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A fábula do beija-flor
Posted by Cottidianos
on
22:42
Sábado,
16 de julho
Caríssimos,
hoje apenas compartilharei uma postagem do jornal El País Brasil. Queira Deus,
que assim seja, pois, na grande maioria das vezes, já pensei isso, e acabei
escrevendo o texto inteiro. Porém, hoje, pretendo ser breve. O motivo? Não dormi
quase nada ontem à noite, pois além de ter ido dormir já passadas uma hora da
madrugada. Dois caras que moram no apartamento acima do meu, resolveram
discutir em plena madrugada. Resultado, perdi o sono por volta das três e meia
e não mais consegui dormir. Como hoje, tinha muitas coisas pra fazer passei o
dia acordado, uma coisa assim meio homem, meio zumbi, e como acredito que
zumbis não escrevem nada que se aproveite, nem vou tentar escrever algo de
minha autoria além deste texto introdutório, mesmo assim, vou encarar dirigir-vos
algumas palavras nesta noite.
Pra
ser sincero, entendo cada vez menos o mundo. Está tudo tão confuso. Na verdade,
o mundo não mudou muito, quem mudou, e muito, nos últimos tempos foi a espécie
humana, que cada vez mais, está menos solidária. É revolta na Turquia,
terrorismo nos Estados Unidos, na França, país esse que parece ser o alvo
preferido dos terroristas, e em outras partes do mundo. No Brasil, também temos
nossas pequenas guerras, como a do trânsito e das balas perdidas,
principalmente, no Rio de Janeiro. São pequenos atos terroristas que vivemos em
nosso país, que, se analisadas as estatísticas temos muitos mais mortos nessas
guerras urbanas do que nas guerras militares.
Acho
que está faltando solidariedade em nosso mundo, mas não nos esqueçamos de que a
solidariedade deve começar em nós e contagiar a todos. É pouco o que podemos
fazer? Talvez. Mas todos fazendo um pouco, todos teremos feito muito.
Escrevendo
estas palavras, veio-me à mente, a lenda de um pequeno beija-flor, que em um
momento de perigo, não fechou as asas, e ajudou a salvar uma floresta:
A fábula do beija-flor
Diz a fábula que havia uma imensa
floresta onde viviam milhares de animais, aves e insetos. Certo dia uma enorme
coluna de fumaça foi avistada ao longe e, em pouco tempo, embaladas pelo vento,
as chamas já eram visíveis por uma das copas das árvores. Os animais assustados
diante da terrível ameaça de morrerem queimados, fugiam o mais rápido que
podiam, exceto um pequeno beija-flor. Este passava zunindo como uma flecha indo
veloz em direção ao foco do incêndio e dava um voo quase rasante por uma das
labaredas, em seguida voltava ligeiro em direção a um pequeno lago que ficava
no centro da floresta. Incansável em sua tarefa e bastante ligeiro, ele chamou
a atenção de um elefante, que com suas orelhas imensas ouviu suas idas e vindas
pelo caminho, e curioso para saber por que o pequenino não procurava também
afastar-se do perigo como todos os outros animais, O elefante perguntou-lhe:
– Meu amiguinho, notei que tem
voado várias vezes ao local do incêndio, não percebe o perigo que está
correndo? Se retardar a sua fuga talvez não haja mais tempo de salvar a si
próprio! O que você está fazendo de tão importante?
– Tem razão senhor elefante, há
mesmo um grande perigo em meio aquelas chamas, mas acredito que se eu conseguir
levar um pouco de água em cada voo que fizer do lago até lá, estarei fazendo a
minha parte para evitar que nossa mãe floresta seja destruída.
Em menos de um segundo o enorme
animal marchou rapidamente atrás do beija-flor e, com sua vigorosa capacidade,
acrescentou centenas de litros d’água às pequenas gotinhas que ele lançava
sobre as chamas.
Notando o esforço dos dois, em meio
ao vapor que subia vitorioso dentre alguns troncos carbonizados, outros animais
lançaram-se ao lago formando um imenso exército de combate ao fogo.
Quando a noite chegou, os animais
da floresta exaustos pela dura batalha e um pouco chamuscados pelas brasas e
chamas que lhes fustigaram, sentaram-se sobre a relva que duramente protegeram
e contemplaram um luar como nunca antes haviam notado.
Se
cada um de nós agirmos como um pequeno beija-flor, certamente, estaremos dando
nossa contribuição para melhorar o mundo.
Paro,
por aqui, pois, além de sonolento, ainda tenho que acordar bem cedo na manhã de
domingo. Esta noite, espero dormir sem sobressaltos.
