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No Dia Mundial sem Carro, pedale: É gostoso e faz bem!
Posted by Cottidianos
on
19:11
Terça-feira, 22 de setembro
Cidade de São Paulo. Noite de 23 de
maio de 2014. Motoristas nervosos. Passageiros estressados. Ruas abarrotadas de
carros. Naquela noite a metrópole paulista enfrentava incríveis 344 quilômetros
de engarrafamento. Esse histórico trânsito lento foi resultado da soma de dois
fatores: a natural enxurrada de carros que invadem as ruas no início do
fim-de-semana e uma chuva torrencial que se abateu sobre a cidade naquele dia. Um
terceiro fator também deu a sua parcela de contribuição: Na terça e
quarta-feira daquela semana, uma greve dos motoristas de ônibus havia
paralisado a cidade. Muitas pessoas ficaram com medo de pegarem ônibus naquela
noite de sexta-feira, e todos saíram de carro, paralisando a cidade do mesmo
jeito.
Engarrafamentos quilométricos acontecem
em São Paulo, e em todas as grandes metrópoles ao redor do mundo. É assim em
Istambul, Cidade do México, Moscou, Varsóvia, Los Angeles. A pergunta que fica
no ar é: O que se ganha com o trânsito lento e as ruas cheias de veículos que
mal conseguem avançar alguns metros pelas ruas? Nada, absolutamente nada. O que
se perde? Numa sociedade cujas engrenagens são movidas pelo níquel, pelo
dinheiro, perde-se dinheiro.
Estima-se que, apenas em São Paulo, os
engarrafamentos causem um prejuízo na casa dos 52 bilhões de reais. Nessa soma
estão inclusos: o desgaste das peças dos automóveis, o combustível, e horas e
horas, que deveriam estar sendo de produtividade, desperdiçadas em uma rua
qualquer, de uma cidade qualquer. Esse raciocínio é quando pensamos no sistema.
E quando pensamos nas pessoas, na qualidade de vida delas. Quantas horas que
deveriam estar sendo bem aproveitadas para o sossego e para o descanso são
gastas em um desses engarrafamentos quilométricos. Quanta ansiedade e estresse
não se enfrenta numa situação dessas, e tudo isso está relacionado a saúde.
E a situação não é nada animadora, uma
vez que a frota de veículos de cresce vertiginosamente a cada ano, idem o
número de motoristas. Apenas na capital, o Departamento Estadual de Trânsito
(Detran) emite, anualmente, cerca de 100 mil carteiras de habilitação. A
continuar nesse ritmo teremos um colapso de trânsito dentro de cinco ou seis
anos.
Todos esses fatores nos levam a uma
profunda reflexão, proposta hoje, 22 de setembro, pelo dia Dia Mundial sem Carro. Criada na França no ano de 1997, a data,
rapidamente, foi adotada em vários países europeus. Em São Paulo, as primeiras
atividades comemorativas relativas aconteceram no ano de 2003. Desde então
várias outras cidades brasileiras também aproveitam a data para fazerem suas
reflexões acerca da questão ambiental.
O carro é, sem dúvida, uma invenção
maravilhosa, uma grande ajuda em diversas situações. Porém, é preciso lembrar
que há vida inteligente e saudável fora do volante.
Sempre que possível aproveite para dar
um passeio a pé, exercite músculos que, dirigindo, você não exercitaria, ou dê
uma volta de bike, pegue uma carona com um amigo e dê um descanso para seu
carro.
Abaixo, compartilho um texto publicado
no site Minha Vida, que fala sobre 7 benefícios para o corpo, conseguidos
através de umas simples pedaladas. O site cita apenas sete, mas há muito mais a
ser aproveitado nessa prazerosa atividade. Então, minha gente, vamos pedalar!
Deixe a preguiça de lado.
***
Conheça sete benefícios de
andar de bicicleta: Além de queimar calorias, você foge do trânsito e trabalha
os membros inferiores
POR
LAURA TAVARES
A bicicleta já foi um dos principais
meios de transporte no mundo, mas hoje a história é bem diferente. Grande parte
das pessoas nunca teve uma bicicleta própria ou deixa a sua cheia de teias de
aranha na garagem. Seja por preguiça ou falta de tempo, quem não costuma
pedalar está perdendo inúmeros benefícios - desde definir músculos até melhorar
a frequência cardíaca. Conheça sete deles e se torne mais um adepto desse
exercício físico.
