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Paternidade: dom divino
Posted by Cottidianos
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20:25
Sábado,
10 de agosto
“O que me
fascina em Jesus não é só a capacidade de ressuscitar os mortos, de
Curar os cegos
ou os paralíticos, o que me fascina Nele é a sua capacidade
E a coragem de
dizer que Deus é Pai, um Pai que tem preferência pelos piores
Homens e
mulheres deste mundo. Um Pai que ama os que não merecem ser
Amados, que
abraça os que não merecem ser abraçados e que escolhe os que
Não merecem ser
escolhidos. Um Pai que quebra as regras ao nos desconcertar
Com seu amor tão
surpreendente, um Pai que não quer se ocupar com os erros
Que você cometeu
até o dia de hoje. Porque o amor que Ele tem por você, é um
Amor cheio de
futuro. Ele não está preso ao seu passado e a Ele não interessa
O que você fez
ou deixou de fazer de sua vida. A Ele o que importa é o que
Você ainda pode
fazer."
(Pe. Fábio de Melo, na música Graças Pai)
Imagem: http://bibliaeaciencia.blogspot.com.br/2011/01/criacao.html#.UgaPbNI3tc0 |
Quem
é nosso pai? Não falo do eu enquanto individuo, mas enquanto raça humana. Enquanto
individuo sabemos que temos uma árvore genealógica. Dessa forma, é fácil saber
quem são nossos pais, avós, bisavós, tataravós e assim por diante.
Mas
enquanto humanidade? De onde viemos? Sim, porque os seres e coisas não surgem
como num passe de mágica. Toda causa tem seu efeito. Qual fator primordial teria feito surgir a vida na
terra? Teorias existem, é verdade, mas teorias são aquilo que são: teorias. E teorias
elaboram hipóteses, mas não explicam de fato. Concluímos, portanto, que apesar
de todo desenvolvimento científico e tecnológico da humanidade, nossa filiação
primeira ainda é desconhecida.
Temos
uma filiação espiritual. Isso é fato aos que crêem. Essa crença, de certo modo,
preenche a sensação de orfandade: temos um Pai. Deus é nosso Pai maior. Também
essa questão envolve um mistério. Em que momento de nossa história, nossos
antepassados sentiram a necessidade de reportar-se a um ser superior? Refletindo
acerca dessas questões, vemos que somos seres em evolução, inconclusos e, como
tais, imperfeitos.
Aos
poucos, vamos desvelando aquilo que antes cobríamos com véus. Antigamente, se
dizia ás crianças que elas haviam chegado ao mundo pelo bico de uma cegonha. Hoje
se formos falar isso elas, certamente, elas nos chamarão de inocentes. É recomendável
que se diga a elas que são frutos de um momento de amor, de um momento bonito
entre um homem e uma mulher, seus pais. Não podemos, todavia, fechar os olhos a
outras formas modernas de concepção e falar a verdade, se esse for o caso.
Em
que consiste a paternidade? Quando um homem se torna pai, ele recebe não um
objeto, uma coisa, mas uma vida. Um ser humano formado de corpo e espírito. Como
pai deve o indivíduo prover meios para que o corpo físico do pequeno ser desenvolva-se
em harmonia. Não deve descuidar, porém, da parte espiritual, sob o risco de
desenvolver o ser pela metade. E o que é pela metade não resplandece em
plenitude.
Ser
pai é ser um guardião. Guardião de um espírito para cuidar, para acompanhar o
desenvolvimento. Deve fazer valer sua autoridade de pai – e note que hoje a
nossa sociedade vive uma crise de autoridade – no sentido de que o filho desenvolva
sua própria individualidade. Os pais não criam filhos para si mesmos, criam
para que eles façam seu próprio caminho na vida. É dessa forma que tem que ser.
Não deve esquecer, portanto, de dar-lhes meios que lhes servirão de norte na
vida. Deve fortalecer neles valores como caráter, individualidade,
personalidade, dentre outros.
Sabemos
que há aqueles sem a menor consciência ou conhecimento do ofício da
paternidade. Esses maltratam os pequeninos, quando não fazem coisa pior. Poderíamos
chamar a esses de animais. Estaríamos, porém, ofendendo aos animais. Resta-nos
rezar por essas pobres e perturbadas almas para que se convertam a paz e ao
amor, sem deixar de clamar para elas a justiça divina e humana.
À todos
nós, tenhamos à consciência de que a vida é eterna, de que a vida é uma escola
e terra, apenas, o jardim de infância.
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