Deixo
com vocês, matéria do jornal El País Brasil que trata dos planos de segurança
do Brasil para as Olimpíadas.
***
Atentado
em Nice faz Brasil rever plano de segurança para a Olimpíada
Governo
convocou coletiva para dizer que "todos os procedimentos para os Jogos
foram revistos"
GUSTAVO
MONIZ
Se
nos últimos meses a preocupação com o ataque de lobos solitários nos Jogos do
Rio vinha crescendo, o atentado em Nice nesta quinta-feira fez a preocupação
com a segurança da Olimpíada do Rio subir de vez de patamar. As mortes trágicas
na França levaram o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI),
general Sérgio Etchegoyen, a convocar uma entrevista coletiva no Palácio do
Planalto, sede da presidência brasileira, nesta sexta, para anunciar que todos
os procedimentos de segurança para a Olimpíada serão revistos.
“Desde
o momento das mortes em Nice, o Ministério da Justiça, o Ministério da Defesa e
o GSI estão trabalhando para garantir que continuemos no mesmo nível de
segurança nos Jogos Olímpicos. Isso vai exigir revisões, novas providências e
muito trabalho intenso daqui para frente para que possamos manter o nível de
segurança e identificar eventuais lacunas”, disse Etchegoyen, responsável pelo
assessoramento direto do presidente interino, Michel Temer, em temas militares
e de segurança. A pedido de Temer, uma reunião foi marcada para às 16h desta
sexta com vários órgãos do Governo: Ministérios da Defesa, da Justiça e o
próprio GSI para discutir o tema.
Segundo
o ministro do GSI, integrantes da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) se
reuniram na manhã desta sexta com representantes do Governo francês, que
passaram novas informações para ajudar no novo planejamento que será feito.
Além disso, um oficial da ABIN deverá ser enviado a Paris e Nice para coletar
dados e “lições aprendidas desta tragédia”, explicou o ministro do GSI. A ABIN
avalia a ameaça terrorista aos Jogos no nível 4 da escala que vai de 1 a 5.
O
ministro da Defesa, Raul Jungmann, deu mais detalhes sobre a revisão nos planos
de segurança e advertiu que o público que acompanhará os eventos será
diretamente impactado pelas mudanças e terá que conviver com “inconvenientes
necessários”. “Vamos ter que revisar procedimentos, ampliar barreiras, as
revistas, vamos ter que ter uma segurança muito mais rígida. Infelizmente isso
pode ser uma dificuldade e um transtorno a mais para as pessoas, mas é para o
bem e para a segurança delas. É um mal necessário e benéfico”.
O
general Luiz Felipe Linhares, coordenador da assessoria especial de grandes
eventos do Ministério da Justiça, tentou tranquilizar os brasileiros. Em
entrevista à rádio Jovem Pan nesta sexta, ele falou que a probabilidade de um
ataque terrorista nos Jogos do Rio é muito pequena. “Existe possibilidade no
mundo inteiro de acontecer um evento terrorista? Existe. No nosso caso, pelos
vetores considerados por todo o nosso sistema de inteligência e dos 100 países
que estão conosco trabalhando, é uma probabilidade muito pequena”.
O
discurso foi reforçado pelo general do GSI, que destacou a experiência
adquirida pelas entidades brasileiras na organização de grandes eventos
esportivos nos últimos 10 anos, como os Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio, e
a Copa do Mundo de 2014, entre outros. “Não nos preocupa e nem cabe o alarme
sobre isso [possível atentado]. Reitero com muita tranquilidade que temos pela
frente um enorme desafio mas temos também um passado de boas práticas, por
todos os grandes eventos que fizemos no Brasil e também pelos intercâmbios que
foram feitos nesses últimos 10 anos. Vivemos em um pais em que não temos
experimentado riscos dessa natureza. O que nos preocupa é apenas manter a
segurança dos Jogos no nível adequado”.
No
mês passado, um relatório da inteligência brasileira, publicado pela revista
Veja, avaliou que atentados de grande sofisticação e complexidade logística não
eram mais uma ameaça para o Brasil, mas sim o incentivo de grupos extremistas
religiosos para que seus simpatizantes atuem por conta própria. “Uma das
maiores preocupações governamentais está no acompanhamento da radicalização de
indivíduos alinhados ideologicamente ao Estado Islâmico”, dizia o texto.
Além
dos cuidados redobrados com o terrorismo, o Rio vem enfrentando deterioração
nos índices de segurança pública nos últimos meses. A segurança dos Jogos
estará a cargo de 6.000 oficiais da Força Nacional, um grupo formado por
policiais de vários Estados do Brasil.
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