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Salmos: Um divino legado do Rei David para a humanidade
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Domingo,
26 de julho
“Ao quente sol balançam os trigais,
Como
chuva dourada sobre a terra.
A natureza
lembra em seus florais,
Um
cofre santo que a pureza encerra”
(Salmo 65 – Vidal Ramos (letra), Maestro
Urban (música))
Nos
átrios do palácio do rei David, certamente, foram discutidos muitos assuntos de
grande importância para o povo de Israel. Na qualidade de rei, David tinha que tomar
decisões fundamentais que influiriam diretamente na vida militar, social e
política de sua gente.
Mas
nem só de conflitos e guerras vivem os reis. E o rei David devia saber muito
bem disso. Pois, além do Deus todo poderoso lhe brindar com o dom da sabedoria,
também lhe deu como presente o dom da música e da poesia.
E assim,
enchendo o ar com o som de sua harpa, e o coração com o amor divino, David
deixou para humanidade o livro dos Salmos: um dos livros mais inspiradores contido no livro Sagrado dos
Cristãos. Os salmos são uma oração cantada que, tal qual uma bússola, orienta
os navegantes perdidos no mar da vida. Com eles, podemos cantar, louvar,
agradecer, implorar o amor divino, e a Ele pedir proteção.
Deus
presenteou o Rei David com esse maravilhoso dom, chamado música, e continua
oferecendo essa dádiva aos homens através dos séculos. Os que ouvem a música
também devem recebê-la como um presente do altíssimo que serve como bálsamo num
mundo de tribulações. Afinal, a música acalma nossos espíritos, nos toca o
coração, estimula nossas áreas sensoriais, motoras, emocionais e intelectuais. Resumindo,
os benefícios proporcionados pela música são tão contáveis quanto os grãos de
areia espalhados à beira mar.
No
sábado, dia 18 de julho, as mais de cem pessoas que lotaram o auditório da
Livraria Cultura, no Shopping Iguatemi Campinas, reviveram aquelas mágicas e
divinas emoções experimentadas pelos frequentadores dos átrios do palácio real
de David.
Dos
átrios dos palácios celestiais, o Rei David exultava de alegria ao ver que seu
legado continua, até os dias de hoje, sendo propagado entre as nações, e que
seus discípulos se esmeravam por estar sempre atualizando sua maravilhosa obra.
Na
Livraria Cultura, no esplendor daquele fim de tarde de sábado, era lançado o
livro de partituras musicais, A Harmonia
dos Salmos, de autoria do escritor Vidal Ramos, e do Maestro Oswaldo
Antonio Urban. O primeiro fez uma releitura dos 150 Salmos, e o segundo os
musicou, em uma parceria que resultou em um magnífico trabalho de grande
sensibilidade e espiritualidade. Antes da sessão de autógrafos, houve um
concerto musical com os corais PIO XI (coral formado por vozes masculinas) e
Vozes Amigas (formado por vozes mistas), ambos regidos pelo maestro Urban, que,
do alto de seus 96 anos, comanda, com voz e mãos firmes, os dois grupos. Para tornar
o evento ainda mais sublime, estavam Francisco Emanuele, tecladista do PIO XI,
e os músicos convidados; Fabrício e Bira, ao violino; Victor, no violoncelo; e
Bruno, no contra baixo acústico.
Antes
de prosseguir, devo dizer que, junto com David, nos átrios da morada celeste,
estava Vidal Ramos. Vidal trabalhou junto com o Maestro nesse projeto, mas o
Senhor dos Senhores, resolveu chamá-lo de volta, no dia 18 de junho deste ano,
quando o projeto já estava totalmente finalizado, e quando se começava os
preparativos para o lançamento do livro.
Dito
isto, prossigo. Os corais se perfilaram... O maestro se colocou em posição de
regência... Os músicos se posicionaram aos seus instrumentos... As luzes da
plateia se apagaram... Acenderam-se as luzes da ribalta. O maestro comandou o
acorde inicial e o auditório lotado se encheu dos maravilhosos sons dos
violinos, violoncelo e contra baixo acústico... De afinadíssimas vozes
masculinas e femininas... E da doce e divina harmonia dos salmos.
Maestro Urban em sessão de autografos |
Antes
de cada número musical, foi feita a declamação de cada salmo a ser executado. O
primeiro da série foi declamado pela esposa de Vidal Ramos, que aproveitou a
ocasião para entregar ao Maestro Urban, um belíssimo e significativo quadro, no
qual estavam as figuras dos dois autores, do livro de Vidal que deu origem ao
projeto, e do livro que estava sendo lançado.
Na
plateia, estavam pessoas de pessoas de outros estados brasileiros, da cidade de
São Paulo, de cidade circunvizinhas, e obviamente, de Campinas. Ao final de cada
salmo cantado, o público emocionado, soltava de gritos de “Bravo!” “Magnífico!”
“Belo!”. Ao final do concerto maestro, músicos e corais foram aplaudidos de pé.
Após
esse manjar para os ouvidos e para o coração, no saguão do auditório, foi
servido um coquetel para os convidados. Ali também aconteceu a sessão de autógrafos.
