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Cenário político brasileiro: Filme policial ou de horror?
Posted by Cottidianos
on
00:11
Quinta-feira, 17 de outubro
O esquadrão policial chega e, com
rapidez e sagacidade, invade edifícios ou mansões. Com autoridade, dão voz de
prisão a bandidos e assaltantes, apreendem provas. Prendem ou indiciam os suspeitos.
Estamos acostumados a ver cenas como
essas nas telas do cinema, em filmes policiais e de ação que nos prendem a
respiração, e nos faz ficar torcendo para que a guerra contra o mal seja
vencida pelas forças do bem. Ao final, respiramos aliviados, pois no cinema ou
na TV, ao final da exibição, o bem, quase sempre, vence.
Aqui no Brasil, as ações policiais que
têm sido desenvolvidas estão mais para filmes hollywoodianos policialescos e de
aventura. A Polícia Federal tem tido muito trabalho… E como a PF tem tido
trabalho. Nos últimos meses têm sido constantes as ações dos policiais em
casas, apartamentos, empresas, e escritórios de advocacias, com a finalidade de
prender políticos, empresários influentes, e os advogados que para eles
trabalham.
Fortes emoções, emoções perigosas,
quando na ficção, servem para nos fazer jogar para longe toda uma carga de
emoções que se diluem depois que a película termina. Já as emoções que temos
experimentado no cenário político e econômico brasileiro estão mais para um
filme de horror, do que para um filme policial.
Olhemos esse cenário: Temos um
presidente da Câmara acusado de corrupção, que se agarra ao cargo e dele recusa
sair através de manobras que nada tem de sutis. Temos um presidente do Senado
que tem aliados envolvidos em esquemas corruptos, e sobre ele mesmo também
rondam suspeitas dos mesmos atos. Temos uma Presidente que antes de se tornar
presidente ocupava cargos chaves na Petrobrás, e na gestão dela à frente desse patrimônio
nacional, desvios de dinheiro e contratos suspeitos pipocavam no subterrâneo da
empresa sob as barbas da cúpula... E eles não sabiam de nada. Temos um
vice-presidente que pertence a um partido, PMDB, que foi atingido em cheio nessa
fase mais recente da Operação Lava Jato, partido esse ao qual pertencem os já
citados presidentes da Câmara e do Senado. Temos um ex-presidente da república
sob cuja presidência estourou escândalos de grande proporção, que tem seus
amigos e assessores mais próximos, e até um filho, envolvido em desvios de
dinheiro, manobras escusas, contratos suspeitos, e outros crimes do gênero... E
ele não sabia de nada, nunca soube. Temos diretores das maiores empresas
privadas do país compactuando desse esquema criminoso. Temos um partido que se
dizia dos trabalhadores, — que, por incrível que pareça, ainda se denomina
assim, — que mais parece um poço a jorrar fartos escândalos de corrupção e
integrantes de conduta duvidosa. Temos no governo desse partido, uma política econômica
que jogou o país na lama. E, pra acabar, estamos numa crise econômica da qual
não sabemos quando vamos sair. Não, ainda não terminou: por causa de tudo isso
temos as agência reguladoras do mercado internacional, uma a uma, nos
rebaixando e, com isso, jogando no vaso sanitário nossa credibilidade como país
bom pagador.
Ufa!!! Fiquei até sem fôlego ao relatar
tudo isso. Então, caros leitores, é cenários de filme policial, ou é cenário de
filme de horror? Será que a essas alturas do campeonato ainda há quem defenda
essa gente?!!! O pior é que há. E eu lamento por isso, porque, como diz o
ditado popular: “Por um todos pagam”.
Deus, oh Deus, nos acorde desse
pesadelo, e nos livre desses que se dizem políticos e vestem pele de cordeiro,
mas, na realidade, são lobos a devorar o nosso país e os nossos sonhos. Concede
também, Senhor, sabedoria ao povo que elegeu esse tipo de gente a fim de que
compreendam que, ao eleger maus políticos, causam a própria ruína... E a
de todo um país.
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