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Justiça libera 2ª cota do volume morto do Cantareira
Posted by Cottidianos
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01:32
Sexta-feira,
17 de outubro
O estado
de São Paulo sofre uma seca sem precedentes. As fontes hídricas podem ficar completamente
secas já no próximo mês. 13, 7 bilhões de pessoas em 68 municípios e na
capital, São Paulo, já sentem os efeitos da seca que se anuncia grave. Desses 68
municípios, um está em estado de calamidade pública, três já adotaram situação
de emergência e 38 estão racionando água. Grandes cidades do interior sofrem
com o problema, mas teimam em não fazer racionamento de água. Ou seja, não é a
população que quer assim, mas os governantes, que tem medo de tomar medidas impopulares,
principalmente em época de eleição. Ou seja, o egoísmo fala mais alto que o bom
senso. Terminou as eleições para o governo do estado, no domingo, dia 05 de
outubro. Geraldo Alckmin foi reeleito. Antes disso, da eleição, não havia falta
d’água. No dia seguinte, segunda-feira (06), começou a faltar água em bairros
da região do Ouro Verde, contou-me um taxista que mora na região. É ou não é de
estranhar? Há ou não há interesses eleitoreiros por trás disso?
Ontem
pela manhã, surpreendi-me, ao ver declarações de Alckmin na TV, dizendo que não
havia com o que a população se preocupar, pois no estado não faltaria água.
Deus do céu, só ele não vê que os rios estão secando dia a dia, e que é preciso
medidas preventivas urgentes. Será que as autoridades vão esperar acabar a
última gota d’água para tomarem as medidas necessárias? Pode ser, mas então
será tarde demais.
A
eleição para o governo do estado de São Paulo, já recebeu um ponto final, mas
as eleições para presidente, ainda não. Aécio ainda está aí firme e forte e o
PSDB de Alckmin e Aécio, também. Porém, não nos esqueçamos de que, apesar do
PSDB de Aécio ou do PT de Dilma, há vidas em jogos, milhões de vidas nos reinos
animal e vegetal. Senhores governantes, não maltratem ainda mais essa vidas,
nossas vidas.
Abaixo,
compartilho matéria do site UOL notícias.
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Justiça
libera 2ª cota do volume morto do Cantareira
O
presidente do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), Fábio Prieto,
suspendeu nesta quinta-feira (16), a liminar que determinava a revisão da
quantidade de água retirada do Sistema Cantareira e proibia a captação da
segunda cota do volume morto do manancial pela Sabesp (Companhia de Saneamento
Básico do Estado de São Paulo) para abastecer a Grande São Paulo.
A
suspensão da medida foi solicitada pela Sabesp, pelo DAEE (Departamento de
Águas e Energia Elétrica de São Paulo), órgão regulador do sistema, e pelo
governo Geraldo Alckmin (PSDB), que contam com os 106 bilhões de litros da
segunda reserva profunda das represas para manter o abastecimento da Região
Metropolitana de São Paulo até março de 2015 sem decretar racionamento oficial.
A
liminar havia sido concedida no dia 9 de outubro pelo juiz Miguel Florestano
Neto, da 3ª Vara Federal em Piracicaba a pedido dos Ministérios Públicos
Federal e Estadual. O magistrado havia determinado que a primeira cota do
volume morto do Cantareira deveria durar até o dia 30 de novembro. A Sabesp,
porém, prevê que essa reserva, hoje de 40 bilhões de litros, se esgote no
início do próximo mês.
Na
decisão que derruba a liminar, o desembargador federal Fábio Prieto afirma que
a suspensão da liminar é uma medida excepcional, cabível "em caso de
manifesto interesse público ou de flagrante ilegitimidade, e para evitar grave
lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas".
Prieto
justifica que a liminar "potencializa grave lesão à ordem e ao interesse
público" e que a fundamentação do juiz de Piracicaba "tem caráter
eminentemente local". Ele citou como exemplo a decisão proferida no dia 28
de agosto, em que, pelo mesmo fundamento, a pedido da União, determinou a
suspensão de uma liminar também concedida a partir de uma ação civil pública
que determinava a paralisação das atividades da Usina Hidrelétrica de Ilha
Solteira.
Ele
ressaltou que as decisões estão alinhadas com a jurisprudência do TRF-3, que
tem vetado o processamento de ações civis públicas fundadas em perspectiva
localista, direcionadas a juízos incompetentes.
***
Apresento
também, alguns questionamentos acerca do chamado “volume morto”, extraído do
site Globo.com
O que é?
O
volume morto é um reservatório com 400 milhões de metros cúbicos de água
situado abaixo das comportas das represas do Sistema Cantareira. Conhecida
também como reserva técnica, essa água nunca foi utilizada para atender a
população.
Por que usar essa água?
A
Região Metropolitana de São Paulo enfrenta uma crise de abastecimento por causa
da falta de chuvas e dos consequentes recordes de queda no nível do Cantareira.
O governo do estado tentou fazer desvios para usar a água de outras represas,
mas essas manobras não foram suficientes para atender toda a população da
Grande São Paulo. Após o nível do sistema atingir um patamar preocupante, a
Sabesp começou a fazer obras para conseguir bombear a água do volume morto.
Por que o nível do reservatório ficou
tão baixo?
Segundo
o governo paulista, o mês de janeiro teve apenas 87,8 milímetros de chuva, o
pior índice em 84 anos – a média histórica é de 260 milímetros. Para a
oposição, a falta de investimentos na ampliação do Cantareira provocou o atual
colapso.
Que investimento foi feito para retirar
o volume morto?
Orçada
em R$ 80 milhões, a obra da Sabesp inclui 3 km de tubulações e sete bombas
flutuantes para tornar útil a reserva de 400 milhões de metros cúbicos de água
que fica abaixo do nível das comportas.
Por que a reserva nunca foi usada?
O
volume morto nunca foi utilizado porque o sistema de bombeamento não chegava a
uma profundidade tão grande. Desde 17 de março, porém, a Sabesp começou um
serviço emergencial para retirar essa água. As obras ficaram prontas nesta
quinta-feira.
Quantas pessoas o Cantareira abastece?
O
sistema atende uma população de 8,45 milhões de pessoas na capital paulista e
Região Metropolitana. Mais 1,41 milhão de pessoas que não são abastecidas pela
Sabesp também recebem água da represa.
Qual será a nova capacidade do
Cantareira?
Com
o uso do volume morto, a quantidade de água será suficiente para elevar o nível
do sistema em mais de 18%, segundo estimam os técnicos da Sabesp. No fundo do
reservatório, restariam sem uso outros 10% do volume morto.
Quanto tempo dura o volume morto?
Com
essa reserva técnica, a Grande São Paulo terá abastecimento garantido até, pelo
menos, novembro, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA).
Essa água é boa para consumo?
Especialistas
dizem que o volume morto pode estar contaminado, inclusive com metais pesados,
sendo impróprio para beber. Já o governo paulista afirma que foram feitos
testes que comprovaram a qualidade desse recurso.
A conta de água ficará mais cara?
O
consumidor que gastar acima da média mensal pagará 30% a mais, segundo proposta
do governo paulista que deve ser regulamentada pela Agência Reguladora de
Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp). Ainda não há previsão
para o início da cobrança. Já os consumidores de 31 cidades da Região
Metropolitana atendidas pela Sabesp que conseguirem economizar 20% receberão um
desconto de 30% na conta.
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