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Voo MH17: 298 inocentes assassinados
Posted by Cottidianos
on
02:07
Sábado,
19 de julho
Apenas
se passaram quatro meses e alguns dias, e outro golpe se é desferido contra os
malasianos. Enquanto os familiares do voo MH370 ainda choram seus entes
queridos, eis que mais uma tragédia envolvendo a companhia aérea Malaysia
Airlines acontece.
No
dia 08 de março último, uma aeronave da Malaysia Airlines, partia de Kuala
Lumpur com direção a Pequim, com 227 passageiros e 12 tripulantes. O voo desapareceu
misteriosamente dos radares, cerca de uma hora depois da decolagem e, apesar de
grande aparato técnico e esforço de várias nações, não se sabe, exatamente, o
que aconteceu com a aeronave, nem com seus tripulantes.
Dessa
vez, o que aconteceu com o voo MH17, da companhia aérea malasiana, não é mais
mistério para ninguém.
A
aeronave decolou de Amsterdã, capital da Holanda, às 12h15, horário local. A aterrissagem
estava prevista para as 6h10, de sexta-feira (18). Imaginem a agonia dos
controladores de voo quando viram mais um avião da Malaysia Airlines,
desparecer dos radares, às 14h15 (11h15, pelo horário de Brasília), a cerca de
50 km da fronteira entre a Ucrânia e a Rússia. Da mesma forma que a tragédia
anterior, o voo acontecia normalmente e não havia sido registrado o menor
problema por parte dos pilotos.
O avião
sobrevoava a região ucraniana de Donestk — uma zona de conflito armado entre as
autoridades de Kiev e os rebeldes que lutam pela independência — quando foi
atingido por um míssil de longo alcance e alto poder destruidor. Quem acertou o
Boing 777 operava um sistema complexo, chamado AS-11. Essa poderosa arma de
guerra também é conhecida como Buk é, na verdade, um sistema com capacidade
para quatro mísseis, e que não precisa mais que cinco minutos para ser ativado.
Uma vez ativado, esse sistema leva 22 segundos entre o reconhecimento do alvo e
o disparo e o seu poder de fogo pode atingir alvos com uma altura máxima de 22 quilômetros.
Como esses mísseis conseguem atingir rapidamente uma velocidade de até 4.300 quilômetros
por hora, é possível que o míssil tenha levado cerca de 10 segundo até atingir
o avião.
Na
aeronave estavam:
- 189 holandeses;
- 44 malaios (incluindo os 15
tripulantes e 2 crianças);
- 27 australianos;
- 12 indonésios (incluindo uma criança);
- 9 britânicos;
- 4 alemães;
- 4 belgas;
- 3 filipinos;
- 1 canadense;
- 1 neozelandês;
- 4 a ser identificados.
A
ONU e o Conselho de Segurança americano, junto com várias outras nações,
defendem uma investigação rápida para apurar as responsabilidades, uma vez que
o governo ucraniano acusa o governo russo pelo ato terrorista e vice-versa.
O fato
é que não foram apenas os holandeses, nem os malasianos, nem australianos, nem
indonésios e outras partes envolvidas nessa tragédia que saíram perdendo. A humanidade
inteira, de certa forma, saiu perdendo nessa guerra. Digo isso pelo fato de que
dezenas de especialistas de alto gabarito, que dedicavam suas vidas à cura da
Aids, morreram nesse ato terrorista. Dentre eles estava Joep Lange, uma das
maiores autoridades no assunto. Ele chefiava o Departamento de Saúde Global da
Universidade de Amsterdã e era ex-presidente da Sociedade Internacional de Aids.
Lange pesquisava a doença há mais de 30 anos e travou incansáveis lutas para
que o acesso a medicação que alivia o sofrimento de quem tem Aids e vive em
países pobres, fosse facilitada. Os especialistas iam para uma conferência
sobre Aids, em Melbourne, na Austrália.
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