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Ministro Joaquim Levy anuncia aumento de impostos para elevar a arrecadação
Posted by Cottidianos
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01:23
Terça-feira,
20 de janeiro
Abaixo
compartilho matéria publicada no site do jornal El Pais Brasil, sobre o novo
pacote de medidas econômicas anunciadas pelo Ministro Joaquim Levy.
***
Governo sobe impostos para arrecadar 20 bilhões de reais
HELOÍSA
MENDONÇA
- São Paulo
Com
o objetivo de aumentar a confiança dos investidores na economia brasileira e
reforçar a receita do Governo, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou na
noite desta segunda-feira quatro medidas que envolvem a cobrança de tributos na
tentativa de aumentar a arrecadação do país em 20,63 bilhões de reais neste
ano. Todas as medidas fazem parte do esforço do governo para ajustar as contas
públicas "com o menor sacrifício possível", segundo o ministro.
Entre
as principais mudanças está a elevação das alíquotas de PIS/Confins e Cide
sobre os combustíveis. O aumento conjugado das duas alíquotas responde por uma
alta de 22 centavos para a gasolina e de 15 centavos para o diesel. De acordo
com Levy, isso não significa que o preço do combustível aumentará na bomba, já
que essa definição é de competência da Petrobras. “Não tenho envolvimento na
política de preços da Petrobras. Se o preço da gasolina se mantiver, se
adiciona 22 centavos ao preço”, explicou o ministro. O governo espera obter
12,2 bilhões com a alta, que entrará em vigor em 1º de fevereiro.
Teoricamente,
a estatal poderia reduzir os preços nas refinarias para absorver o aumento dos
impostos. Atualmente, tanto a gasolina como o diesel estão acima do preço
internacional do petróleo. Em novembro, quando o preço da commodity já havia
despencado mundialmente, a estatal aumentou os combustíveis nas refinarias.
Outro
anúncio foi o do aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre
todas as operações de crédito ao consumidor, inclusive o crédito imobiliário. O
imposto passa de 1,5% para 3%, alíquota que estava em vigor em 2011. Levy
esclareceu ainda que o IOF se aplica em empréstimos até 365 dias e que a
alíquota de 0,38% por operação foi mantida.
As
outras medidas foram: ajuste da alíquota do PIS/Cofins sobre a importação, de
9,25% para 11,75%, e a equiparação do atacadista ao industrial no setor de
cosméticos para aplicar o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).
Levy
explicou que a alta sobre os produtos importados foi necessária para corrigir a
distorção provocada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que eliminou o Imposto
sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da base de cálculo do
PIS/Confins das mercadorias importadas. “ Com a decisão do STF, o produto
importado pagava menos alíquota que o produto nacional”, afirmou.
Já
sobre os cosméticos, Levy destacou que a equiparação da cobrança de IPI dos
setores faz que a tributação seja mais homogênea e evite acúmulo em algumas das
pontas”. Ainda conforme o ministro, a medida terá pequeno efeito arrecadatório.
"No
conjunto [das medidas], o efeito é aumentar a confiança, a disposição das
pessoas em investir, tomar riscos, de o empresário começar a pensar em novas
coisas. Isso reflete nos indicadores financeiros", destacou o ministro da
Fazenda.
No
seu discurso de posse no início do mês, Levy já havia anunciado medidas para
ajustar as contas públicas, que tiveram grande deterioração no ano passado. Ele
já havia sinalizado que haveria alta de tributos, mas prometeu "não
ofender direitos sociais".
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