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PT e PMDB: Um casamento que acabou em separação traumática
Posted by Cottidianos
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00:32
Quinta-feira,
12 de maio
“Veio feito nuvem numa ventania
Cheia
de paixão, tarde de verão, chovia
Entrou
pelos meus olhos, sutil e tão fugaz
Fera
fugitiva numa tentativa de paz”
(Chuvas de Verão – José Augusto)
Já
se faz por demais longa a sessão que decidirá pelo afastamento da presidente
Dilma no Senado. A previsão é de que o veredicto dos senadores somente seja
conhecida na manhã desta quinta-feira (12).
Há
cinco anos, PT e PMDB, iniciaram um namoro que terminou em casamento. Para celebrar a cerimônia
de união, os dois fizeram juras de amor eterno, e comemoraram com um belo e
gostoso bolo, digno da ocasião e do amor que celebravam.
Mas
não há casamento sem amor que dure muito, mesmo com bolos decorados e juras de
amor. Hoje aquela a quem o PMDB chamava de amada, é chamada de mentirosa, e
aquele a quem o PMDB chamava de amado, hoje é chamado de traidor. Assim é o
amor e a fidelidade entre os políticos: fugaz como os cometas brilhantes, e
suas alianças são tão duradouras quanto fogo de palha.
Abaixo
compartilho uma postagem pequena, mas bastante significativa para o momento
atual, publicada no jornal Folha de São Paulo, desta quarta (11).
***
Há
cinco anos, PT e PMDB celebravam aliança com bolo de casamento
PAULA REVERBEL
Há cinco anos, o petista Ricardo Berzoini e
os peemedebistas Henrique Eduardo Alves e Marcelo Castro, todos ex-colegas de
Esplanada do governo de Dilma Rousseff, repartiram um bolo para celebrar a
aliança PT-PMDB.
Como
os bolos de casamento, o doce comemorativo tinha mais de um andar, enfeites nas
bordas e bonecos dos dois parceiros unidos –Dilma e o vice, Michel Temer. Os
símbolos das duas legendas foram estampadas por cima do glacê junto com a frase
"amor à 15ª vista".
Hoje
fora do governo, Alves integra a extensa lista de ex-aliados de Dilma. O
ex-ministro do Turismo foi o primeiro a entregar o cargo após a debandada do
PMDB.
Já
Castro, que ocupou a Saúde, permaneceu amigo da petista. Pediu licença do
ministério para retornar ao mandato de deputado federal pelo Piauí e votar
contra o impeachment na Câmara. Se demitiu apenas no final de abril, diante de
pressões da direção do PMDB.
O
petista Berzoini ainda é ministro-chefe da Secretaria de Governo da
Presidência, mas está com os dias no cargo contados. Temer deve assumir
interinamente a presidência nesta quinta-feira (12) e terá o poder de nomear o
primeiro escalão do governo.
Na
ocasião do bolo, estavam presentes também os deputados Paulo Teixeira (PT-SP),
que votou contra o impeachment, e Aníbal Gomes (PMDB-CE), que faltou na
votação.
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