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O milagre brasileiro de Madre Teresa de Calcutá
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Segunda-feira,
05 de setembro
“Milagres acontecem quando a gente reza e
reza sem desanimar
E
a paz é dos milagres, o milagre mais bonito que se possa desejar
Milhares
de pessoas encontram a resposta no momento de oração
Milagres
acontecem quando pomos de joelho o coração”
(Milagres Acontecem – Pe. Zezinho)
Quando acreditamos sem duvidar jamais, o
impossível acontece.
Às questões para as quais não temos uma
explicação racional ou científica, damos o nome de milagre.
Ontem,
domingo, 04 de setembro, o Papa Francisco canonizou Madre Teresa de Calcutá: uma
das mulheres mais influentes dos anos 2000, para o mundo e para a Igreja
Católica, e um dos principais acontecimentos que elevaram a religiosa indiana à
condição de santa, aconteceu no Brasil. As 120 mil pessoas que estiveram em
Roma nesse fim de semana, para acompanhar a canonização nos dão uma ideia da
dimensão dessa santa, que acolheu aos pobres como acolhia a um filho.
Em
2008, o jovem engenheiro paulista, Marcilio Haddad Andrino, então com 34 anos
de idade, estava feliz. Havia oito anos conhecera, Fernanda Nascimento, e por
ela se apaixonara. Os planos para o casamento estavam a todo. Planejavam
casar-se em breve. Entretanto, Marcilio começou a ter problemas de visão dupla,
convulsões fracas, e um pouco de desequilíbrio. Mas, logo de início não deu
muita importância para esses problemas. Certo dia, perdeu os sentidos. Ficou desacordado,
mas estranhamente percebia tudo a sua volta. Percebia o ambiente ao redor,
enxergava as pessoas ainda que não muito bem, mas não conseguia ouvi-las. Ao voltar
ao normal, e ao pensar no que havia acontecido, começou a ficar preocupado. “Devo
ter algum problema sério”, pensava consigo mesmo.
O
jovem engenheiro mecânico passou então a fazer uma romaria de consultório
médico em consultório médico. Nenhum deles, entretanto conseguia dar um
diagnóstico preciso da doença. Fernanda acompanhava de perto a luta do noivo. Era
ela quem o acompanhava aos consultórios e clinicas, e tristemente ouvia dos
médicos que desconheciam a causa dos males de Marcílio.
Os
amigos e conhecidos de Fernanda passaram então a desencorajá-la do casamento.
Afinal, como ela iria casar com um homem que estava doente, e que ninguém sabia
ao certo qual era o problema. A jovem não deu ouvidos a tais comentários. No
íntimo, sabia que teria de ficar ao lado do noivo naquele momento difícil da
vida dele.
É verdade
que, quando a cruz pesa demais, aquele que tem fé procura elevar o coração e o
pensamento a Deus. Não importa a forma como se dá a forma de culto, o
sentimento é sempre o mesmo: o de um filho que procura o colo do Pai. E nesses
momentos de tormento e angústia, Fernanda resolveu ir a igreja que sempre
costumava frequentar junto com o noivo.
O padre
da paróquia, que acompanhava o sofrimento do jovem casal, deu-lhe algumas
palavras de conforto, e um presente valioso, que salvaria a vida de seu noivo. Naquela
ocasião, Fernanda nem desconfiava disso. O presente foi um invólucro contendo
um pequeno pedaço do hábito de Madre Teresa de Calcutá.
A relíquia
caiu nas mãos de Fernanda como uma luz em meio à escuridão. Em meio aos
momentos difíceis, ela rezava, rezava e rezava. Sempre tendo às mãos a relíquia
oferecida pelo sacerdote.
Mesmo
em meio ao sofrimento provocado pela doença de Marcílio, o casamento foi
mantido, e, em setembro de 2008, os dois fizeram juras e amor eterno aos pés do
altar, em um casamento cheio de muita emoção. Era um dia feliz. Dia de esquecer as tristezas
e incertezas que a vida trouxera aos dois apaixonados, e viver a maior das relíquias:
o amor.
Ainda
vivendo os efeitos daquele momento mágico do casamento, a tempestade veio ainda
mais forte para Marcílio. Ele teve uma convulsão muito forte. O desespero da
família foi grande. Inconsciente, foi levado ao hospital.
A equipe
médica foi avisada do caso grave que estava chegando ao hospital, e o médico
designado para a missão foi o Dr. João Luis Cabral Junior. O Dr. João,
imediatamente, pediu que fossem feitos exames. As radiografias e laudos mostraram
resultados nada animadores. Elas mostravam abscessos no cérebro. Traduzindo para
uma linguagem mais formal, Marcílio estava com bolas de pus no cérebro, como se
fossem pequenas espinhas a tortura-lo.