Músico Bruno Buzzo |
Ao
final da apresentação, conversei com o músico, Bruno de Moraes Buzzo, 32 anos,
formado em música pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Bruno toca
em casamentos, fixo em restaurantes de hotéis, e também tem um trabalho autoral
em um grupo de Jazz, do qual faz parte, e no qual as composições executados
pelo grupo são de autoria dele. Jazz e Blue são o principal material de
trabalho do músico.
A respeito
das impressões sobre o livro, sobre a apresentação e sobre o maestro Urban,
Bruno comentou: “Achei muito
interessante, primeiro por serem salmos, que falam da palavra de Deus. Na
verdade, não sabia o que esperar. Já tinha ouvido falar sobre o maestro Urban,
e vejo que ele está muito bem, apesar da idade que tem. Quando fomos fazer os
ensaios, fizemos uma reunião para ver qual era o repertório, e a gente foi fazer
os ensaios e, realmente vimos que era muito interessante os arranjos, a
harmonização que ele fez, e daí nos ensaios, ver o jeito que ele trabalha,
muito minucioso, um ouvido muito bom, apesar de que a gente vai perdendo a
audição ao longo dos anos, imagine então depois dos 90 como é que fica. Mas ele
é impecável. Fiquei impressionado com um trabalho de tamanha qualidade, e
fiquei muito feliz poder fazer parte disso”.
Na
quinta-feira (23), o Coral PIO XI, do qual eu também, orgulhosamente, faço
parte, viveu outro momento especial. Dessa vez, no plenário da Câmara Municipal
de Campinas. Houve naquela Casa Legislativa a comemoração do Dia do Líder
Comunitário e Presidente de Bairro, um projeto de lei, de autoria do vereador,
Luiz Henrique Cirilo, que foi sancionado pelo prefeito Jonas Donizette. No
plenário havia líderes comunitários das principais regiões da cidade. Além de
apresentar alguns números musicais, o coral também recebeu homenagens, junto
com os líderes comunitários, afinal ele também faz um importante trabalho
social através da música. Ao final da sessão foi entregue um diploma
comemorativo ao Dia do Líder Comunitário e Presidente de Bairro, a todos os
agentes comunitários presentes à sessão, e também a todos os componentes do
Coral PIO XI.
Vereador Luiz Henrique Cirilo |
Antes
de se iniciarem a sessão de homenagens, conversei com o vereador Luiz Henrique
Cirilo, que cumpre seu segundo mandato na Câmara Municipal de Campinas, a
respeito dessa justa homenagem àqueles que estão junto às comunidades, cumprindo
o importante papel de ser ponte entre elas e o poder público.
“Hoje nós comemoramos o Dia do Líder
Comunitário e Presidente de Bairro, e por uma iniciativa minha, há três anos,
eu apresentei um projeto de lei, essa lei foi aprovada, foi sancionada pelo
prefeito municipal, e hoje nós temos que todo dia 11 de julho, nós comemoramos o
Dia do Líder Comunitário e o dia do Presidente de Bairro, figuras altamente
importantes no cenário político, porque se não fosse o líder comunitário e o
presidente de bairro, as reivindicações dificilmente chegariam administração
municipal, então são as pessoas operosas, e eu tive a graça, a satisfação de
ter essa indicação do líder comunitário mor, que é José Carlos, homem de grande
liderança, um homem extremante respeitado dentro das comunidades, e respeitado
na administração municipal, e isso fez com que nós apresentássemos um projeto,
ele acabou me escolhendo como vereador, eu apresentei o projeto, esse projeto
ganhou corpo dentro da Câmara, e depois o prefeito sancionou”, disse, Luiz
Henrique Cirilo, vereador, e atual vice-presidente da Câmara Municipal.
Também
conversei com José Carlos, 72 anos, Presidente da Federação Comunitária de
Campinas e Presidente da Associação do Centro de Integração de Justiça e
Cidadania. Foi José Carlos quem indicou o projeto ao vereador Cirilo, e o
escolheu para levar a ideia em frente.
“Eu
fiz a indicação desse projeto, porque no meu modo de entender, presidente de
bairro nem sempre é reconhecido, então é um reconhecimento, a gente não pode
fazer muita coisa, mas pelo menos é um reconhecimento pelo trabalho que eles
fazem, junto à comunidade”.
Esta
semana, também entrevistei o “capitão” do PIO XI, maestro Urban, uma pessoa a
quem admiro, e que, para mim é exemplo de vida, e pretendo apresentar essa
entrevista em minha próxima postagem.
Por
ocasião do lançamento do livro, A
Harmonia dos Salmos, o jornal da EPTV 2a edição, fez uma
reportagem com o maestro, e sobre o evento.
Quem
desejar conhecer esse homem tem dedicado sua vida à música, e há 67 anos rege o
PIO XI, basta acessar o link abaixo: (Apenas uma correção: No título da
reportagem onde se lê: “Walter” Urban, leia-se “Oswaldo” Urban)
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