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Vôo MH370, da Malásia Airlines: Um quebra-cabeças complicado de montar
Posted by Cottidianos
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00:27
Terça-feira,
18 de março
O texto
a seguir foi escrito com base em informações recentes, divulgadas pela mídia, a
respeito do avião que desapareceu dos radares na Malásia há mais de uma semana
e do qual, até agora, não se tem pista alguma.
***
Imagem: www.internationalforeigntrade.com |
Espaço
aéreo Malasia/Vietnã.
Madrugada
do dia 09 de março de 2014
A
aeronave já havia percorrido 220 km de vôo. Saía do espaço aéreo malasiano e entrava no
espaço aéreo vietnamita, quando um controlador de vôo em alguma torre na Malásia
avisou:
_ Atenção
tripulação, a partir desse momento a monitoração será feita pelas torres
vietnamitas.
_
Tudo bem. Boa noite! Respondeu tranquilamente, uma voz no comando da aeronave.
Os
controladores não sabiam, mas aquele seria o último contato dos pilotos com as
torres de controle. Algum tempo depois, naquela madrugada, o sistema automático
de dados, informou a posição do Boing 777 pela última vez. Após registrar essa
informação, uma mão segurou um botão e o girou um para a esquerda. Ouviram-se
três cliques: O tranponder – instrumento, através do qual, é possível aos
controles em terra, saber o número do vôo e sua localização, havia sido desligado.
***
9
de março.
Aeroporto
Internacional de Pequim
7h00
da manhã.
No
enorme e movimentado aeroporto de Pequim os amigos e familiares dos passageiros
do vôo MH370, esperavam, primeiro com expectativa a chegada do avião. A
expectativa logo se transformou em apreensão quando nem os painéis luminosos
registravam a chegada do vôo, nem a companhia aérea dava nenhuma informação a
respeito de quando o avião aterrissaria e eles poderiam, finalmente, abraçar
seus entes queridos. As horas de expectativa se transformavam em horas de
angústia. O sorriso nas faces se transformava em choro e preocupação.
O
Boing 777-200 havia saído de Kuala Lumpur, na Malásia, na madrugada de sábado
(8), mais precisamente, às 0h41. A bordo estavam 239 pessoas, chineses, em sua
grande maioria. Não havia registros de mau tempo. Aqueles que aguardavam o vôo
no saguão do aeroporto tinham uma esperança: Estava tudo bem. Logo, logo o
avião aterrissaria em segurança. Cansados de esperar por tantas horas sem
notícia alguma, familiares de alguns passageiros do vôo da companhia Malasia Airlines
resolveram falar à imprensa, ali mesmo, no saguão.
No
aeroporto de Kuala Lumpur, a situação não era diferente. A todo o momento
chegavam amigos e familiares dos passageiros e, também da tripulação. Todos
queriam informações precisas, porém, não havia informações precisas para dar.
Há pouco, o Primeiro-Ministro da Malásia havia estado no aeroporto, mas não deu
nenhuma explicação convincente, o que deixou as pessoas ainda mais preocupadas.
***
Ministério
dos Transportes da Malásia.
Segunda-feira,
17 de março.
Em
uma sala equipada com mapas e radares de última geração, um jovem oficial do
setor aéreo da Malásia, olhava perplexo os radares à sua frente. Mais de uma
semana havia se passado e nenhuma notícia do vôo MH370. Muitas suposições e
nenhuma conclusão efetiva. Uma semana de buscas e nenhum sinal da aeronave.
Manchas de óleo e objetos flutuantes no mar, passageiros que embarcaram com
passaporte falso, acusados de serem terroristas. Tudo pistas falsas que
atrapalharam as equipes de buscas. Descobriu-se que as manchas de óleo e os
objetos flutuantes avistados no mar pelos satélites, nada tinham a ver com
avião desaparecido. Os dois passageiros que embarcaram com passaportes falsos,
eram dois iranianos, um de 19 e outro de 29 anos, que apesar de terem roubado
passaportes de um italiano e de um austríaco, nada tinham de terroristas.
Na
terça-feira (11), Ronald Kenneth Noble, secretário-geral da Interpol, disse à
imprensa não ver relação de terrorismo no embarque dos dois rapazes. Noble
disse que os rapazes voaram de Doha á Kuala Lumpur com seus passaportes
iranianos e só usaram os passaportes falsos quando embarcaram de Kuala Lumpur
no vôo com destino a Pequim.
