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Eram apenas charges...
Posted by Cottidianos
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22:34
Terça-feira,
07 de janeiro
“Nós
vingamos o profeta”, disseram eles. Mas de que profeta eles falavam? Pelo que
sei, os profetas de verdade sempre pregaram a paz e o amor. Também é papel do
profeta de verdade lutar contra as injustiças e denunciá-las. Nunca, porém, é
papel do profeta matar inocentes. Certamente, esses bárbaros não falavam em
nome do Islã. Deviam estar possuídos por profecias do mal.
Neste
07 de janeiro de 2015: o 11 de setembro
da França, compartilho notas emitidas pela Presidência da República e por órgãos
de imprensa brasileiros sobre o ataque terrorista a revista francesa Charlie
Hebdo, vitimando grandes nomes do jornalismo na França.
***
Associação
Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão
A
Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) repudia
veementemente o ataque covarde à revista francesa Charlie Hebdo, ocorrido nesta
quarta-feira (7), em Paris.
O
massacre atinge a França, o mundo e o jornalismo. É um ataque contra a liberdade
de expressão e de imprensa e à democracia.
Neste
momento de dor, a Abert se solidariza com o povo francês e com as famílias dos
jornalistas e policiais assassinados.
DANIEL
PIMENTEL SLAVIERO
Presidente
***
Dilma
Rousseff – Presidente do Brasil
Foi
com profundo pesar e indignação que tomei conhecimento do sangrento e
intolerável atentado terrorista ocorrido nesta quarta-feira, 7 de janeiro,
contra a sede da revista “Charlie Hebdo”, em Paris.
Esse
ato de barbárie, além das lastimáveis perdas humanas, é um inaceitável ataque a
um valor fundamental das sociedades democráticas – a liberdade de imprensa.
Nesse
momento de dor e sofrimento, desejo estender aos familiares das vítimas minhas
condolências. Quero expressar, igualmente ao Presidente Hollande e ao povo
francês a solidariedade de meu governo e da nação brasileira.
Dilma
Rousseff
Presidente
da República
***
Associação
Internacional de Radiodifusão
A
Associação Internacional de Radiodifusão (AIR) repudia e condena energicamente
o ataque criminoso contra a revista Charlie Hebdo, ocorrido hoje em Paris.
O
cruel atentado, que custou a vida de doze pessoas e deixou mais de 20 feridas,
é um ataque contra a liberdade de expressão e a democracia.
Como
estabeleceram os Relatórios sobre Liberdade de Expressão da ONU, OEA, OSCE e
CADHP na Declaração Conjunta de 25 de junho de 2012: “Os crimes contra
jornalistas e outros profissionais da imprensa não apenas representam ataques
contra as vítimas como afetam a liberdade de expressão em si mesma, pois têm um
efeito impeditivo para o livre intercâmbio de informação e ideias e atentam
contra os direitos da sociedade em geral.”
A
AIR se solidariza com o povo francês e com a família dos jornalistas e
policiais assassinados.
7
de janeiro de 2015
ALEXANDRE
K. JOBIM
Presidente
da AIR
***
Associação
Nacional de Jornais
A
Associação Nacional de Jornais condena o ataque à redação do semanário francês
Charlie Hebdo, ocorrido hoje (07/01), no qual foram assassinados pelo menos 12
pessoas, entre as quais alguns dos mais populares cartunistas e jornalistas
satíricos da França.
Trata-se
de um ato terrorista, injustificável como toda ação do gênero, que além de
tirar a vida de colaboradores de um veículo que se caracteriza por abordar a
realidade pela via do humor, claramente pretende intimidar a imprensa que não
se submete a uma visão de mundo totalitária.
Ao
expressar sua solidariedade ao Charlie Hebdo e à imprensa francesa, a ANJ
alerta a sociedade brasileira para a importância da liberdade de expressão como
instituição essencial à democracia.
***
Associação
dos Cartunistas do Brasil
Mais
uma vez estamos presenciando a barbárie na história humana com esse atentado de
fundamentalistas islâmicos à revista de sátiras Charlie Hebdo, em Paris, nesta
quarta-feira (7), matando 12 pessoas.
Entre
os mortos estão o editor e chargista Charb (Stephane Charbonnier) os desenhistas
Cabu, Tignous e o famoso cartunista Wolinski. A revista já havia sofrido um
ataque em novembro de 2011, numa tentativa dos terroristas em incendiar sua
sede.
Em
setembro de 2005 o jornal dinamarquês Jyllands-Posten publicou 12 charges que
se utilizavam da imagem do profeta Maomé, que pela fé islâmica não pode ser
representado em imagem qualquer, para atacar os radicais que se utilizam da
religião para promoverem o terrorismo no mundo. Esse acontecimento inflamou a
já difícil relação do ocidente com os povos islâmicos.
Por
mais que um veículo de mídia, e no caso de desenhistas, possam estar
desrespeitando a esses preceitos religiosos, não se justifica essa violência.
Isso é prejudicial aos próprios povos do Islã, já que o termo islã está ligado
a palavra árabe salam, que significa paz, o que indica o caráter pacífico e
tolerante da fé islâmica.
Repudiamos,
sempre, todo e qualquer modo de violência à liberdade de expressão. O
desenhista é justamente o artista que busca a defesa dos mais fracos e
oprimidos desde que as charges começaram há 200 anos. A palavra charge é
francesa, e significa carga, por ser sempre uma carga crítica aos governos e
dogmas que mancham os direitos humanos e a livre expressão. Esses mesmos
desenhistas, mortos, foram críticos em suas vidas em relação aos governos que
oprimem povos de países do terceiro mundo.
Casos
de abusos sempre devem ser resolvidos nas formas jurídicas e de manifestações
pacíficas para que o mundo saiba que somos seres humanos que se tratam como
humanos, e não como irracionais.
Esperamos
que esse triste acontecimento seja um exemplo de intolerância a ser varrido das
relações humanas para que a morte desses jornalistas e desenhistas não seja em
vão.
Estamos
em luto total.
José
Alberto Lovetro
Presidente
da Associação dos Cartunistas do Brasil – ACB
07
de janeiro de 2015
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