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Horror na França
Posted by Cottidianos
on
14:15
Quarta-feira,
07 de janeiro
Um
ataque contra a liberdade de expressão.
Um
atentado contra a vida humana.
Sem
palavras ante a barbárie, apenas compartilho com vocês, matéria publicada no
site do Globo.com
***
Ataque
em sede de revista em Paris deixa mortos
Polícia
francesa disse que pelo menos 12 pessoas morreram.
Alvo
foi sede de revista satírica que já foi atacada por muçulmanos.
Pelo
menos 12 pessoas morreram em um tiroteio em Paris nesta quarta-feira (7). O
crime aconteceu no escritório da revista satírica "Charlie Hebdo",
que já havia sido alvo de uma ataque no passado após publicar uma caricatura do
profeta Maomé, o que irritou os muçulmanos.
Entre
os mortos estão dois policiais e 10 funcionários da revista. Fontes judiciais
ouvidas pela France Presse confirmaram a morte de 4 importantes cartunistas
franceses no ataque: Wolinski, Charb, Cabu e Tignous. A agência Reuters,
citando a polícia, diz que outras 10 pessoas ficaram feridas, cinco em estado
crítico.
Segundo
fontes policiais, os autores do ataque gritaram "Vingamos o
Profeta!", em referência a Maomé, alvo de uma charge publicada há alguns
anos pela revista, o que provocou revolta no mundo muçulmano.
Segundo o jornal “The Guardian”, Rocco
Contento, porta-voz do sindicato dos policiais local, disse aos jornalistas que
três suspeitos fugiram em um carro dirigido por um quarto homem. O veículo
seguiu no sentido de Port de Pantin, onde o veículo foi abandonado e os
suspeitos roubaram um segundo carro, no qual continuaram fugindo.
O
número de suspeitos envolvidos no crime ainda é incerto e não foi confirmado
pela polícia. Eles ainda são procurados e são perigosos, segundo as
autoridades.
O
presidente francês, François Hollande, acrescentou que "40 foram
salvas". Ele classificou o caso como um "ataque terrorista", e
disse que a França está em estado de choque. Os autores do ataque são
procurados pela polícia.
Hollande
reconheceu que o governo sabia que a França "estava ameaçada, como outros
países do mundo", e afirmou que "foram desbaratados vários atentados
terroristas nas últimas semanas".
Uma
reunião emergêncial do gabinete da presidência foi convocada para as 14h locais
(11h de Brasília). Após o ataque, a França elevou para o nível máximo o nível
do alerta terrorista em Paris.
“Cerca
de meia hora atrás dois homens usando capuz escuro entraram no prédio com duas
armas”, disse a testemunha Benoit Bringer à rádio France Info. “Alguns minutos
depois nós ouvimos os barulhos dos disparos”. Ele acrescentou que os homens
foram vistos deixando o prédio.
Ao
abandonar o prédio, os agressores atiraram contra um policial, atacaram um
motorista e atropelaram um pedestre com o carro roubado.
"Ouvi
disparos, vi pessoas encapuzadas que fugiram em um carro. Eram pelo menos
cinco", declarou à AFP Michel Goldenberg, que tem um escritório vizinho na
rua Nicolas Apert, onde fica a sede da revista.
Revista
A
sede da revista foi alvo de um ataque a bomba em novembro de 2011 após colocar
uma imagem satírica do profeta Maomé em sua capa.
Coincidência
ou não, a Charlie Hebdo fez a divulgação em sua edição desta quarta-feira do
novo romance do controvertido escritor Michel Houellebecq, um dos mais famosos
autores franceses no exterior. A obra de ficção política fala de uma França
islamizada em 2022, depois da eleição de um presidente da República muçulmano.
"As
previsões do mago Houellebecq: em 2015, perco meus dentes... Em 2022, faço o
Ramadã!", ironiza a publicação junto a uma charge de Houellebecq.
A
revista de humor tem sido ameaçada desde que publicou charges do profeta Maomé
em 2006.
Em
novembro de 2011, a sede da publicação foi destruída por um ataque criminoso,
já definido como atentado pelo governo na época.
Em
2013, um homem de 24 anos foi condenado à prisão com sursis por ter pedido na
internet que o diretor da revista fosse decapitado por causa da publicação das
caricaturas do profeta muçulmano.
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