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Um dueto improvável nas ruas de Brasília
Posted by Cottidianos
on
20:30
Quinta-feira, 18 de
dezembro
Imagem: http://www.youtube.com/watch?v=_EaCJl3StHg |
Fiquei emocionado com a
simpatia do músico americano Steve Wonder. O cantor esteve fazendo shows em
Brasília e São Paulo, no início deste mês. Steve proporcionou aos brasileiros,
e a um especial, um encontro musical, absolutamente improvável entre um grande
astro do showbiss e um músico de rua. O encontro aconteceu em uma quadra
comercial da cidade de Brasília, no fim da tarde de domingo (8), em frente a
uma confeitaria. Em meio a uma roda de curiosos, que não conseguiam acreditar
no que ouviam, formava-se um belo dueto: No sax, João Filho, músico de rua...
Na gaita, o fenomenal... Steve Wonder. Como diz João: "As vezes, o artista
de rua está ali mostrando sua arte, tem gente que passa e finge que não
vê". Steve Wonder, acostumado a tocar em mega festivais, não apenas parou,
como também tocou em dueto, com um músico de rua, em Brasília. Valeu, Steve!
Abaixo, apresento
matéria falando desse improvável dueto, publicado no site da rádio BandNews Fm.
***
Músico de rua toca com Stevie Wonder
João Filho fez um dueto com o artista americano em Brasília
João
Filho, o músico de Brasília que ganhou fama após tocar na rua com Stevie
Wonder, parece ainda não acreditar no que viveu no último domingo (8).
Em
entrevista à apresentadora Michelle Trombelli, da "BandNews FM", ele,
que é bombeiro aposentado, disse que nunca imaginou que isso pudesse acontecer
um dia.
"Eu
estava almoçando e vi do outro lado da pista, em frente à confentaria que tem
lá, dois carros com seguranças encostando. De repente vi um cara descendo com
aquela trancinha e pensei: poxa, parece muito o Stevie Wonder", contou ele
que sabia que o ídolo tinha se apresentado no Estádio Mané Garrincha no dia
anterior.
Assim
que se certificou de que era mesmo Wonder, João tentou se aproximar. "O
segurança explicou que ele estava lanchando e que não era legal. Minha esposa
tentou o contato, o segurança falando em inglês e eu nada de inglês",
relembrou.
Mesmo
com a negativa, ele permaneceu em frente à confeitaria, onde toca saxofone na
porta para atrair os clientes.
"Minha
esposa já tinha alertado falando: toca música brasileira que ele gosta de
música brasileira. Foi quando um segurança [brasileiro] veio e falou: se tu
quiser chamar a atenção dele toca Garota de Ipanema. Quando falaram que ele
estava saindo, o coração parecia que ia sair pela boca. Foi quando ele passou
com a galera dele e sussurrou alguma coisa com o produtor. Ai ele parou e eu
gelei. Falei: poxa, ele parou, e agora? Tiramos a foto, ele continuou parado e
eu comecei a tocar Garota de Ipanema. Foi quando ele chamou a produção e pediu
para alguém buscar algo no carro dele que eu não sabia o que era, se era o
microfone. Ai ele veio com um estojo e para minha surpresa era a gaita".
João
chegou a pensar que o astro americano pediria para ele parar de tocar para
fazer uma apresentação solo, mas, diferente disso, Wonder começou a tocar com
ele. "Eu falei: gente, grava, grava que eu tenho que mostrar para a galera
porque ninguém vai acreditar".
Mesmo
concentrado, o brasileiro não conteve a emoção. "A lágrima rola, você
respira fundo e vai embora. Eu não podia perder aquela oportunidade. Foi um
sonho maravilhoso".
Quando
já estava indo embora, dentro do carro, Wonder pediu para um de seus
funcionários chamar o fã. "O produtor desceu, foi até onde eu estava e
disse que ele queria falar comigo, com a minha esposa e minha filha. Chega lá
ele pega e tira 200 dólares da carteira e me dá. Eu não acreditei, não pelo
valor, mas porque ele teve a preocupação de reconhecer aquele trabalho".
Diante
da "caixinha gorda", João quis se certificar de que era aquilo mesmo.
"Confirmei o valor porque pensei: o cara é deficiente visual e ele deve
ter pensado que puxou 10 dólares, mas ele disse que não, que era aquilo
mesmo".
Após
a experiência, João postou o vídeo do encontro no YouTube. "Vou aproveitar
isso a cada minuto e compartilhar com todas as pessoas que eu puder. Não para
causar inveja, nem nada, mas para dizer que vale a pena acreditar no
sonho".
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