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Anúncio do nome do novo presidente da Petrobras, Aldemir Blendine, desagrada mercados
Posted by Cottidianos
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00:47
Sábado,
07 de fevereiro
Enfim,
foi escolhido o nome novo no comando da Petrobras: Aldemir Bendine. Para a
oposição, um improviso do governo. Para o mercado, alguém sem a menor
experiência com Petróleo. O fato é que o nome de Bendine não foi bem recebido, nem no
Brasil, nem no exterior.
Abaixo,
compartilho comentário do jornalista Kennedy Alencar, publicado no Blog doKennedy.
***
Bendine
na Petrobras é erro estratégico de Dilma
KENNEDY ALENCAR
São Paulo
A
presidente Dilma Rousseff cometeu um erro estratégico ao indicar Aldemir
Bendine para a presidência da Petrobras, a maior empresa do país.
Bendine,
presidente do Banco do Brasil, é visto pelo mercado como alguém que não tem a
qualificação profissional necessária para a tarefa. Também representaria a
continuidade de eventuais intervenções políticas e econômicas na empresa.
Fracassaram
as sondagens do governo para atrair um executivo de peso para a Petrobras.
Dilma
achava ideal, por exemplo, o perfil do presidente da Vale, Murilo Ferreira. Mas
ele toca um gigantesco plano de investimentos na Vale e já tinha compromissos
profissionais assumidos.
A
opção por Bendine é evidência do isolamento político do governo. Ele foi
indicado por completa falta de alternativa. A reação inicial do mercado,
bastante negativa, sinaliza tempos ruins para a Petrobras e os acionistas.
Teria
sido melhor indicar o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, para o posto. Com
respeitável currículo acadêmico e conhecimento da economia mundial, seria uma
solução menos ruim. Ainda que fosse visto como uma solução temporária e
provocasse reação negativa no mercado, Coutinho teria menos potencial de dano
para a companhia.
A
presidente desejava repetir na Petrobras a estratégia que deu certo com Joaquim
Levy no Ministério da Fazenda: indicar alguém que surpreendesse positivamente o
mercado. Surpreendeu, mas negativamente.
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