0
Anjos da guarda: Eles existem e tem muito trabalho a fazer
Posted by Cottidianos
on
00:42
Sexta-feira,
18 de julho
“Santo Anjo do Senhor,
meu zeloso guardador,
se a ti me confiou a piedade
divina,
sempre me rege, me guarda,
me governa e ilumina.
Amem”.
(Oração ao anjo da guarda)
Alados,
iluminados, invisíveis. Quem são eles? De onde eles vêm? Onde eles vivem? De
que matérias são feitos? Tantas perguntas, não? Anjos da guarda, são o nome
deles. Ah, eu não acredito, diz você. Não tem importância. Para eles não tem
importa se você acredita ou não, eles vão estar do teu lado do mesmo jeito.
Afinal, a eles foi dada por missão, te proteger. Isso é uma tarefa que eles
assumem com muita honra e dignidade.
Ah,
como damos trabalho para eles de vez em quando. Esses seres mágicos tem que fazer
tantas peripécias para nos proteger. Olha, vou te falar: Tem anjos da guarda
que são verdadeiros heróis por nos livrar das enrascadas em que nos envolvemos.
Mesmo assim, eles cumprem a missão com grande paciência e resignação. Lembra-se
das vezes nas quais, em momentos de grande perigo ou aflição, você foi ao fundo
do poço ou à beira do abismo e foi salvo. Lembra-se de quando pôs as mãos na
cabeça, suspirou e disse: “Ufa, foi por pouco”! Pois bem, nessa hora ele estava
lá e estendeu a mão que te livrou do perigo.
Essa
força invisível vem de terras distantes, ou seria melhor dizer, de galáxias
distantes. Não conclua, entretanto que são extraterrestres. Não quis dizer
isso, de modo algum. Até porque, os ETs moram longe e vem nos visitar de vez em
quando. Bem, pelo menos é isso que dizem os ufólogos, mas isso é outra história.
Os anjos da guarda, não, estão sempre perto de nós. Ás vezes, eles se manifestam
na forma de pessoas, como quando dizemos: “Você foi um anjo na minha vida” ou “Você
é um anjo na minha vida”. Às vezes, pessoas muito distantes de nossa realidade,
nos fazem um bem tão grande, que nem os mesmo os mais próximos fazem igual.
Na
grande maioria das vezes, eles agem em sua forma predileta o invisível. Tivemos
notícias dessas duas manifestações esta semana.
O
primeiro é desses casos em que anjos se manifestam em forma de pessoas.
Uma
delas nos foi mostrado através do Fantástico e conta a história de Sumba, um
jovem africano, filho único, órfão de pai. O jovem, que vive em Guiné-Bissau,
um dos países mais pobres do mundo e que não dispões de quase nenhum recurso na
área da saúde, era portador de uma grave doença e estava condenado à morte, não
fosse a providencial ajuda de um médico brasileiro. Muito mais que um médico, o
brasileiro agiu como um ser humano, estreitando mais ainda essa relação, diria
ainda que o médico brasileiro colocou-se na condição de pai do jovem
africano... Ou que será que deveria dizer, um anjo?
Ivan
Vargas trabalhava como médico clínico, voluntário em uma missão humanitária
naquele país, quando conheceu Sumba. O garoto tinha um enorme tumor no rosto
que o fez perder a visão do olho esquerdo. Em uma rápida análise, Ivan percebeu
que o caso era muito grave e que o jovem morreria se não fosse tratado a tempo.
Vieram os problemas: A realidade africana não lhe permitia tratar, nem
diagnosticar o caso ali mesmo. Naquele lugar o medico não poderia fazer nada. Não
porque não quisesse, mas porque não tinha condições médicas e clínicas á altura
daquele problema.
O que
fazer? Trazer o garoto para o Brasil era a única solução possível. Pediu a
certidão de nascimento do jovem para providenciar a viagem do garoto. A família
não tinha esse documento. Como não se pode parar os ponteiros do relógio, o
jeito que tinha era correr contra o tempo, ao mesmo tempo, correndo para
providenciar a documentação. Enquanto isso, o tumor crescia e se tornava mais e
mais ameaçador.
Todos
esses problemas foram, finalmente, resolvidos, seis meses depois. Em novembro
do ano passado, Sumba desembarcou em São Paulo. Ficou maravilhado com o novo. Crescido
em aldeia africana, distante de qualquer modernidade, tudo para ele se
apresentava como novidade: os altos prédios, os carros, os engarrafamentos, as
ruas abarrotadas de gente.
