
também é apontada como a mais rica dos Emirados. As vidraças espelhadas dos
luxuosos edifícios também refletem a riqueza de um país. Apesar de Dubai ser
bem mais famosa, é em Abu Dabhi que fica o centro do poder político dos
Emirados Árabes. Lá também está localizada a maioria das companhias
petrolíferas. A cidade também é uma referência em termos de cultura. O charme
da cidade foi ter preservado lado a lado, tradição e modernidade. Velhas
mesquitas convivem harmoniosamente com edifícios ultramodernos.
No
sábado, Hayako aproveitou para ver o treino classificatório para o GP de Abu
Dabhi, pela enorme TV do quarto do hotel em que estava hospedado. Que país
levantaria o troféu de campeão: A Alemanha, de Nico Rosberg, ou a Inglaterra,
de Lewis Hamilton? Essa era a pergunta que os fãs de Fórmula 1 se faziam pelo
mundo inteiro. O repórter da TV local entrevistava os pilotos a fim de saber a
opinião deles sobre quem levaria o título. A maioria deles apostava em Hamilton,
outros ainda contavam com os imprevistos e previam vitória de Rosberg,
principalmente, após a pitada de pimenta proporcionada pela pontuação dobrada.
A vitória valeria 50 pontos, o triplo da diferença de 17 pontos que separavam
os dois pilotos da mesma equipe.
No
treino classificatório do sábado, Nico Rosberg levou a melhor, conseguindo a
pole position. Hamilton não foi bem nos treinos e ganhou a segunda posição no
grid de largada.
III – A corrida
No domingo (23), logo após o almoço o amigo
de Hayako, que estava hospedado no mesmo hotel que ele, bateu a sua porta,
chamando-o para, finalmente, irem ao evento tão esperado: A decisão do Grande
Prêmio de Fórmula 1, na terra dos Sheiks. Quando chegaram ao moderno autódromo
— aliás, como tudo nos Emirados — o local já estava repleto de pessoas. Procuraram
os seus lugares e ficaram conversando sobre as emoções da temporada de 2014. A disputa,
por vezes dura a acirrada, entre Hamilton e Rosberg dera o tom do campeonato. Os
dois amigos haviam se desentendido, mas depois, por bem do esporte, souberam
controlar os seus ímpetos.
O mundo do esporte também viu o renascimento
do brasileiro Felipe Massa, da Williams. Massa havia defendido por oito anos a
equipe Ferrari Apesar de ser muito querido dentro da escuderia italiana, havia
enfrentando problemas que o deixaram, emocionalmente, abalado. Quando o
brasileiro deixara a Ferrari, muitos deram por certo o fim de sua carreira,
porém, Felipe Massa foi para a Williams e, surpreendendo a todos, reviveu,
trazendo a Willians junto com ele nesse renascimento. O campeão, Sebastian Vettel, não estava com um
bom carro esse ano e, consequentemente, não conseguiu fazer um bom campeonato.
Porém, no próximo ano, Vettel vai para a Ferrari. Por falar, em Vettel, ele
está mais do que feliz. Além de assinar contrato de três anos com a equipe
italiana, ainda receberá um gordo salário. A Ferrari pagará ao alemão, £ 150
milhões (aproximadamente R$ 600 milhões). Este salário o coloca na condição de
terceiro atleta mais bem pago do mundo. Com todas as essas novidades, o
campeonato do próximo ano promete boas emoções.
Os pilotos já estavam na pista e faziam suas
voltas de apresentação. Logo após, se posicionaram em seus lugares à espera de
autorização para a largada. Todos no autódromo prendiam a respiração. Finalmente,
foi dada a ordem para a largada. Surpreendentemente, Rosberg não largou bem e
Hamilton, como uma fera, aproveitou o momento ruim do companheiro de equipe, e
pulou do segundo para o primeiro lugar, assumindo a liderança da corrida.
