Acidente, sequestro? Afinal, o que aconteceu com o voo MH370 da Malásia Airlines?

Terça-feira, 11 de março

Imagem:  http://tribunadonorte.com.br/noticia/malasia-investiga-possivel-ataque-terrorista-em-desaparecimento-de-aviao/276238

Uma aeronave, com 239 pessoas a bordo, incluindo passageiros e tripulantes, partiu no último sábado, do Aeroproto Internacional de Kuala Lumpur, na Malásia, com destino a Pequim, na China. Passava das 0h41 de sábado quando a aeronava decolou. O avião sobrevoava o golfo da Tailândia, próximo ao sul do Vietnã, à 1h30 da madrugada, quando os controladores de trafego áereo perderam contato com o Boing. Os radares não registraram ocorrências de mau tempo na rota que a aeronave fazia em direção à capital chinesa. Outro fato que chama atenção é que o avião já estava em velocidade de cruzeiro, ou seja, quando as condições de vôo são consideradas normais, para aquele percurso, sendo considerado, portanto, no mundo da aviação, como o momento de maior segurança no vôo. A maioria dos passageiros – 153 - era chinesa.

A aeronave em questão, um Boing 777-200 é dos modelos mais seguros do mundo. Pode transportar até 440 passageiros e consegue voar até 950 quilometros por hora. Quase não se tem notícias de acidentes com vitímas fatais envolvendo esse tipo de Boing. O único registro aconetceu nos Estados Unidos, no aeroporto de São Francisco, quando um avião da companhia Asiana, perdeu as rodas, o motor e a cauda. O acidente aconteceu em Julho do ano passado e provocou a morte de três pessoas.

A companhia aera pela qual os passageiros viajavam era a Malásia Ayrlines, uma empresa com forte tradição de vôos e com históricos de pouquíssimos acidentes.

Na verdade o que tem surgido até agora são pistas falsas. Primeiro aviões vietnamitas avistaram uma grande mancha de óleo e pensou-se que ela tivesse relação com o desaparecimento do avião, Azharuddin Abdul Rahman, diretor do Departamento de Aviação Civil da Malásia, disse que a mancha de óleo no mar não tinha relação com o acidente. Falou-se também que haviam sido encontradas peças do avião, fato também dementido por Azharuddin. Especula-se ainda que a aeronave tenha sido sequestrada por grupos terroristas.

A cada dia surgem novas informações uma delas foi à divulgação, pelo governo da Malásia, de que, pelo menos dois passageiros, embarcaram com passaporte falso. Essa informação fez com que fosse reforçada a suspeita de terrorismo. Porém, supondo que os passageiros que embarcaram com passaportes falsos não sejam terroristas, ainda assim revela-se uma falha de segurança pela polícia da Malásia, considerando-se que os dados constavam da página da Interpol e que deveriam ter sido consultados pela polícia. O fato de que cinco passageiros terem feito chek in e não terem embarcado também está sendo investigado. Os cinco passageiros passaram pelos controles individuais, mas não se apresentaram no portão de embarque, tendo sido as bagagens deles, removidas antes da decolagem.

O episódio ocorrido com o avião da frota da Malásia Airlines possui certa semelhança com o acidente acontecido com o vôo Air France 447 que seguia do Rio de Janeiro com destino Paris, ocorrido entre a noite de 31 de maio e o dia 1 de Junho de 2009. O avião transportava 228 passageiros, sendo 216 passageiros e 12 tripulantes. A aeronave partiu do Aeroporto Internacional do Rio às 19h29min da noite de 31 de maio e deveria chegar a Paris 10h34min depois. O último contato feito com os operadores do trafego aéreo brasileiro ocorreu três horas após o início do vôo. Quando o avião cruzava o Atlântico e seguia em direção a costa senegalesa, na África, desapareceu dos radares. Os destroços do avião foram avistados pelas equipes de buscas no dia 02 de junho. Entretanto, no caso da vôo 447 da Air France, foram enviadas mensagens automáticas indicando problemas elétricos e perda de pressurização da cabine. As condições metrológicas não eram favoráveis a realização de um vôo perfeito, o que não é o caso do vôo MH370 da Malásia Airlines.