O Dr.
João ficou assustado. Os abscessos ele já tinha visto. Eram comuns no cotidiano
de médico, mas geralmente não passavam de dois ou três, e eram facilmente
tratados. O caso que ele tinha nas mãos era bem mais complicado. Os laudos
mostravam, não apenas um ou dois, mas oito deles.
Nesse
caso, a chance de vida do paciente se tornava mínima, muito pouca, quase nada.
A família
recebeu com tristeza os resultados. Os médicos se debruçavam em cima dos
laudos, e se esforçavam por, pelo menos, aliviar o sofrimento do paciente. Remédios
à base de cortisona foram ministrados, porém, a melhora do paciente não
acontecia. O nível de consciência começou a cair. O coma batia à porta de
Marcílio. Para ele, as coisas ao seu redor se tornavam mais e mais confusas.
O Dr.
João repetiu a tomografia e ela revelou que o paciente estava com acumulo de
liquor, liquido que regula a temperatura do cérebro. Esse quadro é chamado de
hidrocefalia. A hidrocefalia pressionou o crânio, levando, consequentemente, ao
coma.
As
chances de Marcílio eram muito poucas. Todos já se preparavam para a despedida
final. Um padre chegou a ir ao hospital para dar a unção dos enfermos. Menos Fernanda,
ela ainda acreditava em um milagre. Ela continuava rezando, rezando e rezando,
agarrada ao pequeno pedaço do hábito de Madre Teresa, que o padre havia lhe
dado.
Na
solidão daquela UTI, apenas ela, o noivo, os médicos, a fé... E a relíquia que
havia sido presente do sacerdote. Todo o amor e toda a força foi colocada na
oração. Fernanda passava a relíquia na cabeça de Marcilio, e pedia a Madre
Teresa que intercedesse por eles dois. Afinal, eram dois corações em
sofrimento, e não apenas um.
A situação
de Marcílio piorou ainda mais, e o médico resolveu fazer uma cirurgia de emergência.
Todo o equipamento médico foi preparado na sala reservada para a delicada
cirurgia que seria feita na cabeça do paciente.
Tudo
já estava pronto, e, dentro de mais alguns minutos a cirurgia começaria. Então o
inesperado aconteceu. O paciente abriu os olhos, e perguntou ao médico: “O que
estou fazendo aqui”.
A partir
desse momento, a melhora clinica do paciente foi visível. Os médicos não conseguiam
entender o que acontecera com o paciente. A hidrocefalia é grave e, se não for
tratada imediatamente, é morte na certa. No entanto, o paciente recuperava a
saúde a cada dia.
Novos
exames foram feitos, e eles mostraram que hidrocefalia havia sumido. E o mais
impressionante: Não fora necessária intervenção cirúrgica. Na literatura médica
não há casos semelhantes, e isso intrigou os médicos. Cientificamente, era
impossível explicar.
Fernanda,
a mulher de Marcílio, não cabia em si de contentamento. Ligou para todos os
seus conhecidos e contou que Madre Teresa havia curado seu marido, que a fé
havia vencido a doença.
Após
um mês em agonia no hospital, como não houvera mais sinais de infecção,
Marcílio recebeu alta. Não havia mais abscessos, nem hidrocefalia. A doença
desapareceu sem que fosse necessária nenhuma intervenção cirúrgica.
A notícia
se espalhou e chegou aos ouvidos do Vaticano. Um grupo de especialistas vindo
de lá se reuniu durante cinco dias para investigar o caso. Foram ouvidos os
médicos, os familiares, testemunhas. Prontuários foram analisados.
O objetivo
era conseguir verificar se a medicina conseguira explicar a cura de Marcilio. Afinal,
ele era um paciente que estava em quadro clinico de coma, e precisava de uma
cirurgia delicada, e as chances do paciente voltar com vida desse procedimentos
beiravam a zero. Entretanto, trinta e seis horas depois, esse paciente estava
de volta ao quarto, conversando normalmente, como se nada tivesse acontecido.
Configurou-se
algo extraordinário que não parou por aí. O casal ainda desafiou as leis do
impossível mais uma vez. Os médicos haviam dito que, devido a quantidade de medicamentos
que havia tomado, Marcílio ficaria estéril.
Entretanto,
mostrando que Deus tudo pode, Marcílio viajou para o Vaticano, junto com a
esposa, para assistir a canonização de Madre Tereza, o anjo da guarda que lhe
salvou a vida. Junto com eles, foram também os dois filhos biológicos do casal:
Mariana, com 6 anos, e Murilo, com 4 anos.
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