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Dilma Rousseff assume, oficialmente, o comando do Brasil por mais quatro anos
Posted by Cottidianos
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Sábado,
03 de janeiro
No
primeiro dia do ano de 2015, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, Dilma
Rousseff, assumiu, oficialmente, na presença de autoridades brasileiras e
estrangeiras, o segundo mandato à frente da Presidência do Brasil. Ela
comandará o Brasil por mais quatro anos.
Fazia
muito calor na capital Federal, mesmo assim, cerca de 40 mil pessoas
acompanharam a cerimônia de posse, segundo dados divulgados pela assessoria de
comunicação da Polícia Militar do Distrito Federal. Essa multidão, formada por
pessoas de Brasília e de várias partes do país, era, em sua maioria formada por
servidores públicos, militantes do PT (Partido dos Trabalhadores), integrantes
de centrais sindicais.
Dilma
Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB), respectivamente, presidente e
vice-presidente do Brasil, foram empossados no Congresso Nacional. Segundo a
Polícia Militar, não houve confusões durante a festa, mas houve protestos
contra a corrupção por parte de várias pessoas, mas nada que chegasse a
atrapalhar a cerimônia de posse.
O
discurso da presidente esteve recheado de erros e acertos. Um desses erros é
dizer que o país não vive crises institucionais. “Nunca o Brasil viveu um período
tão longo sem crises institucionais”. Ora, sabemos que faz algum tempo
que o país vive mergulhado em escândalos de corrupção envolvendo políticos e
servidores públicos de diversos escalões do governo, e também empresas públicas
e privadas. Em relação aos recentes escândalos envolvendo a Petrobrás, a
presidente disse: “Temos muitos motivos para preservar e defender a Petrobras de
predadores internos e de seus inimigos externos”. Sinceramente,
gostaria de saber a quem, especificamente, a presidente se referia. Quem são
esses predadores internos e esses inimigos externos da Petrobrás? Isso ela não
disse.
Em
relação ao lema para a continuação do governo petista, a presidente disse: “Gostaria
de anunciar agora o novo lema do meu governo. Ele é simples, é direto e é
mobilizador. Reflete com clareza qual será a nossa grande prioridade e sinaliza
para qual setor deve convergir o esforço de todas as áreas do governo. Nosso
lema será: BRASIL, PÁTRIA EDUCADORA”! Por Deus, como eu gostaria de
acreditar nessas palavras, mas quando vejo professores mal remunerados, escolas
sucateadas e um sistema de ensino público que, na maioria dos estados
brasileiros, vai de mal a pior, penso que essas palavras são apenas palavras
bonitas para enfeitar discurso presidencial, coisas de oratória e nada mais.
Um
dos acertos que embasam o discurso da presidente reeleita é sobre o Marco Civil
da Internet. “Em 2014, em um esforço
conjunto com este Congresso Nacional, demos ao Brasil uma das legislações mais
modernas do mundo na área da internet, o Marco Civil da Internet”, disse
ela.
Abaixo,
compartilho, matéria publicada no site do Uol notícias, que mostra algumas
contradições no discurso de Dilma.
***
Não é bem assim: veja as imprecisões do discurso de posse de Dilma
Márcio
Padrão
Do UOL, em São Paulo
A
presidente Dilma Rousseff (PT) tomou posse para o seu segundo mandato nesta
quinta-feira (1) com um discurso com ênfase no reforço à educação e reiterou o
combate à corrupção, conforme havia prometido desde o resultado das eleições,
em outubro.
Como
esperado, o discurso também recuperou algumas das realizações de seu primeiro
governo em diversas áreas. No entanto, alguns dados expostos pela presidente
não condizem exatamente com a realidade. Veja alguns deles.
