0
Voto manual em 2016: Retrocesso?
Posted by Cottidianos
on
19:51
Segunda-feira, 30 de novembro
Surpresa.
Este foi o sentimento que me tomou
quando soube da notícia de que as eleições municipais de 2016, poderão ser
através das antigas cédulas de votação, ao invés das urnas eletrônicas. Motivo?
Corte de gastos.
Nesta segunda-feira (30), uma Portaria
assinada pelos presidentes dos tribunais superiores, informa aos brasileiros
que os cortes no orçamento do Poder Judiciário, inviabilizarão o processo
eleitoral de 2016, por meio do voto eletrônico.
Se isso, realmente, vier a acontecer,
não é um bom sinal. Primeiro, porque representará um retrocesso no processo
eleitoral brasileiro. Implantado em todo o país em 2000, a votação concede ao
processo eleitoral grande celeridade e modernidade, quesitos que ficam a
desejar quando a votação é realizada manualmente. Em segundo lugar, porque
representa que, economicamente, a situação do Brasil, não é das melhores. Disso
já somos sabedores, mas não sabíamos que coisa estava nesse ponto.
Abaixo, compartilho íntegra da
Portaria, publicada no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
***
Nota à imprensa: contingenciamento
comprometerá as Eleições Eletrônicas Municipais de 2016
A Portaria Conjunta nº 3/2015,
publicada nesta segunda-feira (30) no Diário Oficial da União e assinada pelos
presidentes dos tribunais superiores, informa que o contingenciamento de
recursos determinado pela União para cada área do Poder Judiciário, incluindo a
Justiça Eleitoral, “inviabilizará as eleições de 2016 por meio eletrônico”. Na
semana passada, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Dias
Toffoli, já havia procurado o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),
ministro Ricardo Lewandowski, para expor a preocupação diante da medida do
Executivo.
O total que não será repassado para a
Justiça Eleitoral soma exatos R$ 428.739.416,00 o que prejudicará a aquisição e
manutenção de equipamentos necessários para a execução do pleito do próximo
ano. Esse bloqueio no orçamento,
compromete severamente vários projetos do TSE e dos Tribunais Regionais
Eleitorais (TREs). O impacto maior reflete no processo de aquisição de urnas
eletrônicas, com licitação já em curso e
imprescindível contratação até o fim do mês de dezembro, com o comprometimento
de uma despesa estimada em R$ 200.000.000,00.
A demora ou a não conclusão do
procedimento licitatório causará dano irreversível e irreparável à Justiça
Eleitoral. As urnas que estão sendo licitadas tem prazo certo e improrrogável
para que estejam em produção nos cartórios eleitorais. Na espécie, não há
dúvida que o interesse público envolvido há que prevalecer, ante a iminente
ameaça de grave lesão à ordem, por comprometer as Eleições Eletrônicas Municipais
de 2016.
A portaria dos tribunais superiores é
assinada pelos presidentes do STF, ministro Ricardo Lewandowski, do TSE,
ministro Dias Toffoli, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Antonio
José de Barros Levenhagen, do Superior Tribunal Militar (STM), William de
Oliveira Barros, do Tribunal de Justiça
do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), desembargador Getúlio de Moraes
Oliveira, e pela vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra
Laurita Vaz.
O presidente do TSE registra e agradece
o apoio do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo
Lewandowski, e informa que, juntos, irão envidar todos os esforços no Congresso
Nacional para que as verbas devidas sejam autorizadas, a fim de se garantir a
normalidade das eleições do ano que vem.
Clique aqui para ler a Portaria
Conjunta nº 3/2015.
Postar um comentário