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A sós não andareis
Posted by Cottidianos
on
16:01
Sábado,
16 de novembro
Imagem: http://www.hojeemdia.com.br/noticias/tragedia-nas-filipinas-numero-de-mortos-por-tuf-o-hayan-chega-a-1-744-1.192288 |
Vez
em quando, o planeta é surpreendido pela fria da natureza. Uma fúria que,
geralmente, se manifesta através de eventos catastróficos e deixa atrás de si
um rastro de destruição e morte. São furacões, maremotos, tufões, terremotos
que podem acontecer a qualquer hora em qualquer lugar. A natureza, furiosa,
pode destruir, em poucos minutos, o poderio econômico, social e cultural de um
país. Nessas horas, percebemos a nossa pequenez enquanto participes da
imensidão do cosmos, no qual, insere-se nosso planeta.
Essa
semana, foi a vez das Filipinas. O mundo acompanhou, com pesar, o drama dos
irmãos daquele país. Na sexta-feira, dia 08, os filipinos foram surpreendidos
por um visitante indesejado: o terrível Tufão, denominado Haiyan. Ele chegou
com a força de um terremoto e despertou a fúria das águas, que em alguns pontos
chegou a 15 metros de altura, levantando ondas enormes que rolaram pelas
aldeias costeiras, destruindo tudo o que encontravam pela frente. Estima-se que,
pelo menos, umas dez mil pessoas tenham sido mortas pelo Tufão e que outras 600
mil tenham ficado desabrigadas.
A situação
no país é de caos absoluto. O cenário mostra uma grande devastação. Quem vê as
imagens nos noticiários logo as associa a situações de guerra.
Haiyan
passou pelas Filipinas, perdeu força, porém conseguiu chegar ao Vietnã e a
China, provocando, em escala menor, mais destruição e vítimas. Nas Filipinas,
deixou um rastro de dor e morte. Os sobreviventes encontram dificuldades em conseguir
alimento e água, além de enfrentarem condições sanitárias adversas, como o mau
cheiro dos milhares de corpos espalhados pelas ruas e o risco de epidemias.
A cidade
de Tacloban, uma das mais atingidas, possuía 200 mil habitantes antes da
tragédia. A cidade parece ter sido varrida do mapa. O único sinal da presença
do governo por lá, são as tropas militares que ajudam a manter um pouco de
ordem no imenso caos. Os soldados tentam impedir saques a estabelecimentos
comerciais e ajudam a distribuir as roupas e mantimentos doados à população. O aeroporto
da cidade funciona como farol de esperança, atraindo milhares de pessoas em
busca de ajuda e transportes.
Sentindo
esse duro golpe, os braços da solidariedade se estenderam até aquele país. Ajuda
humanitária chega de todas as partes do mundo ao aeroporto de Tacloban, transformado,
agora, em um imenso centro de operações de ajuda as vítimas da catástrofe. Milhares
de donativos chegam ao país trazendo um pouco de esperança e alívio no
sofrimento de milhares de pessoas.
A República
das Filipinas, nome oficial do país, é um grande conjunto de ilhas, pertencente
à região da Insulásia, grande arquipélago com mais de 20.000 ilhas. Situa-se entre
a Indochina e a Oceania. Esse grandioso conjunto de ilhas está distribuído por
territórios da Indonésia, Filipinas, Singapura, Brunei, Malásia e Timor Leste. Os
tufões são velhos conhecidos dos filipinos. O país enfrenta cerca de, pelo
menos, vinte deles por ano. Em toda a sua história, porém, nunca tinham
enfrentado um inimigo tão poderoso.
Em
julho deste ano, tive contato com um grupo de jovens filipinos que estiveram no
Brasil, na cidade de Vinhedo, interior do Estado de São Paulo, participando da
Semana Missionária e, de Vinhedo, iriam para o Rio de Janeiro participar da
Jornada Mundial da Juventude. Eles me pareceram tão alegres, entusiasmados,
cheios de esperança...! Quando soube da catástrofe que se abateu sobre aquele país,
imediatamente lembrei-me daqueles jovens? Como estariam eles? Estariam bem? E
suas famílias? Certamente, sentindo toda
a tristeza e sofrimento enfrentado pelo seu povo, sua gente. Fiquei pensando: O
que dizer a quem enfrenta momentos de grandes dificuldades? A quem tudo perdeu?
A quem foi separado abruptamente de seus entes queridos? Digo umas breves
palavras que, se não são de grande sabedoria, pelo menos servem de consolo: “Se
a perda foi apenas material, tenha paciência: Com um pouco de esforço e
tenacidade, há sempre um caminho possível. Se perdeu entes queridos e as
lágrimas te rolam pelas faces, lembre-se que eles não morrerão enquanto estiverem
vivos em seu coração. A única coisa que o ser humano não pode perder em momento
algum é a fé. Se você perder a fé, seus olhos não conseguirão enxergar o sol
esperança e, andando na escuridão, poderá ser vítima de qualquer angustia ou tribulação
que, facilmente, levarão ao vale de lágrimas”.
Para
terminar, deixo com vocês, a letra de música, cujo título, peguei emprestado
para título desse artigo, que é uma mensagem de conforto e de esperança:
Mesmo na tempestade podeis andar,
Sem ter medo da escuridão.
Quando a chuva cessar,
Haverá um céu
Onde as aves cantando estarãor.
Andai pelo vento, andai pela chuva,
Pois logo vem o sol.
Andai com Deus no vosso coração
E a sós não andareis,
A sós não andareis.
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