Em
janeiro, Sumba foi operado no Hospital das Clinicas. O caso era tão grave que,
primeiro, os médicos tiveram de fazer uma cirurgia para reduzir o tumor e
torná-lo mais fácil de tratar. O diagnóstico foi um tipo muito agressivo de câncer.
Era preciso iniciar urgente uma quimioterapia.
Hoje,
Sumba está bem. Porém ainda têm intensos seis meses de tratamento, até que se
tenha a total certeza de que o inimigo foi, de fato, vencido. Quando digo, que
Ivan agiu como pai do garoto, é porque só um pai faria o que ele fez. Como não
tinha onde acomodar o jovem e também por saber que ele precisava de um
acompanhamento especial, Ivan conversou com a esposa e, em comum acordo,
trouxeram Simba para morar com eles. Hoje, o africano divide o quarto com os
filhos do casal, Daniel e Ana.
A harmonia
entre o médico, a esposa, os filhos e o jovem africano é tão intensa e tão família,
que eles próprios já fazem entre si uma preparação psicológica para quando o
rapaz retornar ao seu país de origem, que é o que ele realmente deseja. Quando essa
partida sentida acontecer, Ivan, certamente, terá mudado a vida de Sumba, mas
Sumba, certamente, terá mudado a vida de Ivan. Assim é: depois que um anjo
passa em nossas vidas, jamais seremos os mesmos, pois teremos mudado para
melhor.
No
segundo caso, os anjos preferiram agir a partir do invisível, pois talvez, essa
fosse a melhor solução.
Era
por volta das cinco horas da tarde de domingo (13), quando Elaine Ferreira, 37
anos, colocou o filho de quatro anos, em um veículo de modelo Ford Ka, e seguiu
da cidade de Formiga, em Minas Gerais, onde morava a mãe dela, e seguiu para Córrego
Fundo, onde morava e distante cerca de 20 km dali. Antes de partir, porém, teve o cuidado de
acomodar o filho na cadeirinha de bebe.
Na
estrada, a motorista perdeu o controle do veículo e o carro capotou três vezes
e caiu em uma ribanceira de 10 m de profundidade. Como o local era coberto por
um intenso matagal, ninguém percebeu que o carro havia caído no barranco. Faz
muito frio naquela região e, naquela noite estava ainda muito mais frio do que
de costume. A temperatura pode ter
oscilado entre cinco e sete graus. Assim, veio à noite, o frio, a solidão e um
carro capotado no meio do matagal com uma mulher e uma criança de quatro anos
dentro.
Por
volta das sete horas da manhã, funcionários de uma empresa de cal faziam
trabalhos no local e encontraram o veículo. Elaine, não resistiu aos ferimentos
e morrera no local, provavelmente, logo após o acidente. O filho dela estava
sentado na cadeirinha de bebe. Ele havia sofrido um ferimento leve, um corte na
testa. Ao ser encontrado, estava, obviamente, abalado, com a situação, mas
estava bem. O menino foi levado ao hospital pelo corpo de bombeiros, ficou em
observação por algumas horas e no início da noite do mesmo dia, foi liberado
pelos médicos. Até aí tudo bem. Uma situação normal de salvamento.
O que
chamou a atenção da equipe de resgate, é que, ao ser resgatado, o menino pedia
insistentemente, que salvassem também os irmãozinhos dele. Os bombeiros
voltaram novamente a uma busca mais detalhada, porém, não encontram mais ninguém
no local. Ao ser indagado, o pai do menino disse que ele era filho único.
No
hospital, o menino insistiu com as enfermeiras que queria os irmãozinhos perto
dele, e ainda por cima citou nomes para os dois: João Gabriel e Jonathan. Ao chegar
em casa, junto com os avós, também fez o mesmo pedido. Um menino de apenas
quatro ano, tendo passado cerca de 12 horas, sem comer e sem beber. Exposto a
baixas temperaturas usando apenas um agasalho leve. Amarrado a uma cadeirinha
de bebe e tendo a mãe morta o lado. Nem é preciso dizer mais algo a respeito
dessa história, não é mesmo?
“Com 21 anos de policia militar. 17 na
polícia rodoviária. Sempre trabalhando na área de trânsito. Eu acredito, não só
em milagres, com certeza, alguém ajudou essa criança”, disse o policial
rodoviário, Ênio Alberto Resende, que foi o primeiro a chegar ao local do
acidente.
Postar um comentário