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Malasia diz que voo MH 370 caiu no Oceano Índico
Posted by Cottidianos
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00:18
Terça-feira,
25 de março
“Nesta noite, fui informado por
representantes da Comissão de Investigação de Acidentes Aéreos da Grã-Bretanha
(AAIB) de que a Inmarsat – a companhia britânica responsável pelos dados de
satélite que indicaram os corredores possíveis de trajeto do avião- fizeram
novos cálculos. Com base num tipo de análise inédito numa investigação desse
tipo, eles foram capazes de determinar com maior certeza o percurso do voo
MH370.
Com essas novas análises, a Inmarsat e a
AAIB concluíam que o MH370 voou ao longo do corredor sul e sua última posição
era no Oceano Índico, a oeste de Perth.
É um local distante, longe de qualquer
pista de pouso possível. Portanto, é com a maior tristeza que devo informá-los
que, segundo essas informações, o voo MH 370 caiu no sul do Oceano Índico.
Faremos uma nova entrevista coletiva
amanhã com novos detalhes, mas queríamos informá-los desse novo desenvolvimento
o quanto antes. Fazemos isso com o compromisso de transparência e respeito
pelas famílias das vítimas, dois dos princípios que têm guiado a investigação.
A
Malaysia Airlines já falou com as famílias dos passageiros e tripulantes sobre
esse novo desenvolvimento. Para eles, essas últimas semanas foram de cortar o
coração. Sei que essa notícia deve ser ainda mais difícil. Peço à imprensa que
respeite a privacidade e deem-lhes espaço neste momento difícil.”
Com
esse comunicado, a Malaysia Airlines deu a notícia que os familiares dos
passageiros que estavam no voo MH370, não queriam ouvir: a de que o avião havia
caído em pleno Oceano Indico e que não havia sobreviventes. Najib Razak,
primeiro-ministro da Malásia, ratificou o comunicado. " É com profunda
tristeza que informo que o avião terminou sua jornada no sul do Oceano
Índico", disse ele, em entrevista coletiva à imprensa, nesta segunda-feira
(24).Ao saber da notícia fatídica, familiares dos passageiros entraram em
desespero. Eles haviam recebido o anúncio, primeiro por mensagem de texto
enviado pela companhia aérea comunicando o acidente e suas consequentes mortes.
Em seguida se reuniram com representantes do governo da malásia em um hotel.
O
pronunciamento de Najib Razak foi fundamentado em leituras de dados enviados
por satélite da companhia britânica Inmarsat. As informações do satélite foram
analisadas pelo setor de investigação de acidentes aéreos do Departamento de
Transportes do Reino Unido. Entretanto, quem comanda as buscas no Oceano Índico
é a Autoridade de Segurança Marítima da Austrália. Ainda segundo as informações
fornecidas pelos radares, as autoridades afirmaram que o avião percorreu o
corredor sul entre o Sudeste Asiático e a costa oeste da Austrália.
Na
quinta-feira passada (20), as buscas pelo avião desaparecido convergiram para o
Oceano Índico. A mudança de foco na procura pela aeronave se deveu ao fato de
que imagens de satélite localizaram objetos que, provavelmente, seriam do Boing
777-200, a 2,5 mil quilômetros da cidade australiana de Perth, no sudoeste do
país.
O
Boing 777-200 partiu de Kuala Lumpur, no dia 08 de março, às 0h40, horário
local, com destino a Pequim, com 239 pessoas a bordo. A última mensagem do
avião foi recebida à 1h07 da madrugada, devendo ter havido uma nova comunicação
dali a 30 minutos, porém essa informação não foi recebida. O último contato com
a aeronave foi feito quando o avião deixava o espaço aéreo da Malásia e entrava
no espaço aéreo do Vietnã. Segundo informações das autoridades, quando foi
comunicado que estava entrando em outro espaço aéreo, o copiloto, Fariq Abdul
Hamid, disse: “Tudo bem. Boa noite”! Essas foram suas últimas palavras com as
torres em torres em terra. Dois minutos depois, o avião sumiria dos radares.
Entretanto, informações de satélites indicam que o avião continuou a voar por
mais setes horas antes de desaparecer por completo.
Apesar
do anúncio do governo da Malásia sobre a queda do avião, os ânimos não estão
serenados. A China pede a Malásia, provas de que o avião, realmente, caiu. Xie
Hangsheng, O vice-ministro chinês das Relações Exteriores da China, foi bem
claro com o embaixador da Malásia em território chinês: A Malásia tem que
entregar todas as informações que o satélite transmitiu sobre os objetos
encontrados e que, possivelmente, sejam do Boing 777. É compreensível a posição
do governo chinês, afinal, foram tantas as pistas falsas desde que o avião
desapareceu... Para complicar ainda mais, ondas gigantes e ventos fortes, fez
com que as buscas fossem suspensas na região. O mau tempo não seria favorável
as buscas por mar nem pelo mar.
Ainda
que se encontrem os destroços do avião, o mistério sobre o que aconteceu com
ele permanecerá até que sejam encontradas a caixa preta da aeronave.
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