Faz
bem à saúde
Segundo o médico do esporte Ricardo
Nahas, do Hospital 9 de Julho, andar de bicicleta pode ser comparado à
caminhada ou até mesmo à corrida. "Em um passeio de cerca de 40 minutos,
três vezes por semana, já é possível dar adeus a diversos problemas decorrentes
do sedentarismo", aponta. Antes, entretanto, recomenda-se fazer uma
avaliação médica para determinar a intensidade do exercício, já que cada pessoa
apresenta um determinado peso e condicionamento físico. "Para os que
desejam emagrecer, é necessário associar a atividade a uma alimentação
equilibrada", afirma.
Trabalha
os membros inferiores
"Andar de bicicleta trabalha os
grandes grupos musculares das pernas e ainda estimula a contração do abdômen,
pois a atividade exige uma postura ereta do usuário", afirma Ricardo
Nahas. Segundo o especialista, pedalar é um exercício aeróbico e de resistência
muscular, o que melhora o condicionamento físico do praticante.
Funciona
como meio de transporte
A bicicleta já foi amplamente utilizada
como meio de transporte, mas mudanças culturais fizeram com que ela passasse a
ser vista apenas como um instrumento de lazer ou de ciclista profissional.
"A maior parte das pessoas pedala apenas no fim de semana, como se andar
de bike fosse somente uma atividade de entretenimento", aponta Thiago
Benicchio, diretor geral da Ciclocidade - Associação dos Ciclistas Urbanos de
São Paulo.
Outra grande razão que desestimula o
uso da bike como meio de transporte é a falta de infraestrutura e educação de
grande parte dos motoristas. Então, para quem não quer encarar os veículos
motorizados, Thiago sugere usar a bike para trajetos curtos e de pouco
movimento, como uma ida ao supermercado.
Melhora
a frequência cardíaca
A intensidade de um exercício é
controlada pela intensidade do batimento cardíaco de quem o pratica. Desse
modo, é possível fortalecer o coração com um passeio de bicicleta, já que esta
é uma atividade aeróbica. "Quem organiza treinos geralmente alterna a
bicicleta com a caminhada ou a corrida, pois esses exercícios são equivalentes
e, misturados, acabam com a monotonia", conta Ricardo Nahas.
Oferece
baixo impacto
Quando caminhamos ou corremos, todo
nosso peso é jogado sobre as pernas, o que pode forçar as articulações dos
membros inferiores. Sentado, entretanto, você distribui melhor a sua massa e
não sobrecarrega nenhuma parte do corpo, como explica o médico do esporte
Ricardo. "Por isso, a bicicleta é recomendada para quem está começando a
fazer exercícios ou está acima do peso", diz.
Tem
baixo custo de manutenção
De acordo com o biker Thiago Benicchio,
é possível comprar uma bicicleta de boa qualidade por cerca de mil reais.
Apesar do susto desse investimento inicial, a manutenção do instrumento é
baixíssima. "Com apenas 50 reais por mês, é possível deixá-la sempre
pronta para uso", explica. Segundo ele, são pequenos os reparos que devem
ser feitos e grande parte deles pode ser realizado pelo próprio usuário, pois
não exigem grande conhecimento sobre o assunto. Os maiores gastos ocorrem
quando é necessária a troca de pneus ou uma revisão geral, o que ocorre apenas
uma vez por ano.
Promove
a sensação de liberdade e independência
Imagine poder tomar rotas alternativas,
passar em meio aos carros e ainda não afetar de maneira alguma o meio ambiente.
Essa é a sensação de quem anda de bicicleta. "Em cima dela, é possível
observar melhor tudo o que acontece a sua volta e você ainda foge do estresse
de quem está preso no trânsito", lembra o biker Thiago. Segundo ele, os
melhores locais para andar de bicicleta são os de terreno plano e arborizado.
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