Extrema pobreza
"Resgatamos
36 milhões da extrema pobreza e 22 milhões apenas em meu primeiro governo"
Esses
números não são novos em discursos de Dilma; foram citados por ela na abertura
da Copa do Mundo e na Assembleia da ONU, no ano passado. Estes números são
referentes às pessoas atendidas pelos programas sociais dos 12 últimos anos de
governos petistas, principalmente o Bolsa-Família. No entanto, reportagem da
"Folha de S. Paulo" mostra dados do Ipea (Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada) que falam em apenas 8,4 milhões que deixaram de ser
miseráveis entre 2002 e 2012.
Salário mínimo
"Nunca
o salário mínimo e os demais salários se valorizaram por tanto tempo e com
tanto vigor"
Atualmente
o salário mínimo brasileiro vale R$ 724 e passará a R$ 788 a partir deste mês.
Segundo dados do Ministério do Trabalho e IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística), o mínimo teve uma alta de 1.017% de 1994 a 2014. No
mesmo período, o indicador oficial de inflação, o IPCA (Índice de preços ao
Consumidor Amplo) subiu 362%. O resultado foi um aumento real de 142% no
salário mínimo em 20 anos. Porém, o salário mínimo no país foi oficializado em
1934 e já valeu mais no governo de Juscelino Kubitschek; em 1959, valia 6.000
cruzeiros, o equivalente a R$ 1.521,08 com correção monetária do IGP-DI (índice
Geral de Preços - Disponibilidade Interna).
Minha Casa Minha Vida
"Com
a terceira fase do Minha Casa, Minha Vida contrataremos mais 3 milhões de novas
moradias, que se somam aos 2 milhões de moradias entregues até 2014 e às 1
milhão e 750 mil moradias que estão em construção e que serão entregues neste
segundo mandato"
Segundo
dados do próprio governo, as duas fases do programa habitacional do governo já
entregaram, até o momento, apenas 1,72 milhão de casas populares --um
"arredondamento" de cerca de 300 mil moradias-- e contrataram mais
1,7 milhão.
Desmatamento na Amazônia
"Investimos
muito e em todo o país sem abdicar, um só momento, do nosso compromisso com a
sustentabilidade ambiental (...) alcançamos, nos quatro anos de meu primeiro
mandato, as quatro menores taxas de desmatamento da Amazônia"
De
fato, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) aponta que nos quatro
últimos anos do governo Dilma, os índices de desmatamento da Amazônia Legal
foram os menores em quilômetros quadrados desde 2004: 6.418 km² em 2011,
4.571 km² em 2012, 5.891 km² em 2013 e 4.848
km² em 2014. Porém, em taxas relativas, houve um crescimento de 29% entre
agosto de 2012 e julho de 2013 em relação ao mesmo período no ano anterior.
Internet
"O
Brasil é hoje o 3º maior usuário de internet"
A
informação estaria errada de acordo com duas fontes. O site Internet World Stats,
que usa diversas informações, como a consultoria Nielsen e a União
Internacional de Telecomunicações, coloca o Brasil em quarto lugar em número de
usuários de internet. A China lidera, seguida de EUA e Índia. Já o Internet
Live Stats, reconhecido pelo consórcio World Wide web (W3C), que define
parâmetros para o uso da rede, lista o Brasil em quinto lugar, atrás de Japão,
Índia, EUA e China.
PAC
"Desde
2007, foram duas edições do Programa de Aceleração do Crescimento - o PAC-1 e o
PAC-2 -, que totalizaram cerca de R$ 1 trilhão e 600 bilhões em investimentos
em milhares de kms de rodovias, ferrovias; em obras nos portos, nos terminais
hidroviários e nos aeroportos"
O
PAC 1 teve investimentos na ordem de R$ 503 bilhões, enquanto o PAC 2 já custou
R$ 1,1 trilhão. No total, as duas fases do programa já totalizaram R$ 1,6
trilhão. No entanto, o governo considerou investimentos previstos, e ainda não
realizados, em rodovias concedidas e o empréstimo privado em financiamento à
compra da casa própria na conta de obras encerradas. Além disso, há obras do
primeiro PAC --lançado pelo governo Lula-- que ainda estão sendo executadas.
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