“Estou
diante de um grande enigma da aviação”, pensou o jovem oficial. Afinal estava
lidando com 240 peças de um quebra cabeça; 227 passageiros, 12 tripulantes e a
própria aeronave. Um quebra cabeça complicado no qual nenhuma peça parecia se
encaixar.
Em
primeiro lugar, estava lidando, não com um avião qualquer, mas com um Boing
777-200, um das aeronaves mais seguras, em operação no mercado de aviação. Em
segundo lugar, os piloto e co-piloto, são de grande experiência e contam em
seus currículos com muitas horas de vôo. Em terceiro, não havia registro de mau
tempo na rota que o avião seguia. Onde então estaria o erro? Como podia uma
aeronave ter sumido dos radares e da vista de todos, com 239 pessoas a bordo,
sem que houvesse deixado qualquer vestígio?
Algumas
peças não se encaixavam de modo algum. Por exemplo: Mesmo que o trasnponder
tivesse sido desligado, ainda restaria um GPS que transmitiria, via satélite, a
posição da aeronave para alguma antena em Terra. Esse GPS continuaria
transmitindo informações enquanto houvesse energia nos sistemas elétricos do
avião.
Há
ainda equipamentos, chamados de transmissores de emergência, que não podem ser
desligados de dentro da aeronave. Se fosse o caso de o avião ter imergido no
mar, de explodir, sofrer algum impacto ou pegar fogo, imediatamente os sistemas
automáticos enviariam dados para os satélites que permitiriam localizar a
aeronave. Estes dados possibilitariam localizar o avião onde que ele estivesse.
E
se tivesse acontecido uma pane elétrica? Ainda assim, haveria jeito de saber
que isso tinha acontecido. O Boing 777 possui quatro geradores que são ligados
aos motores que geram energia para o avião inteiro. Se fosse o caso de uma pane
elétrica, o piloto experiente saberia usar os códigos de emergência. Ele só
precisaria de três segundos para enviar tais códigos. Isso bastaria para que os
controladores de vôo recebessem um alerta e soubessem que algo estava errado.
Poderia
haver também uma despressurização e, tripulação e passageiros, terem desmaiado. Mesmo assim, também há solução, bastaria
colocar as máscaras de oxigênio e baixar o avião a 15 mil pés, dessa forma,
haveria oxigênio suficiente para que ninguém viesse a desmaiar.
O
único fato capaz de fazer um avião desaparecer dos radares seria uma explosão
em pleno vôo. Entretanto, como se explica que o avião tenha sido detectado por
radares, mesmo quando o transponder estava desligado.
Uma
revelação feita pelo Primeiro-ministro, neste domingo, trouxe de volta à cena,
a hipótese de seqüestro. Ele revelou que o avião pode ter voado por mais sete
horas, tendo sido desviado de sua rota de origem e que alguém desligou, de
propósito, os sistemas de comunicação de bordo. O jovem oficial, daria tudo
para entender o que aconteceu naquela cabine de comando após a decolagem do
avião. Alguém teria entrado na cabine sem a permissão do comandante?
Impossível. Mesmo que alguém tentasse, o comandante teria tempo de sobra para
digitar algum código de alerta.
Quem
estava no comando e quem teve acesso à cabine. Quanto mais ele pensava no
assunto, mais confuso ficava.
Analisando
os dados de que dispunha, o homem na sala, diante dos radares e dos mapas,
concluiu que a aeronave baixou 1,500 metros de altitude, para conseguir a façanha
de desaparecer dos radares comerciais, e enquanto realizava essa manobra também
mudou de rota deliberadamente para algum lugar, até agora, desconhecido. Por
quê? Somente alguém com grande experiência em aviação conseguiria driblar os
radares de forma tão eficiente.
Já
são vinte e cinco os países que se juntaram ao governo da Malásia na tentativa
de localizar o avião. Equipamentos de última geração foram colocados à
disposição, mas nenhum vestígio foi encontrado.
Com
o ressurgimento da hipótese de seqüestro, a investigação tomou uma linha
criminal e a polícia da Malásia investiga a vida de passageiros e tripulantes em
busca de uma pista.
Como
se tivesse os olhos fixos em um horizonte perdido, o jovem oficial, busca, no
meio do caos em que se encontravam suas idéias, juntar as peças de um enigma,
montar um complicado quebra-cabeças.
Enquanto
isso o mundo inteiro questiona: Afinal, o que teria acontecido com o vôo MH370,
da Malásia Airlines?
http://www.alobebe.com.br/quebra-cabeca-avioes-com-60-pecas.html,8060
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