Felipe Massa que havia largado em quarto,
pulou para a terceira posição, aproveitando-se também de uma largada ruim de
seu companheiro de equipe, o finlandês, Valtteri Bottas, que havia largado na
terceira posição. Troca de posição entre os pilotos da William, semelhante ao
que havia acontecido com os pilotos da Mercedes. No caso da Williams, Bottas
teve pior desempenho e caiu para a oitava posição.
Os pilotos, que estavam com pneus
supermacios, não demoraram a parar nos boxes para trocá-los. Hamilton somente
parou para fazer a troca de pneus na décima primeira volta. Nesse momento tinha
dois segundos de vantagem sobre Rosberg. Nesse ínterim, Massa assumiu a
liderança até a décima quarta volta. Quando voltou à pista, estava em terceiro
lugar, atrás do líder Hamilton, e de Rosberg.
Rosberg — que vinha torcendo para que
Hamilton tivesse problemas no carro, tendo assumido, durante o GP do Brasil,
torcida para Felipe Massa andar mais rápido em Abu Dabhi, a fim de complicar a
vida do piloto inglês — provou, de seu próprio veneno. O carro dele começou a
apresentar problemas na vigésima quinta volta. Através do rádio, ele avisou aos
mecânicos, nos boxes, que o carro estava perdendo potência. Retornando a
comunicação do alemão, a equipe informou que ele realmente estava com problemas
nos motores. A partir daí, Rosberg começou a fazer voltas mais lentas,
distanciando-se de Hamilton e permitindo a aproximação do brasileiro, Felipe
Massa. Massa conseguiu ultrapassar o alemão na vigésima sétima volta. Lá na
frente, Hamilton sentia-se cada vez mais perto do título. Porém, Felpe Massa
começava a se aproximar cada vez mais de Hamilton. Informado pelo rádio desse
detalhe, o inglês respondeu a equipe: “Não estou correndo contra o Massa”.
A partir daí, a única chance de Nico Rosberg conquistar
o título, era se Hamilton abandonasse a corrida, mas isso parecia uma
possibilidade improvável. Na trigésima quarta volta, demorou tempo demais na
segunda troca de pneus, e caiu para a sétima posição. Aí, nem se Hamilton
abandonasse a corrida ele seria campeão. Mesmo assim, Rosberg mostrava a força
dos fortes: mesmo com o carro em péssimas condições, ele insistia em se manter
na pista, na tentativa de levar o carro até o fim da corrida. A Williams ainda
fez uma troca de pneus de Massa. O brasileiro, em segundo lugar, saiu à caça de
Hamilton, mas o inglês acelerou e conseguiu manter-se na liderança.
Na penúltima volta, vendo que Rosberg não
teria mais condições de continuar na corrida a equipe pediu a ele que
abandonasse a prova e ele disse que não, que queria terminar a corrida. Neste momento,
o alemão mostrou a grandeza dos campeões, e o mostrou o porquê de ter sido um
dos favoritos ao título. Veio à bandeirada final e com ela o bicampeonato do
inglês Lewis Hamilton. Logo após a vitória alguém lhe entregou uma bandeira da Inglaterra
e Hamilton — repetindo o gesto de seu ídolo, Ayrton Senna, que após as vitórias,
desfilava com a bandeira brasileira — deu uma volta no circuito com a bandeira
inglesa. No pódio, Hamilton, ao tomar um banho de champagne, parecia também
lavar a alma de tanta felicidade. Completando o pódio também, radiantes de felicidade
estavam os companheiros de Williams: Felipe Massa, em segundo e Valtteri
Bottas, em terceiro.
***
Ao sair do circuito, Hayako também parecia
renovado, pela emocionante corrida que acabara de assistir e pelos dias maravilhosos
que passara nos Emirados Árabes. Agora, era necessário voltar para sua terra, o
Japão, e seguir normalmente a vida.
Postar um comentário