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Saudade de mãe
Posted by Cottidianos
on
23:39
Sábado, 09 de maio
“Mãe, a vida, foi você quem me deu..
E
a cartilha me fez entender
Tudo
o que eu sou, o que eu tenho e o que eu sei
Mãe,
eu devo a você....
Mãe,
eu juro que não esqueci
De
tudo aquilo que você me ensinou
Eu
agradeço pelo bem que me quer....
Mãe
eu adoro você....
Mãe
eu vivo pedindo a deus
Que
esteja sempre ao seu lado...”
(Mãe – Letra: Almir Bezerra
Interpretação: The
Fevers)
Por ocasião desta data tão especial que
é o Dia das Mães, resolvi apresentar aos caros leitores, duas postagens. Esta é
a primeira delas. Na verdade, esse poema seria a introdução do texto que havia
pensado para esta ocasião. Mas, ao ler e ouvir esta mensagem, através da voz
mansa e suave do padre Fábio de Melo, esse poema me falou tão forte ao coração
que resolvi apresentar uma postagem só para Saudade
de Mãe.
Neste dia das mães, você, caro leitor ou
leitora, tem sua mãe próxima a você? Então aproveite e lhe dê um grande abraço
e diga-lhe que a ama de verdade. Não tenha vergonha disso. Garanto que, se você
nunca teve essa atitude para com sua mãe, um dia, quando ela não estiver mais
junto a você, então você lamentará não tê-la coberto de carinho de amor.
Lembre-se que você não tem, e nunca terá, o poder de fazer o tempo voltar. Só
lhe restará então o arrependimento de não ter dito uma frase tão simples, mas
que encheria de felicidade o coração daquela que te trouxe ao mundo, ou daquela
que não te trouxe ao mundo, mas te criou com tanto zelo e afeição, como se ela
própria, tivesse te gerado.
Se você não pode se dar a esse luxo de
abraçar sua mãe em tempo real, então ligue, mande um e-mail, é verdade que as
cartas estão meio que em desuso, mas se for o caso, envie também uma carta.
Se já foi chegado o tempo de sua querida
mãe deixar a vida terrena, envie bons pensamentos e orações a ela. Ela certamente
lhe ouvirá. Tenha certeza de que as mães nunca abandonam os filhos. De um modo
ou de outro, elas estão sempre presentes.
Em se falando de mãe, posso me considerar
um felizardo. Mães nunca me faltaram. Primeiro, Raimunda, que me carregou no
ventre, em seguida, Maria Julieta que me criou e me amou, como se no ventre
dela tivesse sido gerado, e depois que ela partiu para o mundo espiritual, em
1989, tive a ventura de ter minhas duas irmãs adotivas, Maria da Conceição e
Maria das Dores, cuidando de mim como minhas mães. Então, só posso agradecer a
Deus tamanha felicidade.
O poema de Pe. Fábio fala de uma mulher
cozinhando em um fogão de lenha. Panelas pretas, cozinhando um delicioso arroz.
Essas cenas me remetem a minha infância e adolescência. Fazem-me lembrar de
minha mãe adotiva, à beira do fogão de lenha, fazendo deliciosas comidas e, eu
muitas vezes, sentado próximo a ela, com a boca cheia d’água pelo apetitoso aroma que invadia a cozinha, sentindo o calor que emanava do fogo e,
principalmente, o calor que emanava daquele coração materno. Essas são cenas
que o tempo jamais apagará.
Por isso quero agradecer as minhas mães,
que cuidaram, e cuidam de mim com imenso carinho, mesmo estando distantes no tempo
cronológico, mas sempre perto no tempo do amor.
A todas as mães, o meu imenso carinho, e
meus votos de FELIZ DIA DAS MÃES! A vocês, ofereço esse belíssimo texto,
escrito pelo Pe. Fábio de Melo.
***
Saudade de mãe
Coloquei o filtro da arte naquela cena
comum,
E a luz - que até então estava escondida
-,
Veio surpreender-me com seu
Poder de claridade.
A mulher simples, mãos calejadas de lida
rotineira,
Mulher que aprendeu a curar as dores do
mundo
A partir de meus joelhos esfolados de
quedas e estripulias.
Aquela mulher, minha mãe, rosto
iluminado pela
Labareda que tinha origem no fogão de
lenha.
Trazia consigo o dom de me devolver a
calma,
Que a vida tantas vezes insistiu em me
roubar.
Aquela cena: mulher, fogão de lenha,
Panela preta escondendo a brancura de um
arroz feito na hora.
É uma das cenas mais preciosas que meu coração
não soube esquecer.
Saudade de mãe é coisa sem jeito, chega
quando menos
Imaginamos: um cheiro, uma melodia, uma
palavra...
Uma imagem, e eis que o cordão do tempo,
Nos convida ao retorno da infância.
Como se um fio nos costurasse de novo ao
colo
Da mulher que primeiro nos segurou na
vida
E agora nos pudesse regenerar.
Saudade de mãe é ponte que nos favorece
um retorno a nós mesmos;
Travessia que borda uma identidade
muitas vezes esquecida,
Perdida na pressa que nos leva.
Saudade de mãe é devolução, é ato que
restitui o que se parte;
É luz que sinaliza o local do porto,
É voz no ouvido a nos acalmar nas madrugadas
de desespero e solidão,
Através de uma frase simples: Dorme meu
filho! Dorme!
Hoje, nesse dia em que a vida me fez
criança de novo,
Neste instante em que esta cena feliz
tomou conta de mim,
Uma única palavra eu quero dizer:
Oh minha mãe, que saudade eu sinto de
você!
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