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Dia Internacional da Mulher
Posted by Cottidianos
on
23:15
Terça-feira,
08 de março
Ah,
as mulheres! Por tanto tanto e por tantos séculos desempenhando papel
secundário, elas, não faz muito tem começado a assumir papel de protagonista, e
tem desempenhado muito bem esse papel. Incapazes de exercer atividades de
grande revelevo na história da humanidade e consideradas inferiores ao
homem,elas têm mostrado com sua atuação, que podem ser tão competentes e
capazes quanto os homens em qualquer atividade.
Mas,
apesar de todo avanço, a mulher ainda não conquistou ainda seu devido espaço,
principalmente no campo profissional, onde, na maioria das vezes, ainda recebem
salários inferiores ao salário dos homens, mesmo desempenhando as mesmas
funções que estes.
Em
muitos países fundamentalistas a importância atribuída as mulheres ainda remete
aos tempos medievais.
A todas
as mulheres, FELIZ DIA INTERNACIONAL DA MULHER!
Faço
votos de que vocês continuem, cada vez mais, ocupando o espaço que lhes é
devido e merecido, na família, no trabalho, na sociedade.
Abaixo,
compartilho um texto de Vinícius Lena publicado no jornal Nova Fronteira.
***
Dia
internacional da mulher
Desde
os primórdios da história da humanidade, em todos os núcleos populacionais, em
todas as religiões, em todas as civilizações, em todos os impérios a mulher
sempre foi considerada um ser humano inferior. Na chamada civilização ocidental
que se inicia na Grécia, 1000 anos A.C., embora admitissem e adorassem figuras
femininas como deusas: Atena, Ceres, Diana, Afrodite e tantas outras, a mulher
tinha um lugar secundário na sociedade grega. Aristóteles dizia: “A mulher pode
ser considerada um homem inferior”.
Na
Roma antiga apenas as Matronas do Patriciado Romano, gozavam de certa regalia,
embora forma limitada. A mulher da plebe, assim como a escrava, era considerada
apenas objeto disponível ao usufruto do homem.
As
religiões ao longo dos séculos sempre foram rigorosas em sua discriminação
contra a mulher. Todas elas faziam de sua sujeição ao homem um artigo de fé,
baseadas em sua suposta inferioridade natas. O Antigo Testamento a apresenta
como um instrumento de tentação, levada a induzir o homem ao pecado por sua
natureza ‘perversa’. No Novo Testamento, o apóstolo Paulo escreve em sua
Epístola aos Efésio: “As mulheres sejam submissas aos seus maridos. As mulheres
devem permanecer caladas em todas as reuniões públicas”. Por sua vez o Alcorão
proclama: “Os homens têm autoridade sobre as mulheres pelo que Deus os fez
superiores a elas”. Na lei corâmica os direitos hereditários da mulher
equivalem a metade dos direitos de homem, e diante dos tribunais o testamento
de um homem vale o de duas mulheres.
Na
Idade Média, então, a mulher foi levada pela religião dominante de então, o
cristianismo, à condição de bruxa, feiticeira e fonte de todo o mal. Milhares
foram levadas vivas à fogueira. Somente no século XVIII, com o Iluminismo
surgido na França, foi que o quadro começou a mudar. Entretanto decorreria mais
um século para que elas começassem a ser reconhecidas, não apenas como
escravas, objeto de uso pessoal dos homens como seres inferiores. Eis que ainda em 1857 elas eram queimadas
vivas, como ocorreu no dia 8 de Março daquele ano, quando um grupo de 130
operárias de uma fábrica de tecidos em Nova York, por terem entrado em greve
reivindicando melhores salários e redução do horário de trabalho de 16 para 10
horas por dia, foram fechadas na fábrica e esta incendiada.
Este
fato, embora na época tenha provocado algum constrangimento em alguns círculos,
foi votado ao esquecimento até 1903 quando um grupo de profissionais liberais
americanos fundou a Women’s Trade Union League, uma associação com finalidade
de ajudar as trabalhadoras a exigirem melhores condições de trabalho. E
finalmente em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na
Dinamarca, foi decidido comemorar o 8 de Março – data do massacre de Nova York
– consagrando-o como Dia Internacional da Mulher.
Contudo,
o certo é que esta simples leizinha comemorativa não resolveria a questão
contra a mulher, pois elas continuaram, pelos séculos afora sofrendo em alguns tipo
de discriminação na sociedade em que viviam. No Brasil, por exemplo, o problema
era tão drástico e comum, que foi preciso aprovar-se uma lei específica – a Lei Maria da Penha – que se comemora a 22 de setembro – que rege o assunto e prevê detenção de até 6 anos
aos infratores.
Por
isso o Dia 8 de Março, não deve passar em branco, pois esse Ser Humano a quem
tanto deve a humanidade, que toda e qualquer manifestação, pública ou privada
que se realizar, será pelo menos um indicativo que hoje em dia, elas possuem
uma lei que as protege e nem as recomendações do Apóstolo Paulo, em sua Carta
aos Efésio, tem mais validade.
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